quarta-feira, abril 28, 2010

O Poder da Intercessão


Intercessão

Conceito: Súplica em favor de outrem. A intercessão pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram; e, tomar, como se fossem nossas, as dores alheias. É dizer a Deus que nos importamos com o sofrimento do próximo.

Nas Sagradas Escrituras, o ministério da intercessão cabia oficialmente ao sacerdote. Todavia, encontramos profetas, reis e patriarcas a suplicar, em favor dos filhos de Israel e até pelos estrangeiros impenitentes.

Jeremias foi o profeta que mais intercedeu pelos judeus (Jr 14.11). O que dizer da intercessão de Abraão por Sodoma e Gomorra? (Gn 19). No capítulo sete de 2 Crônicas, Salomão depreende-se em favor de seu povo. Ao inaugurar o Santo Templo, o sapientíssimo rei deixa bem claro que a casa de Deus é, antes de mais nada, um lugar de intercessão.

Todavia, a mais bela de todas as intercessões acha-se em João 17. Nesta passagem, Jesus mostra porque recebeu o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque (1 Sm 12.23).

Ação Intercessória do Espírito Santo.

Mediação levada a efeito pelo Espírito Santo, visando a manutenção plena da comunhão entre o crente e o Salvador.

Ensina Paulo que o Espírito Santo intercede por nós, junto ao trono da graça com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26,27). Segundo o apóstolo a ação intercessória da Terceira Pessoa da Trindade deve-se ao fato de não sabermos como orar.

Não fosse essa mediação, nossa orações chegariam deformadas à presença do Pai; nenhum favor alcançaríamos. Mas, agora, contando com a ajuda do Espírito Santo, nossas preces são levadas aos céus como se fossem incensos. Eis porque nossas orações têm tanto poder e graça. A oração de um justo, escreveu Tiago, pode muito em seus efeitos.

Propósitos da Oração Intercessória

1- Para que Deus sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 1.17)

2- Que restaurasse o seu povo (Ne 1l Dn 9)

3- Que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12)

4- Que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26)

5- Para que o Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17)

6- Para que Deus desse capacidade às pessoas de autoridade para governar bem (1Cr 29.19)

7- Pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11)

8- Por pastores (2 Tm 1.3-7)

9- Pela obra missionária ( Sl 67.3-5)

terça-feira, abril 20, 2010

Chorando aos pés do Senhor

O lamento de Jeremias
Diante da desobediência do povo e sua teimosia em continuar rebelde, Deus declara sua penalidade. Jeremias expressa um dos lamentos mais comoventes relatados na Bíblia. Apesar de ser menosprezado durante todo o seu ministério, Jeremias está amargamente triste diante do sofrimento de seus conterrâneos. Isto nos serve de lição, apesar de muitas vezes a mensagem que nós levamos não encontrarem as melhores recepções, devemos sempre lamentar e chorar ao vermos nossos expectadores, colherem o mal que plantaram.
Deus jamais deve ser culpado pela punição aplicada em seus ofensores, pois a Sua graça, para remissão dos pecados, tem sido oferecida desde os primórdios, através de seus profetas e hoje através da igreja de Cristo.
Assim como Jeremias veremos a seguir outros personagens bíblicos que lamentaram diante das iminentes ruínas de seu povo.
O lamento de Moisés
Em Deuteronômio 31.16, o Senhor diz a Moisés que após a sua morte o povo de Israel voltará a se prostituir e voltará a adorar a deuses estranhos. Desta forma profeticamente, foi revelada a Moisés a apostasia futura de Israel. No capítulo 32, em forma de cântico, Moisés adverte o povo sobre a rebelião e infidelidade a Deus e lamenta por seu povo, que irá sofrer os castigos severos de Deus.
O lamento de Samuel
Neste momento relatado do livro de 1 Samuel, capítulo 8, Samuel após longos anos como juiz de Israel, encontra-se em idade avançada, e sem ninguém para sucedê-lo, pois seus filhos inclinaram os seus corações ao pecado, todos os anciãos reuniram-se e pediram que fosse constituído um rei, a exemplo de outras nações, para que governasse sobre Israel.
Diante de tal pedido, Samuel encontra-se em situação desconfortável, já que, com este pedido, o povo estava literalmente rejeitando a Deus e o seu governo.
A escolha do povo entristece o profeta do Senhor. Deus conhecendo o íntimo de Samuel o conforta:
"E disse o Senhor a Samuel: ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não tem rejeitado a ti; antes a mim e tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele." (1 Sm 8.7)
Samuel, sendo um homem que conhecia a Deus desde a mais tenra idade, sabia que esta não era a vontade soberana do Senhor, pois o povo sofreria com os reis corruptos e idólatras.
O lamento de Oséias
Oséias, a exemplo de Jeremias, sempre advertiu o povo sobre sua apostasia e suas conseqüências graves, mas seguindo o exemplo dos sacerdotes daquela época, o povo afastava-se de Deus e rejeitava conhecê-lO.
Diante da rejeição da mensagem pregada, o profeta não tinha outra alternativa a não ser lamentar a destruição de seu povo, pois "lhe faltava conhecimento" (Os 4.6)
O lamento de Paulo
Nos capítulos 9 a 11 de Romanos, Paulo trata do problema de Israel, e sua presente rejeição do evangelho. Paulo se comovia com uma grande e contínua dor no seu coração (Rm 9.2), a preocupação e tristeza eram incessantes, por aqueles que estão sem Cristo. Atitudes semelhantes vemos em nosso Mestre Jesus.
O lamento de Jesus
Jesus chorou. Há poucos dias assisti uma entrevista com um grande astro do esporte, explicando seus constantes escândalos. Falando em meio a lágrimas, suas trágicas desventuras, foi questionado, pela repórter se ele não tinha vergonha de chorar, sua resposta foi: "Claro que não, até Jesus chorou". A grande diferença, amados irmãos, é que o choro de Jesus relatado em nos evangelhos, sempre foi por lamentar a condição humana do pecador que não conhece a Deus e por aqueles que o rejeitam deliberadamente.
Em Lucas 13.34, Jesus lamenta, por causa da rebeldia de Jerusalém, que resistia à graça e à vontade de Deus.
Conclusão
A sociedade pecaminosa, rebelde e apóstata em que vivemos, não terá outro pagamento, senão a execução do juízo de Deus. Todos que rejeitam ao Senhor e os seus ensinamentos provarão da ira vindoura. Resta-nos, orar, lamentar aos pés do Senhor e acima de tudo anunciar o Evangelho das Boas Novas.
Em Cristo
Eduardo Sousa

segunda-feira, abril 19, 2010

Eu & a terceira idade - Juvenis

Geralmente há muita discriminação dos jovens em relação aos idosos, isso se deve principalmente pela falta de orientação sobre o assunto, este tema dificilmente é abordado para discussão, no nosso meio. Creio, que o nobre professor tenha encontrado certa dificuldade, até mesmo para encontrar referências bibliográficas que pudessem lhe auxiliar na ministração desta lição, não é mesmo?

Aproveite para perguntar aos seus alunos se eles convivem com pessoas idosas e como tem sido o seu relacionamento com elas, como elas se comportam e em que se ocupam..
 
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quinta-feira, abril 15, 2010

Anunciando ousadamente a Palavra de Deus

Já vimos que a situação espiritual de Israel era decadente, e justamente por este motivo Deus ordena ao profeta Jeremias que pregue um duro sermão os alertando da condenação que era iminente.
Em seu chamamento, Jeremias é claramente informada de que terá de enfrentar oposição. A essência de sua mensagem é o juízo de Deus sobre a Israel apóstata. Em conseqüência, deve esperar a oposição procedente de reis, príncipes, sacerdotes e do laicato. Com esta sombria advertência, lhe chega a certeza do apoio de Deus.
A condição apóstata de Israel é impressionante (Jr 2-6). Os israelitas são culpáveis de terem desertado de Deus, a fonte das águas vivas e o manancial de todas suas bênçãos.
Como substituto, Israel tem buscado e escolhido deus estranhos que Jeremias compara com cisternas rompidas que não podem conter água. O render culto a deuses estranhos é comparável ao adultério nas relações matrimoniais. Como uma esposa infiel abandona a seu esposo, assim Israel tem abandonado a Deus. o exemplo histórico do juízo de Deus sobre Israel no 722 a.C., deveria ser suficiente aviso. Como um leão rugidor em seu covil, Deus levanta as nações para que levem o juízo sobre Judá. Israel tem desprezado a misericórdia divina. O tempo da ira de Deus chegou e o mal que explode sobre Judá é o fruto de suas próprias culpas (6.19).
O auditório de Jeremias se mostra cético a respeito da chegada do juízo divino (Jr 7-10) . Ignora suas valentes afirmações de que o templo será destruído, acreditando complacentemente que Deus tem escolhido seu santuário como seu lugar de permanência e na confiança também de que Deus não permitirá que governantes pagãos destrocem o lugar que esteve saturado com sua glória nos dias de Salomão (2 Cr 5-7). Jeremias indica as ruínas que estão no norte de Jerusalém como evidência de que o tabernáculo não salvou Siló da destruição em tempos passados . E tampouco o templo assegurará a Jerusalém contra o dia do juízo.
A obediência é a clave para uma reta relação com Deus. Por seus males sociais e a idolatria, o povo tem feito do templo um refúgio de ladrões, ainda quando continuem realizando os sacrifícios prescritos. A religião formal e ritual não pode servir como substituto para a obediência a Deus.
Jeremias se sente amargurado pela dor e o sofrimento ao ver a indiferença de seu povo. deseja orar por sua nação, mas Deus proíbe sua intercessão (Jr 7.16). Nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, estão rendendo culto a outros deuses. É demasiado tarde para Judá, desejar interceder em seu nome. Entretanto, o povo encontra sua tranqüilidade no fato de que são os custódios da lei (Jr 8.8), e esperam que isto os salvará da condenação predita. Porém ao profeta é lembrado que o terrível juízo é coisa certa.
Sentindo-se esmagado em sua própria alma, Jeremias comprova que a colheita se passou, o verão terminou e seu povo não será salvo. Queixando-se, demando se é que não existe algum balsamo de Gileade para curar seu povo, e então, chora dia e noite por eles.
Incluso embora o juízo vem sobre a nação, Deus lhe dá a segurança de que o indivíduo que não se glória em seu poder ou em sua sabedoria, senão que conhece e compreende o Senhor na formosa prática da bondade, a justiça e a retidão na terra, é o que está conforme com o aviso de Deus. Deus, como rei das nações, deve ser temido.
  1. Jeremias é chamado a pregar na porta do templo
A chamada do profeta ao povo para que se reúna às portas do templo é mais breve na Septuaginta do que no texto massorético: "Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá".
UM AVISO (Jr 7.3-20). A mensagem começa com uma advertência. Que a nação ponha os olhos no destino de Silo. Põe-te à porta. O profeta deverá proclamar a sua mensagem numa das portas do templo, ficando o povo no átrio exterior separado do interior pelas respectivas portas. Talvez esta mensagem fosse transmitida durante qualquer dos grandes festivais, quando haveria normalmente grande ajuntamento de povo às portas do templo. Os vossos caminhos e as vossas obras ; "caminhos", hábitos profundamente arraigados; "obras", os atos, individualmente considerados que acabam por constituir tais hábitos. Templo do Senhor ; a tríplice repetição destina-se a dar mais ênfase. Compare-se com a frase de Cristo: "Na verdade, na verdade, vos digo". O templo é a casa de Deus e Sua propriedade peculiar . Portanto, o próprio templo constituiria um apelo ao povo para que este fosse santo, como sugeria o seu simbolismo, isto é, um povo separado. Se assim não sucedesse, então Iavé abandonaria o templo e, portanto a nação (realidade esta salientada também por Ezequiel nas suas profecias), sendo o resultado o derrubamento e o exílio. Se, porém, se arrependerem, Deus será com eles. As palavras vos farei habitar neste lugar podem ser traduzidas: "Então habitarei convosco", isto é, no templo. O problema moral é evidente: o templo como covil de ladrões não é digno da Sua presença; como Silo, fica deserto; a arca em si é impotente para salvar Israel. Furtareis vós e matareis; no hebraico, estes verbos encontram-se no infinito, um modo utilizado quando se deseja sublinhar fortemente a ação. Somos livres. O povo imaginava, como se depreende, que, observando os ritos religiosos, seria liberto da abominação a que o profeta tão freqüentemente aludia. Caverna de salteadores, isto é, um local de abrigo nos intervalos entre atos criminosos e de violência. Ver Mt 11.17; Lc 19.46.
Silo; uma localidade na estrada principal de Jerusalém para Siquém. A arca foi ali colocada nos dias de Josué, e a destruição desta localidade em parte alguma vem mencionada no Velho Testamento. O Sl 78.60 diz-nos que Deus a abandonou. Os vers. 16-20 parecem constituir uma interrupção na mensagem pronunciada no templo, a não ser que representem um interlúdio simbolizando o fim calamitoso dos rebeldes impenitentes e profanos. Rainha dos céus, a Istar dos babilônios, ao que parece principalmente adorada pelo elemento feminino. As palavras "bolos" e "rainha" têm um ar estranho em hebraico, destinando-se talvez a indicar a origem estrangeira desse culto.
 
II - A mensagem de Jeremias
Em seu chamado inicial ao arrependimento, ele adverte o povo a não confiar em palavras enganosas como "o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor"(Jr (7.1-4). A mera existência de um local de adoração não assegura a presença abenço-mera de Deus, conforme fica provado no incidente de Baal-Peor e na oração dedicatória de Salomão (Nm25.1-5; 1 Rs 8.27-30). Deus escolhe estar no templo e, por este motivo não está preso ao lugar. Visto que todos os Dez Mandamentos foram quebrados, para Deus o povo vem adorar apenas com o objetivo de sentir-se seguro em seus pecados (Jr 7-8-10). Sua liturgia reforça sua falsa doutrina. O arrependimento é necessário e deve resultar em justiça e misericórdia (Jr 7.5-7). Em caso contrário, Deus removerá esse templo com tanta facilidade como quando removeu Siló, na época de Eli (1 Sm 4.10-11).
O sermão de Jeremias pede aos ouvintes que declarem em quem confiam. No momento confiam em seu engano (Jr 7.9), em ídolos (Jr 7.17-20) e na presença física de um centro de adoração. Assim, se a nação rejeitar o Senhor, o templo será destruído junto com o resto de Jerusalém, e, quando o templo se for, o povo saberá que Deus também se retirou.
 
Conclusão
 
    Deus não nos chamou para uma vida religiosa, mas para termos uma vida de compromisso com Ele. Infelizmente em nosso tempo, não tem sido muito diferente dos dias de Jeremias, o povo aceita o sistema de Deus, mas rejeita o Deus do sistema. Preferem viver uma vida cheia de regras e de fardos pesados para serem carregados, que realmente viver uma vida cristão sadia.
Deus não se importa com sacrifícios, ele quer é obediência. A igreja vive este momento de turbulência, porque muitos não ainda não se convertera, apenas aderiram ao sistema evangélico, enganando-se e enganando aos outros. Pertencer ao rol de membros de uma denominação os salvará. Não basta aderirmos ao cristianismo, é preciso vivê-lo.

 
Bibliografia Consultada:
Teologia do Antigo Testamento – Paul R. House – Editora Vida
A História de Israel no At – Samuel J. Schultz – Editora Vida Nova
O Novo Comentário da Bíblia – F. Davidson – Vida Nova
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards – CPAD

 
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quarta-feira, abril 07, 2010

O trigo e o joio – Pré Adolescentes


Mais uma parábola do divino Mestre em torno da vida agrícola daqueles tempos. Nesta parábola, há fatos e situações semelhantes à anterior, porém, com sentidos diferentes. A parábola do Trigo e do Joio ressalta o fato de que há na presente era uma semente de Satanás semeada aqui no mundo, paralelamente à da Palavra de Deus. A coexistência do povo do Maligno com o povo de Deus na dimensão visível e atual do reino dos céus terminará somente com a vinda do Senhor.

Temos aqui o caráter misto do reino e a separação final e absoluta dos homens em dois grupos. Mais uma vez, nessa primorosa parábola adicional, o próprio Pregador, com simplicidade característica, e clareza encantadora, expõe o significado de seus ensinamentos. Na Parábola do semeador, "a semente é a palavra de Deus" (Lc 8:11). Mas os que a receberam em seus corações e experimentaram-na como a Palavra transformadora, são agora "filhos do reino", como expressou-se Tiago: "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da sua verdade" (Tg 1:18).
Essa parábola apresenta o problema do mal. A mistura do mal com o bem é uma condição que nos confronta em todas as escalas sociais, em todas as formas de governo, no lar e na igreja. Não importa como legislamos ou separamos, as sementes da corrupção parecem alojadas e crescem como joio pernicioso em campos férteis. O verdadeiro e o falso estão sempre conosco. O bem e o mal estão indistintamente enlaçados em nossa sociedade humana. Como Reinhold Neibuhr diz: "Os elementos criativos e destrutivos da ansiedade estão de tal maneira mesclados, que a purificação imparcial do avanço moral do pecado não é tão fácil como imaginam os moralistas".
Na Parábola do trigo e do joio dois semeadores, duas espécies de semente e duas colheitas: a do bem e a do mal. A boa terra não está separada por si mesma no campo, mas está "entremeada com outros solos por todo o campo". Essa é uma importante característica a observar na interpretação dessa parábola.
Campo. O que devemos entender pelo campo ter produzido tanto trigo quanto joio? Alguns comentaristas crêem que, pela referência ao "trigo", nosso Senhor disse que o campo representa a Igreja ou a cristandade. O dr. E. H. Kirk diz: "Esta parábola é uma. declaração profética de que a igreja de Cristo na terra seria um corpo imperfeito. A igreja visível ou a igreja como corpo organizado na terra tem duas espécies de imperfeições: os defeitos pessoais dos regenerados e a filiação de pessoas não regeneradas. Essas imperfeições têm, em todas as épocas, despertado um zelo sincero; mas também causaram zelo impuro e entenebrecido pela obra purificado-ra. O propósito dessa parábola é esclarecer e modificar a primeira e despir a última dos seus argumentos plausíveis". Fausset igualmente afirma que o joio foi semeado com o trigo, ou "depositado dentro do território da igreja visível". Arthur Pink também identifica o campo como o mundo religioso.
Jesus falou claramente que "o campo é o mundo" —"seu campo" (13:24,38). Aqui ele reivindica o direito de propriedade. Não negamos o fato lamentável que no reino do cristianismo professo existam o joio e o trigo, todos dentro da verdadeira igreja, a igreja do Deus vivo. Os autênticos cristãos formam a boa semente, o trigo, mas na cristandade pode-se ver uma mistura de "filhos de Deus" com os "filhos do diabo". Note as expressões seu campo e teu campo, as quais declaram que o Mestre é o Proprietário, Senhor e Agricultor desse mundo. "Do Senhor é a terra e a sua plenitude". Esse campo, então, é a esfera da habitação humana, no mundo que Deus ama (Jo 3:16), e no qual o inimigo apanha a boa semente, e também semeia o joio.
Dois semeadores. Os ouvintes dessa parábola são a multidão reunida na praia e os discípulos no barco. A esses, Jesus descreveu os dois semeadores, tão diferentes em caráter e propósito. Primeiro, havia o "homem" revelado como "pai de família" (Mt 13:24, 27) e como "o Filho do homem" (Mt 13:37). Aqui, "o semeador" é apenas Jesus. Como Criador, ele fez o homem íntegro, quando o criou à sua semelhança, i.e., plantou dentro dele santos princípios e aspirações. O outro semeador é chamado "seu inimigo", "um inimigo", "o maligno", "o diabo" (Mt 13:25,28,38,39). Não demorou muito, até que Satanás semeasse o joio no trigo de Deus ou seja, em Adão e Eva. A palavra que Jesus usou para designar o seu inimigo foi diabolos, o caluniador, o mentiroso, aquele que é contra toda a verdade. Note a ênfase aqui: "seu inimigo", ou seja, inimigo de Cristo. Jesus sempre foi o alvo da maldade do diabo (Mt 4:1-11). A Trindade do bem e do mal são opostas uma a outra: o Pai e o mundo (Uo 2:15,16); o espírito e a carne (Gl 5:17); Cristo e Satanás (Gn 3:15). Seu inimigo semeou no campo que não era dele. A despeito da maldade prevalecer no Universo, esse ainda é o mundo de Cristo, e quando ele retornar como "Príncipe dos reis da terra", esse será um lugar puro para viver.
A astúcia do inimigo pode ser vista por ele ter semeado o seu joio entre o trigo, enquanto os servos dormiam. Não podemos tomar isso como falta de vigilância pelo campo semeado. Sem dúvida, era noite, a hora normal de dormir para os trabalhadores do campo e para os vigias. Discernimos melhor a natureza covarde do diabo, que escolheu a escuridão para as suas obras diabólicas. Satanás semeia secretamente, e os enganados pelo diabo amam as trevas porque suas obras são más. Assim, os servos que dormiram não são apenas adorno ou cores na parábola.
Dois produtos. O filho do homem semeia trigo em seu campo, e "seu inimigo" semeia joio "no meio do trigo". Esse ser diabólico não pensaria em semear os maus entre os maus. Ele semeia o maligno entre o bom, e os dois juntos constituem a cristandade. O que podemos entender pelos produtos figurados da parábola? Tomemos primeiramente:
Joio. As ações do diabo eram motivadas pela completa malícia, pois o joio, como erva daninha, nunca teve valor comercial. Mais, precisamente, o "joio" é uma semente dificilmente distinguível da semente do trigo (e a diferença não pode ser detectada até que tenha brotado). "Joio" não é aquilo que entendemos pelo termo, mas algumas espécies nocivas de plantas, alimento, como o milho selvagem. Joio! Um inimigo tão vigilante e inquieto como Satanás tem tanto para semear! O joio da sabedoria carnal, do orgulho de ignorar o pecado. E porque, como nos informa Thomson em Land and the book [A terra e o livro], "um exame preciso geralmente será incapaz de detectar a diferença entre joio e trigo, quando ambos ainda não desa-brocharam". Seu método é oposição pela imitação como afirma o dr. Scroggie. Os maus são semeados entre os bons, e a diferença nem sempre é visível. Muitos que não são do Senhor contudo assemelham-se aos-que são: vão à igreja, oram, lêem a Bíblia como cristãos, mas são, na verdade, sem Cristo.
Richard Glover, em seu Commentary on Matthew [Comentário de Mateus], informa-nos que o joio semeado no meio do trigo era "uma forma de vingança, felizmente rara, contra a qual foram feitas as leis em Roma, que são às vezes praticadas em todo lugar. O agravo causado era o envenenamento de uma parte do trigo, que exigia muito trabalho para livrar-se dele, e a indolente presença, durante anos, de algumas sementes perniciosas. Quão perversos tornam-se os homens, quando dão lugar à vingança! Dean Alford teve um campo onde foi semeada mostarda selvagem por um inimigo que o detestava". O diabo, então, é vingativo e malicioso.
Mas em sua interpretação da parábola, Jesus diz que o "joio" são "os filhos do maligno" (13:38); não plantas, mas pessoas. Que diferença de natureza sugerem as expressões filhos do reino e filhos do malignol Estes não tiveram origem no maligno, mas muitos moldaram seu caráter à vontade dele, e são, por isso, chamados seus filhos (Jo 8:44). São esses os que Satanás semeou entre "os filhos do reino".
Trigo. "A boa semente", "o trigo", "os filhos do reino" são termos equivalentes. Na parábola anterior, "a semente era a palavra do reino, mas aqui "a boa semente" é o produto daquela palavra recebida, entendida e obedecida, ou seja, os que por meio dela se tornaram "filhos do reino". O Filho do homem, como o Semeador e Pai de família, semeia apenas boas sementes: vidas transformadas pela palavra, que incorporam a palavra da verdade. Esse é o propósito do Redentor ao semear seus redimidos nesse mundo de pecado e miséria, para que produzam fruto para a glória eterna e prazer por suas almas transformadas. E por isso que ele o semeou onde você vive e trabalha. Como alguém comprado por um preço e nascido do seu Espírito, uma nova criação nele e herdeira da vida eterna, Jesus espera que você frutifique no lugar do campo desse mundo onde ele o plantou.
Duas perguntas. Os servos do Pai de família ou Proprietário do campo fizeram-lhe duas perguntas gerais: "Senhor, não semeaste tu no teu campo, boa semente —como então, está cheio de joio? [...] Queres que vamos arrancá-lo?" A primeira pergunta está dividida em duas partes, onde a primeira reconhece que o campo era do Pai de família, e ele mesmo havia semeado, e semeara apenas boas sementes.
A terra é do Senhor. Também ele originou e primeiro disseminou o evangelho, nada além do evangelho. Mas a segunda parte da primeira pergunta nos conduz ao mais profundo de todos os mistérios, a saber, a origem do mal e a sua permanência no mundo. O problema dessa parábola é tão antigo quanto a raça humana. Por que permitiu-se à serpente entrar no Paraíso? Por que permitiu-se que Judas fosse um dos doze? Por que a igreja primitiva quase foi arruinada pelos falsos cristãos? Por que Deus permite que o pecado e a tristeza afetem o seu mundo hoje? Jesus disse: "Um inimigo fez isto". Mas por que o inimigo está tão ativo, após quase dois milênios de cristianismo, e semeia mais joio do que nunca no campo de Deus? Esse é um dos mistérios a ser revelado. Atualmente, como "cristãos, deveríamos estar mais preocupados com a vitória sobre o mal, do que com uma completa explicação sobre ele".
A segunda pergunta: "Queres que vamos arrancá-lo?" (ojoio) faz supor que os servos queriam livrar o campo da erva daninha de uma vez. A resposta do Pai de família está dividida em duas partes. Antes de tudo, ele se refere ao crescimento do trigo e do joio. Antes de amadurecer, ojoio e o trigo são muito parecidos; e tentar destruir o joio, podia significar também a destruição do trigo. A separação entre um e outro estaria além da sabedoria dos servos. A segunda parte da resposta trata da colheita final. "Deixai crescer ambos juntos até a ceifa". Não é para sempre que a boa semente e ojoio estão misturados. Virá o tempo da separação, quando anjos, e não homens, vão amarrar o trigo e queimar ojoio.
Duas colheitas. Ao se referir à época da colheita, Jesus disse que os ceifeiros seriam capazes de distinguir entre o trigo e ojoio, e a separação seria desse modo: "Colhei primeiro o joio, atai-o em molhos para o queimar [...] Colhei o trigo e recolhei-o no meu celeiro". Essa colheita e destruição do joio dar-se-ão no "fim do mundo". Vamos tratar antes de tudo da destruição do joio, que será atado em molhos. Como a amarração do joio em molhos se sucede no campo, é interessante observar como esse processo de atar o joio em molhos é espantosamente rápido. Nunca houve dias como os nossos, de misturas e combinações. Vemos isso no mundo comercial, no qual os interesses particulares foram eliminados, companhias de crédito, sindicatos, associações e corporações dominam a indústria e o comércio. No mundo social, nunca tivemos tantos clubes, associações, fraternidades e organizações. No mundo político, temos a Organização das Nações Unidas (ONU), as Comunidades e os Mercados Comuns. O comunismo está forjando um bloco multina-cionalista e declarando que países ateístas querem viver em coexistência pacífica com nações que professam o cristianismo. No mundo religioso, o atar em fardos é evidente. Protestantes, católicos romanos e judeus confraternizam-se, e o ecumenismo é o seu proeminente evangelho. Que maravilhoso se saísse a ordem divina: "Ajuntai o joio em molhos".
Depois de colhidas e atadas, as ervas serão destruídas pelo fogo. A época dessa colheita está designada: "Pois determinou um dia em que, com justiça, há de julgar o mundo" (At 17:31). O curso da história humana, então, encaminha-se para o juízo. "O tempo da tribulação moral e do juízo aproxima-se com toda precisão do mecanismo moral, e ninguém escapará a esse último grande julgamento". Quanto ao tempo em que os ceifeiros obedecerão à convocação do Pai de família, para lidar com o joio, Jesus disse que seria no "fim do mundo", ou século —o fim da era dos gentios, quando Cristo retorna à terra como Rei, e expulsa de seu reino tudo o que causa tropeço (Ap 16:14-16). O juízo final de todos os ímpios terá lugar no dia do Trono Branco, para testemunhar a ratificação do juízo de Deus sobre Satanás, os anjos maus e todos os que morreram sem Cristo.
"Queimados no fogo" é a expressão mais solene. Como o "joio" simboliza todas as almas perdidas, não podemos elucidar o seu futuro depois desse destino declarado. Jesus declarou a futura destruição do joio. A "fornalha de fogo" e "pranto e ranger de dentes" dizem respeito aos horrores do inferno e da morada do iníquo, o Lago de Fogo. Essa linguagem vigorosa é de pavorosa contemplação. Fausset diz que "atirados ou lançados designam indignação, aborrecimento e desprezo (SI 9:17; Dn 12:2); 'a fornalha de fogo' denota a ferocidade do tormento; o 'pranto' significa a angústia que o sofrimento causará, enquanto 'ranger de dentes' é-um modo gráfico de expressar o desprezo de seu irremediável destino (Mt 8:12)". O castigo do iníquo será terrível (Ap 20:11). O que Jesus falou sobre molhos no fogo não era apenas roupagem de parábola, mas uma solene revelação e declaração do destino final de todos os ímpios (Hb 2:1-4).
Mas que colheita diferente aguarda o trigo que será recolhido no celeiro divino? Não haverá joio naquele celeiro, exatamente como não existirá trigo na fornalha de fogo. A pergunta é: "Quando será recolhido o trigo do Filho do homem?". Quando Jesus voltar nos ares, então será recolhido todo o seu trigo do campo desse mundo. Que recolhimento dos resgatados será esse! (lTs 4:15-17). O celeiro onde nos recolherá não será porventura a Casa de seu Pai? (Jo 14:1-3). Seus escolhidos, recolhidos dos "quatro ventos" (Mt 24:30,31), estarão com Jesus para sempre. Que glorioso destino espera os justos, os quais resplandecerão como o Sol eternamente! Serão exaltados e bem-aventurados para todo o sempre (Mt 13:43; 25:34)! Foram chamados em Cristo para a eterna glória de Deus (lPe 5:10; 2Pe 1:1-11). Uma encantadora esperança é a porção de todos os que foram salvos pela graça (Dn 12:1-3; At 14:22; 2Tm 2:12).
Há outro ponto a destacar na conclusão dessa meditação, a respeito da Parábola do trigo e do joio, a saber: vivemos ainda na época da graça, quando joio pode vir a ser trigo, ou pecadores podem ser transformados em santos. A parábola não exclui essa mudança antes que "o fim dos tempos" tenha chegado. Por essas palavras de Jesus, aprendemos que, pelo seu poder, o inimigo pode ser derrotado, e seus escravos feitos em servos de Deus. Os filhos do diabo podem ainda tornar-se filhos do reino, e ser salvos, portanto, do terrível Juízo Final. Membros impostures da igreja podem ser transformados em crentes genuínos e úteis. Então, não há uma aplicação pessoal a pensar? Jesus falou a Pedro que ele era trigo e que, como tal, seria peneirado por Satanás e, nesse peneirar, a palha ou joio desapareceriam (Lc 22:31). Temos razões para examinar o campo do nosso coração para descobrir se o inimigo semeou lá algum joio? Quanto mais o Senhor tem do nosso coração, menos terá o diabo.

Pais e filhos – padrões bíblicos de interação



Para que a família seja bem estruturada, construída em bases sólidas, é necessário que haja um bom relacionamento entre os pais. Um bom relacionamento entre pais e filhos é, sem dúvida alguma, a construção de uma família sólida, que achará condições de permanecer unida mesmo nos momentos difíceis de adversidades. Antes de imposições de regras e de leis que deverão ser obedecidas, os pais precisam construir um bom relacionamento de amizade.
A amizade entre pais e filhos, isto é, um relacionamento afetivo, é de extrema importância na formação da personalidade do indivíduo e também motivo para que as normas impostas sejam obedecidas.


  1. O que os filhos devem aos pais
    Respeitar envolve ter consideração por alguém, obedecer, prestar reverência. É um sinônimo de honrar,
    No âmbito familiar, o respeito é fundamental. Ele deve existir entre marido e esposa, entre pais e filhos. Uma das formas de respeitar os familiares é expressar e demonstrar amor por eles.
    No lar onde não há harmonia e amor, podem ocorrer abusos físicos ou emocionais que traumatizam toda uma vida. Palavras ásperas, divórcio, abandono na infância, ausência de contato físico entre pais e filhos (abraços e beijos), inexistência de uma vida espiritual familiar, falta de proteção à criança pequena, desequilíbrio emocional dos pais, vícios e desvios de caráter podem resultar em sérios problemas ao desenvolvimento infantil. Por isso alguns filhos não respeitam seus pais. Para eles, desrespeitá-los tem sabor de vingança.
    Mas a vontade de Deus é que respeitemos os nossos pais. Eis alguns itens que podem ajudar os filhos a restabelecerem o relacionamento com seus pais de forma saudável, conforme a vontade de Deus:




     Agir movidos pela graça de Deus: isso significa valorizar o relacionamento com eles não porque mereçam, mas porque esta é a vontade de Deus. O desafio é agir como o Cristo age conosco: ele nos ama, apesar de não merecermos.


    Valorizar os pontos positivos: pense em tantas coisas agradáveis que eles já fizeram com você, seja em momentos de lazer, passeios, período de férias ou mesmo através de bate-papos descontraídos.
    Valorizar os sacrifícios: provavelmente, seus pais abriram mão de várias coisas por você ou trabalharam duro pelo sustento da família. Valorize seus esforços.
    Tem compaixão: olhe para seus pais como Cristo olha para nós: com amor e compaixão.
    Perdoar: perdoe seus pais como Cristo perdoou você. Tenha um coração disposto a perdoar.
    Ajude outras pessoas: quando os filhos têm disposição para ajudar os outros, os pais sentem-se felizes e orgulhosos.
    Peça conselhos: os pais se alegram quando os filhos pedem sua opinião. Isso mostra respeito e consideração.
    Ore por eles: peça a Deus pela vida e pelo trabalho de seus pais.
    Estude a Palavra de Deus: Le a Bíblia alegra o coração dos pais cristãos.
    Elogie seus pais: um grande elogio é espelhar-se nelas na escolha do cônjuge. Quando os pais têm um casamento feliz e amoroso, os filhos procuram o mesmo para si.
    Abrace, beije: demonstre amor através de abraços, beijos e afirmações verbais.
    Ajude em casa: ajudar voluntariamente nas tarefas domésticas é uma demonstração de amor e gratidão.
    Fale sempre a verdade: Seja honesto não minta para seus pais.



    Para respeitar os pais ou qualquer outra pessoa é preciso atribuir-lhes valor. A maior atribuição de valor pessoal que recebemos vem do nosso Deus. Ele nos amou e nos aceitou como somos. E é ele quem nos fortalece para amar e respeitar as outras pessoas.
  1. O que os pais devem aos filhos
   A educação do indivíduo é responsabilidade dos pais. Isto não pode ser deixado de lado nem a cargo de terceiros.
A negligência traz prejuízos sem precedentes.
É fato que existem as instituições que auxiliam na educação como a igreja, a escola etc. Porém, a responsabilidade foi dada aos pais (Pv 22.6)
Em uma pesquisa realizada os adolescentes foram ouvidos e expressaram suas principais necessidades e o que esperam receber de seus pais.
Relação de afeto. Eles desejam ver boa relação entre os pais. Demonstram a necessidade de presenciar amor entre eles, como modele de identificação.
Precisam ser ouvidos: Muitos pais não dão a mínima atenção ao que o filho lhe quer dizer. Quando muito ouvem apenas as palavras mas ignoram a mensagem nelas contida.
Amor incondicional: Demonstre amor sem barreiras, aceitação irrestrita, sem cobranças exageradas ou mesmo indevidas. Faça elogios merecidos, dê a devida importância a fim de que seu filho sinta, que de fato, pertence àquele grupo familiar.


  1. Deveres da Família
Dever do Amor
Os membros da Igreja de Cristo devem se amar mútua e ardentemente, pois toda família tem o dever de praticar o amor. A Bíblia ensina que os irmãos devem se amar (1Pe 1.22).
Dever da união
A igreja deve ser unida como o corpo é unido (1Co 12.12). Toda pessoa sabe como funciona um corpo e como é indispensável a união de todos os órgãos e membros. Assim acontece com a família.
Dever da solidariedade (Rm 12.15)
Este é o texto base da solidariedade na família de Deus. Nossos pés estão sempre solidários com as nossas mãos, e estas sempre solidária com a nossa cabeça. Assim deve ser na casa e na família de Deus.
Dever da aceitação
Nas famílias naturais, nada é preciso para ser aceito. É algo institivo e natural. O espírito do irmão mais velho do filho pródigo deve ser banido de vez de dentro de nossas famílias.




 Leia Mais em www.ensinadorcristao.com.br


Fontes:
Lições da Palavra de Deus Nº 19 – Central Gospel
Lições da Palavra de Deus Nº 11 – Central Gospel
Lições Bíblicas 2º Trim. de 2004- CPAD
Pastoreando a família – Volume 07 – SOCEP
Bíblia de Estudo da Família - SBB









As Condições de Judá Espiritual - Jeremias

A condição espiritual de Judá era decandente, dentre os pecados cometidos por aquela sociedade, listamos os seguintes:
A Idolatria
Era um mal hereditário, que se fortaleceu nos 55 anos de reinado de Manassés, quando a nação se afundou mais e mais nos abismos da depravação. No capítulo três de Jeremias, Judá é comparada, no seu relacionamento com Deus, a uma esposa que abandona o marido por associações promíscuas com outros homens, como uma prostituta. Também é tida como pior do que Israel, que já havia sido destruída pela Assíria (v.11).
A imoralidade
Depravação era tota. A satisfação sexual era promíscua e generalizada até entre as pessoas casadas. Adultérios aconteciam até entre os profetas (Jr 23.14; 29.13)
A mentira
Era largamente praticada. Mentia o povo ( Jr 8.8; 9,3), cada um enganando o seu companheiro (9.5), e mentiam os profetas, dizendo ao povo e ao rei mensagens agradáveis, que eles queriam ouvir (14.14; 23.25, 27.10). A situação era tão generalizada que Jeremias deu uma orientação preventiva a alguns (Jr 9.4), válida para ambiente daquele nível.
Desprezo à Palavra de Deus
A Palavra de Deus era totalmente ignorada. Quando Josias começou a reinar, fez uma reforma e foi achado o Livro da Lei (2Cr 34.15). Mas a reforma não atingiu o coração do povo que continuou idólatra. Não afetou o caráter da nação. Jeremias enfatizou que o sinal externo da circuncisão nada significava sem a circuncisão do coração (Jr 4.4; 9.26)
Outros pecados
Zombavam da profecia de castigo iminente do profeta (Jr 5.12), faziam opressão ao estrangeiro, ao órfão e à viúva (Jr 7.6), gostavam da fraude e dos furtos ( 5.26-28). Todas as pessoas estavam satisfeitas com a corrupção do governo.
Portanto, a situação que Judá se encontrava, era triste e caótica, o povo pereceu por não obedecer a Deus. Precisamos estar atentos para que não venhamos cair nestes erros.
Fonte: Lições Bíblicas - Juvenis - Estudo panorâmico dos profetas maiores.


terça-feira, abril 06, 2010

O IBPE coloca à sua disposição os Cursos Básico e Médio em Teologia

O IBPE coloca à sua disposição os Cursos Básico e Médio em Teologia.Aproveite esta grande oportunidade para crescer no conhecimento da Palavra de Deus.

LOCAL: Colégio Rosa Moreira
Unidade 201, Rua 17, nº 15 – Cidade Operária - São Luís - MA
Aulas aos Sábados – das 14:00 às 17:00
Início das aulas: 08/05/2010

INSCRIÇÕES ABERTAS
O Curso Básico em Teologia do Instituto Bíblico Pastor Ângelo de Sousa – IBPE é composto de uma grade de 22 disciplinas, assim distribuídas:
1. Bibliologia (Introdução Geral à Bíblia)

2. Teologia Própria (A Doutrina sobre Deus)
3. Cristologia (A Doutrina de Cristo)
4. Pneumatologia (A Doutrina do Espírito Santo)
5. Angelologia (Anjos), Antropologia (Homem) e Hamartiologia (Pecado)
6. Soteriologia (Salvação) e Eclesiologia (Igreja)
7. Escatologia
8. Hermenêutica Bíblica
9. Antigo Testamento
10. Pentateuco
11. Novo Testamento
12. Homilética
13. Português Instrumental
14. Ética Cristã
15. Evangelismo e Discipulado
16. Administração Eclesiástica
17. Teologia do Obreiro
18. Geografia Bíblia
19. História da Igreja
20. Heresiologia
21. Educação Cristã
22. Liderança Cristã


Maiores informações IBPE:
ibpe@hotmail.com
Profº Paulo César: (98) 8822-5944 / (98) 3234-2062
pauloc.desouza@hotmail.com

 
Profº Welliton Sousa: (98) 8833-3220/ (98) 3276-9869
wellitonsg@hotmail.com

sábado, abril 03, 2010

Família, Igreja e Sociedade

Família e igreja são partes integrantes do plano de Deus para a humanidade. Somos chamados de filhos, temos Deus por nosso Pai e devemos tratar uns aos outros por irmãos.

A família pode ser bastante beneficiada pela igreja, pois esta oferece àquela, à luz da Palavra de Deus, a forma correta de viver. Quem despreza a influência da igreja na vida da família despreza também os benefícios desta convivência planejada por Deus. Josué era uma homem de oração, mas também de ação, e quando estavam na Terra Prometida, disse ao povo que ele e sua casa serviriam ao Senhor, Quer dizer, devotariam suas atenções, fé e confiança no Deus que lhe tirara do Egito e lhes dera a tão sonhada terra. É intenção de Deus que todas as famílias sejam abençoadas.
De forma prática, a igreja pode abençoar a família:

Orando por ela. O santuário onde nos reunimos para adorar a Deus foi chamado por Jesus de Casa de Oração. Os familiares não podem ser deixados de fora das súplicas do povo de Deus. Não é justo levar nossas famílias para orarem na igreja, e não incluí-las em nossas orações. Muitas mães e pais já viram a mão de Deus agindo por seus filhos através da oração da igreja local.

Aconselhando-a. Há famílias em nossas igrejas que se dedicam inteiramente
 à obra do Senhor, como a de Estéfanas (1Co 16.15) e Priscila e Áquila, que tinham, literalmente, uma igreja em sua casa (Rm 16.3-5). Da mesma forma que há ministérios trabalhando com evangelização, novos convertidos, crianças e jovens, deve haver na igreja um ministério específico para atuar com as famílias. O aconselhamento cristão para a família certamente demonstrará a importância que ela têm aos olhos do Senhor e da congregação, além de auxiliar os crentes acerca do padrão exigido PR Deus para as relações familiares. Um conselho dito ao seu tempo é muito bom (Pv 15.23). Se com bons conselhos aplacamos uma guerra, o que não pode ser feito se investirmos em nossas famílias?

Marcando reuniões específicas. Nas igrejas há reuniões para criança, jovens, obreiros e até mesmo para as pessoas que se afastaram dos caminhos do Senhor. Tais reuniões não representam o sectarismo, mas uma forma de direcionar a mensagem do Evangelho para grupos específicos. A família pode ser beneficiada pela igreja com reuniões específicas, louvores e pregação direcionados às necessidades familiares como relacionamentos entre pais e filhos e entre o casal, sobre finanças e vida doméstica. Diversos assuntos podem ser tratados em um culto para famílias, mesmo que este não seja feito no santuário, e sim na casa de algum membro da congregação.


Orientação didática
Durante este trimestre, você poderá aproveitar este assunto e fazer uma grande campanha da família em sua Igreja. Confeccione convites e distribua para todos os alunos a fim de que eles tragam todos os seus familiares para a Escola Dominical, principalmente os que ainda não servem a Deus. Se possível, peça-lhes que toda a família procure se sentar junto na igreja. Converse com o pastor da igreja para que ele esteja intercedendo especialmente pelas famílias todos os domingos no encerramento da Escola.

Fontes:
Lições Bíblicas – CPAD – 2º Trim. de 2004
Revista Ensinador Cristão - N º 18

sexta-feira, abril 02, 2010

Portal Ensinador Cristão


Pessoal, como havia prometido em 2010 viríamos com muitas novidades!
O blog cresceu, e agora, também virou Portal!
Portal Ensinador Cristão!!! Usando a mesma proposta do blog: a de colaborar com professores cristãos no exercício de suas atividades eclesiásticas.
Confira as novidades:
Portal Ensinador Cristão você encontrará diversas novidades, confira:
Canal EBD
Neste canal você encontrará artigos sobre:
  • História da Escola Dominical e Educação Cristã;
  • Auxílio para líderes de grupos de estudos e Escolas Bíblicas;
  • Dinâmicas, para uso em sala de aula;
  • Indicação de outros sites que poderão auxiliá-lo.
Canal Educação CristãAqui você terá oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a Educação Cristã, através de artigos, biografias de grandes educadores e entrevistas com pessoas que trabalham com a arte de educar cristãos.

Canal Subsídios
Além de Subsídios para as Lições Bíblicas de Jovens e Adultos da CPAD, você encontrará auxílio para as classes de Juvenis, Adolescentes e Pré-Adolescentes.
Este ano estamos também incluindo em nossa grade auxílio para professores que utilizam as Revistas da Editora Betel.
Além disso continuamos a postar artigos das lições bíblicas da Central Gospel.

Canal Biblioteca
Continuaremos a indicar livros e outros materiais literários e pedagógicos, para que você professor, continue se atualizando.

Canal Congressos e Cursos
Quer participar de um congresso, simpósio ou curso de atualização? Procure aqui os eventos relacionados ao que você busca.

Outras novidades!!!
Com o portal estamos atendendo o anseio de diversos leitores do blog, a assinatura do Newsletter. O que é isso? Toda vez que tiver novidades no site os leitores cadastrados serão avisados via e-mail. Cadastre-se Já!

Queremos também a sua participação!
Tem um link interessante?! Quer divulgar um evento?!
Participe, este espaço é seu!

EM BREVE MAIS NOVIDADES... AGUARDE!!!!

ACESSE AGORA WWW.ENSINADORCRISTAO.COM.BR

Não é história de pescador! - PréAdolescentes

O que é Parábola

A parábola, como a encontramos nos evangelhos, é um recurso didático, largamente utilizado por Jesus, a fim de elucidar as grandes verdades e mistérios do Reino de Deus. Vejamos, pois, como podemos defini-la.

  1. Definição etimológica

Originária do vocábulo grego parabolé, a referida palavra significa, etimologicamente, colocar uma coisa ao lado da outra; comparação. Não foi exatamente o que escreveu Ezequiel ao povo de Israel ao propor-lhe uma parábola? (Ez 17.2).

  1. Definição hermenêutica.

Segundo a hermenêutica, parábola é uma narrativa alegórica constituída de personagens, coisas, incidentes e atitudes que, através de comparações, facilita a compreensão de realidades que se acham além do nosso entendimento.

Exemplo: Objetivando mostrar aos seus contemporâneos o singular amor de Deus para com o pecador, o Senhor Jesus narrou-lhes a Parábola do Filho Pródigo. Doutra forma, como poderiam eles ver a Deus como o Amoroso Pai sempre pronto a receber o filho que, caindo em si, resolve retornar à casa paterna.

Os objetivos das parábolas de Jesus

Ao proferir as suas parábolas, tinha o Senhor Jesus, em mente, dois objetivos: um didático e outro teológico.
1. Objetivo Didático

Como o Mestre dos mestres, Jesus sabia perfeitamente como haveria de alcançar as ovelhas perdidas da Casa de Israel. Por isso, pôs-se a ensinar aos seus contemporâneos através de comparações. Ao falar-lhes das coisas terrenas, mostrava-lhes, com toda a clareza, as celestiais.

2.Objetivo Teológico

Além de ser o Mestre dos mestres, o Senhor Jesus era, de igual modo, a fonte de onde manam todos os mistérios do Reino de Deus. Como, porém, falar desses mistérios se a sua audiência era de gente simples?Para alcançar os seus ouvintes, foi ele comparando as coisas celestes com as terrestres, a fim de que estas esclarecessem aquelas.

Como interpretar as parábolas

Como poderá você constatar, não é difícil interpretar as parábolas. Aliás, o próprio Jesus encarregou-se de interpretar algumas aos seus discípulos (Mt 13.37,38). Basta termos em mente os seguintes passos, a fim de que possamos alcançar o seu significado:

  1. Buscar a verdade (ou verdades) que a parábola ilustra.

    A pergunta encontra-se, invariavelmente, o início ou no final do texto. Como por exemplo da Parábolada Ovelha e da Dracma perdida (Lc 15.4,8)

  2. Ater-se à essência da parábola. Ou seja: que levemos em conta os traços principais da parábola e não propriamente o seu cenário. Na parábola do Filho Pródigo, por exemplo, devemos considerar os seguintes elementos: o pai, que representa o Amoroso Deus; o filho mais novo, que ilustra o pecador espiritualmente perdido e o filo mais velho que lembra o crente inconformado com a misericórdia divina em relação ao filho que volta a usufruir dos favores imerecidos do Pai Celeste.

    Por conseguinte, não devemos nos preocupar em achar significado para os porcos, para as alfarrobas que estes comiam.

Conclusão

As parábolas de Nosso Senhor Jesus Cristo continuam tão atuais como nos dias do Novo Testamento. Atentemos aos seu ensino com todo cuidado e desvelo; pois continuam a explicar-nos os mistérios do Reino de Deus.

Fonte: Lições Bíblicas – 2º Trim. de 2005