terça-feira, dezembro 08, 2009

Dicas de Livros

Pensando já no 1º Trimestre de 2010, trago hoje a indicação de uma obra especial que com certeza o ajudará os professores de Jovens e Adultos.

Trata-se do livro do Pr. Hernandes Dias Lopes.

Em segunda aos coríntios o apóstolo conta suas lutas mais relevantes e suas aflições mais agônicas. Nenhum outro livro do Novo Testamento retrata uma angústia emocional, física, e espiritual com tanta profundidade e amplititude.

Paulo escreveu essa carta para falar das suas aflições e da necessidade da igreja perdoar e restaurar o membro incestuoso que tumultuava a congregação e liderava a oposição ao seu ministério em Corinto.

Ela está cheia, do começo ao fim, de sofrimento que se transforma em júbilo, fraqueza que se transforma em força e derrota que se transforma em triunfo. Segunda aos coríntios nos dá coragem para vencer o desânimo.

Dá-nos incentivo para repartir livremente com os outros e nos lembra que devemos buscar forças em Cristo. A fonte do consolo é esta gloriosa verdade: A minha graça te basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza.

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Pré-Adolescentes - 2010

Adequada para o pré-adolescente de 11 e 12 anos, a revista Pré-Adolescentes, a cada trimestre, dá novos conhecimentos a respeito da Palavra de Deus.
Totalmente formulada de acordo com orientação pedagógica e didática, com conteúdos didáticos atualizados.

Conhecendo melhor a si mesmo e os outros





SUMÁRIO:
1 - Quem sou eu?
2 - Adolescer sem aborrecer
3 - Eles e elas
4 - Sob controle
5 - Qualidades versus defeitos
6 - Sob influência
7 - Você tem o seu valor
8 - Amigos de fé
9 - Não sou rebelde
10 - Eu e minha casa
11 - Sem estresse!
12 - Duvidar, por quê?
13 - Meu corpo, morada de Deus

Adolescentes - 2010


Adequada para o adolescente de 13 e 14 anos, a revista Adolescentes, a cada trimestre, dá novos conhecimentos a respeito da Palavra de Deus.
Totalmente reformulada de acordo com orientação pedagógica e didática, com conteúdos didáticos atualizados.

Conselhos para o dia a dia





SUMÁRIO:
1 - Busque a sabedoria
2 - Obedeça aos pais
3 - Evite as más companhias
4 - Pratique a bondade
5 - Desvie-se do mal
6 - Fuja da imoralidade!
7 - Vença a preguiça!
8 - Tenha cuidado com o que fala!
9 - Aprenda a perdoar
10 - Como relacionar-se com o próximo
11 - Seja prudente!
12 - Fuja da contenda!
13 - O caminho para viver

Juvenis 2010

Preparada para revelar verdades espirituais e práticas ao adolescente de 15 a 17 anos, a revista Juvenis, a cada trimestre, se mostra uma útil ferramenta para que eles possam conhecer mais a Palavra de Deus e a si próprios.
Totalmente reformulada de acordo com orientação pedagógica e didática, com conteúdos didáticos atualizados.

A atualidade da mensagem da Bíblia





SUMÁRIO:
1 - Que livro!
2 - Mais atual que nunca!
3 - Ciência na mente, Bíblia no coração
4 - Preserve o verde, ame o próximo
5 - Tsunâmis e cia
6 - desarme-se! Ou melhor, arme-se!
7 - Prepare-se para as guerras
8 - Quando o mundo vai acabar?
9 - Acharam a arca de Noé?
10 - Moralidade, o que é isso?
11 - O império contra-ataca
12 - Pobreza é maldição?
13 - Love story
12- Visões e revelações do Senhor
13- Solenes advertências pastorais





Lições 2010

Um novo ano vem ai, e como sempre, muitos planos são feitos, que tal, então começar pela Escola Dominical. Vamos aproveitar para nos preparar para os novos desafios.

Em 2010 vamos estudar sobre a Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, dando continuidade ao estudo do que fizemos da primeira carta.

"Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas."
Comentarista: Pastor Elienai Cabral


SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- A Defesa do apostolado de Paulo
2- O Consolo de Deus em meio à aflição
3- A Glória do ministério Cristão
4- A Glória das duas alianças
5- Tesouro em vasos de barro
6- O Ministério da reconciliação
7- Paulo, um modelo de líder servidor
8- Exortação à santificação
9- O Princípio biblico da generosidade
10- A Defesa da autoridade apostólica de Paulo
11- Caraterísticas de um autêntico líder
12- Visões e revelações do Senhor
13- Solenes advertências pastorais

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Davi e o Preço da Negligência na Família – Lição 10

Introdução

Depois de Arrepender-se profundamente, Davi recebeu o perdão de Deus, mas isso não o livrou de sofrer as lamentáveis conseqüências do seu ato. As terríveis palavras do profeta ecoaram nos ouvidos do rei por longo tempo. Seu filho Amnom, depois de estuprar a própria irmã, Tamar, foi morto por vingança por outro filho de Davi, Absalão, o favorito do rei. Posteriormente, em um ato de traição, Absalão liderou uma rebelião, na tentativa de usurpar o trono de seu pai. Tal investida, entretanto, não foi bem-sucedida. Uma das cenas mais lamentáveis da Bíblia é a tristeza arrasadora, demonstrada por Davi, quando este chorava desesperado, dizendo: "Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho! (2 Sm 18.33).

    Os problemas de Davi, porém, não terminaram com a morte de Absalão. Tempos depois, houve outra rebelião, incitada por um desertor chamado Seba. A insurreição foi sufocada, mas seguida por um período desastroso de fome e, logo depois, por uma praga que devastou a nação. Finalmente, pouco antes da morte de Davi, Adonias, outro filho do rei, fez uma tentativa malsucedida de usurpar o trono.

    A despeito da trágica história dessas aflições que vieram sobre Davi em seus últimos anos de vida, como conseqüência da sua atitude insensata, tal homem foi o maior rei de Israel e, nas palavras encontradas no texto bíblico, um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14)

Colhendo Tempestades

    Logo chegou o tempo em que Davi começou a colher o que havia plantado. Seus filhos estavam crescendo. Como frequentemente acontece nas famílias onde existem muitas esposas, surgiu uma intensa rivalidade entre os filhos. Agora que a iniqüidade de Davi se tornara pública, os filhos mostravam pouco respeito pelo pai e, de modo geral, demonstravam pouquíssimo interesse pelas coisas espirituais.

    Por este tempo, Amnon, um dos filhos de Davi, desenvolveu uma forte paixão por Tamar, sua irmã por parte de pai. Tal relacionamento era proibido pela Lei de Moisés (Lv 18.11), embora parecesse uma prática comum naqueles tempos. As filhas solteiras eram mantidas em reclusão, sendo proibidas de estar na companhia do sexo oposto, e conviviam apenas com suas damas de companhia. Amnon não tinha como se encontrar com Tamar para falar-lhe do seu amor e o desapontamento o pertubarva tanto, que ele ficou doente.

    Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi, encontrou-se com Amnom e este contou-lhes sobre os seus desejos. Jonadabe deu conselhos perversos a Amnom sobre como poderia alcançar o que desejava.

    Dois anos mais tarde, na época da tosa das ovelhas, Absalão vingou a sua irmã, usando seus servos para matar Amnom.

    Para Davi todos os acontecimentos em sua família soaram como um golpe cruel. Como ele deve ter-se reprovado por saber que todo o mal que sobreviera à sua família era decorrente de seu erro com Bate-Seba! Ele não podia fazer mais coisa alguma, a não ser reconhecer que estava recebendo a paga pelo seu pecado contra Urias, o heteu, e principalmente, contra Deus.

sábado, novembro 14, 2009

Ausência de Postagens

Amados,

Tenho recebido alguns e-mails sobre a ausência de postagens, dos subsídios das lições.
Infelizmente, nas últimas semanas, estou com alguns problemas pessoais, que têm tomado grande parte do meu tempo.
Não tenho colaboradores para o blog, portanto fica inviável as postagens neste momento.
Peço a oração dos irmãos e esperamos que na próxima semana, regularizemos esta situação.

Abraços

Eduardo Sousa

quarta-feira, novembro 04, 2009

Dicas de Livros

Pessoal esta semana estou trazendo como dica o lançamento da Editora Vida Nova, "A Espiral Hermenêutica".
Um novo método de interpretação bíblica para aqueles que desejam estudar e pregar a Palavra de Deus com profundidade e relevância.

Além de dialogar com as mais recentes teorias da interpretação, bem como propor um novo método de interpretação bíblica, o autor também aprofunda questões de extrema importância para o preparo do sermão.
Grant R. Osborne nos ensina passo a passo a preparar um sermão que, começando com a exegese, leva em conta todas as etapas da hermenêutica: contexto histórico, padrões de retórica, análise gramatical, semântica e exegética, gêneros literários, citações do AT no NT, relaçÕes entre a hermenêutica e as teologias bíblica, histórica, sistemática e homilética, e muito mais.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Não seja arrogante, seja temente – Pré-Adolescentes

Este texto abaixo é um trecho do livro: "Humildade a beleza da Santidade" de Andrew Murray

A Humildade na Vida de Jesus

Leitura: "No meio de vós, Eu sou como quem serve" (Lucas 22.27).

No Evangelho de João, temos a vida interior de nosso Senhor exposta a nós. Jesus ali fala frequentemente de Seu relacionamento com o Pai, dos motivos pelos quais Ele é guiado, de Sua consciência do poder e espírito nos quais Ele atua. Ainda que a palavra "humilde" não apareça, não há qualquer outro lugar nas Escrituras onde vemos tão claramente em que consistia Sua humildade. Já dissemos que essa graça, na verdade, nada é senão o simples consentimento da criatura em permitir que Deus seja tudo, em virtude de entregar-se exclusivamente a Sua operação. Em Jesus, veremos que, tanto como Filho de Deus nos céus como homem na terra, Ele tomou o lugar de total subordinação e deu a Deus a honra e a glória que Lhe são devidas. E o que Ele ensinou tão frequentemente tornou-se verdade para Ele mesmo: "Quem a si mesmo se humilhar será exaltado" (Mt 23.12). Como está escrito: "A Si mesmo se humilhou (...) pelo que também Deus O exaltou sobremaneira" (Fp 2.8, 9).

Ouça as palavras em que o Senhor fala de Seu relacionamento com o Pai, e veja como incessantemente Ele usa as palavras "não" e "nada" para refe-rir-se a Ele mesmo. O "não eu", no qual Paulo expressa sua relação com Cristo, é o mesmo espírito no qual Cristo fala de Sua relação com o Pai.

"O Filho nada pode fazer de Si mesmo" (Jo 5.19).

"Eu nada posso fazer de Mim mesmo (...).

O Meu juízo é justo, porque não procuro a Minha própria vontade" (v. 30).

"Não aceito glória que vem dos homens" (v. 41).

"Eu desci do céu, não para fazer a Minha própria vontade" (6.38).

"O Meu ensino não é Meu" (7.16).

"Não vim de Mim mesmo" (v. 28 - RC).

"Nada faço por Mim mesmo" (8.28).

"Não vim de Mim mesmo, mas Ele Me enviou"(8.42 - RC).

"Eu não procuro a Minha própria glória" (v. 50).

"As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim mesmo" (14.10).

"A palavra que estais ouvindo não é Minha" (v. 24).

Essas palavras abrem para nós as raízes mais profundas da vida e da obra de Cristo. Elas nos falam como foi que o Deus Todo-Poderoso pôde trabalhar Sua maravilhosa obra de redenção por meio Dele, Cristo.

Elas mostram o que Cristo considerou como o estado de coração que Lhe cabia como o Filho do Pai. Elas nos ensinam o que são a natureza e vida essenciais dessa redenção que Cristo cumpriu e agora transmite. É isto: Ele não era nada para que Deus fosse tudo. Ele renunciou a Si mesmo totalmente, com Sua vontade e Suas forças, para que o Pai trabalhasse Nele. De Seu próprio poder, Sua própria vontade, Sua própria glória, de toda a Sua missão com todas as Suas obras e Seu ensinamento — de tudo isso, Ele disse: "Não sou Eu, não sou nada. Eu Me dei totalmente ao Pai para trabalhar; não sou nada, o Pai é tudo".

Cristo descobriu que essa vida de total abnegação, de absoluta submissão e dependência da vontade do Pai era uma vida de perfeita paz e alegria. Ele não perdeu nada dando tudo para Deus. Deus honrou Sua confiança e fez tudo para Ele, e, então, O exaltou à Sua mão direita em glória. E porque Cristo se humilhou assim diante de Deus, e Deus estava sempre diante Dele, Ele achou possível humilhar-se diante dos homens também e ser o Servo de todos. Sua humildade era simplesmente o entregar a Si mesmo a Deus para permitir que Deus fizesse Nele o que O agradasse, não importando o que os homens à Sua volta dissessem Dele ou fizessem a Ele.

É nesse estado de mente, nesse espírito e disposição, que a redenção de Cristo tem sua virtude e eficácia. É para trazer-nos para essa disposição que somos feitos participantes de Cristo. Esta é a verdadeira abnegação, para a qual nosso Salvador nos chama: o reconhecimento de que o ego não tem nada de bom em si mesmo, exceto como um recipiente vazio que Deus tem de preencher, e de que sua pretensão de ser ou fazer qualquer coisa não deve, nem por um momento, ser permitida. É nisto, acima e antes de todas as coisas, que consiste a conformidade com Jesus: nada ser e nada fazer de nós mesmos, para que Deus seja tudo.

Aqui temos a raiz e natureza da verdadeira humildade. Por não entender ou buscar isso é que nossa humildade é tão superficial e tão débil. Temos de aprender de Jesus, que é manso e humilde de coração. Ele nos ensina onde a verdadeira humildade tem origem e acha sua força: no conhecimento de que é Deus quem opera tudo em todos, que nosso dever é render-nos a Ele em perfeita resignação e dependência, em pleno consentimento de não ser e não fazer nada por nós mesmos. Esta é a vida que Cristo veio revelar e conceder: uma vida para Deus que veio através da morte para o pecado e para o ego. Se sentimos que essa vida é elevada demais para nós e está além de nosso alcance, isso tem de nos tanger ainda mais por buscá-la Nele; o Cristo que nos habita interiormente vai viver essa vida, essa mansidão e essa humildade em nós. Se desejarmos ardentemente por isso, vamos, acima de todas as coisas, buscar o santo segredo do conhecimento da natureza de Deus, enquanto Ele trabalha, a todo momento, tudo em todos: o segredo do qual toda a natureza e todas as criaturas e, sobretudo, todo filho de Deus, deve ser a testemunha: nada são senão um vaso, um canal, através do qual o Deus vivo pode manifestar as riquezas de Sua sabedoria, poder e bondade. A raiz de toda virtude e graça, de toda fé e adoração aceitável, é que sabemos que não temos nada que não tenhamos recebido, e reverenciamos, na mais profunda humildade, esperando em Deus para isso.

Foi porque essa humildade não era apenas um sentimento temporário despertado e trazido em exercício quando Ele considerava a Deus, mas era o próprio espírito de toda Sua vida, que Jesus era tão humilde em Seu relacionamento com os homens como o era em Seu relacionamento com Deus. Ele se sentiu o Servo de Deus para os homens que Deus fez e amou; como uma consequência natural, Ele se considerou como o Servo dos homens para que, por meio Dele, Deus pudesse fazer Sua obra de amor. Ele nunca, nem por um momento, pensou em buscar Sua própria honra ou em usar Seu poder para vindicar a Si mesmo. Seu espírito foi por completo o de uma vida entregue a Deus para Ele operar nela. Somente quando os cristãos estudarem a humildade de Jesus como a própria essência da Sua redenção, como a própria bem-aventurança da vida do Filho de Deus, como o único verdadeiro relacionamento com o Pai e, por isso, como aquilo que Jesus tem de nos dar se devemos ter parte com Ele, é que a terrível carência de real, celestial e manifesta humildade se tornará um fardo e um pesar, e só então nossa religião comum será colocada de lado para garantir isso, a primeira e principal das marcas do Cristo dentro de nós.

Irmão, você está revestido de humildade? Pergunte ao seu viver diário. Pergunte a Jesus. Pergunte a seus amigos. Pergunte para o mundo. E comece a louvar a Deus, pois lhe foi aberta, em Jesus, uma humildade celestial que você mal conheceu e, pela qual, uma bênção que você, provavelmente, jamais tenha provado, ainda poderá vir até você.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Davi e Sua Equipe de Liderados

O que é um Líder

Deus pode escolher a quem Ele quiser para ocupar a posição de líder. Afinal de contas, Ele é Deus, nós apenas criaturas, Ele o Criador. Deus está chamando líderes. Ele está a procura de líderes. "Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei" (Ez 22.30).

É uma pessoa que está consciente do seu papel na liderança, sabe que está no comando e que este comando foi-lhe outorgado por Deus. Também está consciente que exerce um forte impacto e uma grande influência na vida dos liderados. Agora, ele não deve de forma alguma incidir uma influência forçada. Isso deve ser natural.

Ele é alguém que vê as necessidades das outras pessoas. Está sensível para com elas. Com isso, procura, na maneira do possível, ajudá-las a superar os seus obstáculos. Deve demonstrar um amor genuíno, como um amor de pai para filho. Afinal de contas, eles são o rebanho que Deus lhe confiou nas mãos e um dia prestará contas disso.

"Para que um homem seja líder ele tem de ter seguidores. e para que tenha seguidores ele tem de ter a confiança deles. Assim sendo, a primeira qualidade do líder tem de ser integridade inquestionável. Sem ela, não é possível o verdadeiro sucesso, não importam se estejam trabalhando em turma de fábrica, campo de futebol, no exército ou num escritório. Se os colegas de um homem descobrem nele falsidade, se percebem que nele falta integridade direta, este homem fracassará. Seus ensinos e seus atos devem ser congruentes. Assim, a maior necessidade é integridade e propósito elevado" BARBER, Cyril J. Neemias e a Dinâmica da Liderança Eficaz. São Paulo, SP.: Editora Vida, 1999, p.79

Todo o poder que o líder vem a possuir, deve primeiramente ser por ele reconhecido que lhe concedido por Deus. Tudo provêm de Deus. Cristo disse: "Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). Sem Cristo, o líder nada pode. "O exemplo máximo de liderança é Jesus. Seu grupo era constituído por doze, incluindo um que duvidou, outro que negou conhecê-lo e ainda outro que o traiu entregando-o aos assassinos. No entanto, com este pequeno grupo, ele mudou o mundo" HAGGAI, John. Seja um Líder de Verdade: Liderança que permanece para um mundo em transformação. Venda Nova, MG.: Editora Betânia, 1990, p.11.

O líder não é um ditador. Aquele que chega com a palavra e diz tudo o que se deve fazer. Ele deve procurar incutir nas mentes das pessoas que elas devem participar na elaboração dos projetos, dos planos, etc. Assim, ele não irá exercer uma função autoritária e poderá com isso estar desenvolvendo novos líderes dentro do grupo. O líder deve, no entanto, ter a consciência que deve sempre estabelecer metas, bem como os meios necessários para atingi-las. Para isso, uma boa comunicação é fundamental. O líder deve ser alguém que saiba se comunicar. Deve saber dizer exatamente o que pretende e como pretende. Boa comunicação é imprescindível para a realização das metas, conseqüentemente os liderados não terão problemas em seguí-lo. Motivação é chave para atingir os planos. Ele deve estar sempre motivando os demais, bem como motivando a si mesmo. Quando o trabalho é bem executado, ele deve saber dar crédito às pessoas por isso, deve elogiar o trabalho bem feito. Deve também cobrar quando o trabalho não acontece.

O líder deve procurar pedir auxílio ao Senhor Jesus Cristo – o Líder dos líderes, o Mestre por excelência – para exercer a liderança. Colocando-se diante de Deus para escutar o que Ele manda, estará sendo o tipo de líder que Deus está a procura. Uma pessoa consagrada, temente a Deus, que faz o que Lhe agrada, porque seu objetivo e glorificar Aquele que o arregimentou.

"Os líderes que trabalham com mais eficiência me fazem perceber que nunca dizem 'eu', não pensam 'eu'. Pensam 'nós'. Pensam na 'equipe'. Entendem que seu serviço fazem a equipe funcionar. Aceitam responsabilidade e não se evadem, mas 'nós' conseguimos o crédito. Há uma identificação (com frequência, um tanto inconsciente) com a tarefa e com o grupo. Isso é o que cria a confiança. O que capacita para conseguir que a tarefa seja feita" FINZEL, Hans. Dez Erros que um Líder Não Pode Cometer. São Paulo: Edições Vida Nova, 1999, p.88

  1. Como um Líder Deve ser Conhecido

    O líder cristão deve ser uma pessoa que é conhecida por meio de seu poder espiritual, a sua autoridade diretamente da Palavra de Deus. Líderes devem ser pessoas que são fervorosas em oração. Ele deve ser uma pessoa que vive na Palavra e através disso desafiar os seus liderados a seguir o seu exemplo. O modo de vida, de agir, de falar, do líder deve ser inteiramente controlado ou guiado pelo Espírito Santo.

    O líder é alguém que deixa uma marca na vida, bem como no coração das pessoas. O seu proceder fará com que alguém sinta o desejo de fazer o que a Palavra de Deus diz. Ele procura causar um impacto na vida dos liderados não para querer receber glória ou querer aparecer, mas para que seja um fruto para toda a eternidade.

2. O Líder e a Firmeza Espiritual

"Para liderar o povo de Deus, um dos maiores segredos é a firmeza, e não a força. Os líderes mais respeitados são aqueles que têm firmeza espiritual, refletindo isso em suas vidas espirituais". CAMPANHÃ, Josué. Segredos da Liderança: Diretrizes práticas para uma liderança bem-sucedida. São Paulo, SP.: Editora

Vida, 1999, p.23.

Os líderes têm que ser pessoas firmes. A firmeza dos líderes também afetará a vida dos demais. Um líder é alguém como todo mundo. Sente o que todo mundo sente. O líder deve ser alguém que busca auxílio diretamente de Deus. Recorre sempre ao Senhor para aprender a arte de exercer liderança.

Davi: um Homem Humilde de Coragem e Determinação

Davi irradia-se das páginas das Escrituras como um modelo de liderança hábil. Mesmo antes de alcançar a idade normal de maturidade, bravamente desafiou um urso ou um leão para recuperar uma ovelha de sua boca (1 Sm 17.35). Com coragem inspirada pela fé no Deus Todo-Poderoso, Davi pediu o privilégio de lutar com Golias. Embora não tivesse experiência de batalha, nem treinamento especial, sentiu a confiança que somente Deus dá para aqueles que ele seleciona para carregar o seu estandarte e enfrentar a morte que o ameaçava. Combinado com uma aparente coragem imprudente, podemos encontrar em Davi um homem que elevou sua lealdade de rei ungido de Deus para um nível raramente visto. Não importa que Saul fora tão instável quanto a água, ou que mentira constantemente por causa de seu medo invejoso e infundado de que Davi estava conspirando para derrubá-lo. Mesmo sabendo que Deus o tinha escolhido para substituir Saul como rei, Davi, ainda sim, apoiou o líder constituído da nação.

Davi repetidamente demonstrou versatilidade nos anos que fugira e escondera-se da ira mortal do rei Saul. Quer evitando a fome, comendo o pão da Presença (lSm 21.1-9), fingindo loucura na presença de Áquis em

Gate ou cortando um pedaço da orla do manto de Saul para provar que não tinha nenhuma intenção má, Davi consistentemente inspirou confiança em seus seguidores e à nação, como um todo.

Uma dose impressionante de humildade coexistiu com a coragem e a determinação de Davi. Quando a notícia da morte de Saul o alcançou, ele deu um exemplo de tristeza genuína em seu ato, rasgando suas vestes, pranteando, jejuando e chorando por seu inimigo caído. Quando o profeta Natã repreendeu seus pecados de adultério e assassinato, não reagiu em fúria e autodefesa, mas com uma convicção de coração partido e de arrependimento. O Salmo 51 revela como Davi sentiu profundamente as feridas de sua consciência. Qualquer líder que é inclinado a arrepender-se superficialmente não é digno de sua posição como um modelo exemplar. Davi amou intensamente seu filho Absalão, mesmo depois da desprezível rebelião que ele levantara contra seu pai. Joabe sabia que Absalão não merecia viver, mas intensifica a aflição de Davi diante da notícia de que o seu filho rebelde estava morto. O poder e a fama não fizeram Davi insensível às outras pessoas.

Davi deu valor à justiça. Considere a maneira que ele desafiou a prática de distribuição dos despojos da batalha entre os homens. Ele se assegurou de que os homens fracos recebessem um montante igual e justo.

Robert Clinton desenvolveu idéias novas em relação à forma pela qual Deus desenvolve líderes segundo o seu próprio coração. Eles são padrões que descrevem uma idéia geral, providenciando uma estrutura, um tipo de esboço da vida de uma pessoa.

Primeiro, de significado especial, são os traços da personalidade que fazem uma pessoa ser o que ela é. Alguns traços são natos, e outros são formados através da disciplina familiar e da transferência de valores.

Segundo, são os processos que movem uma pessoa ao decorrer de sua vida. Os eventos, as pessoas e as circunstâncias afetam as atitudes e produzem reações que as pessoas desenvolvem desde o nascimento até a morte. Enquanto uma pessoa amadurece, ela aprende através da experiência e da reflexão. A leitura, o estudo e a discussão afetam no processo que transforma um jovem imprudente em um líder respeitado. Paulo adverte Timóteo para não ordenar um irmão que seja "neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condena~]ao do diabo " (1 Tm 3.6). Quando o processo necessário de testes e de tropeços da vida são bem sucedidos, um líder em potencial pode mover-se ao serviço sem colocar em perigo a vida do grupo.

Finalmente, é preciso considerar os princípios, isto é, as verdades fundamentais que servem como as raízes de uma árvore ou os alicerces de um edifício, mantendo-o firme em tempestades e terremotos. O pastor Warren Wiersbe, antigo pastor da Moody Church em Chicago, e autor bem conhecido, escreveu o seguinte sobre princípios: "Em relação à única coisa que eu me lembro de uma das minhas aulas de seminário é uma estrofe de uma poesia que um professor cansado apresentou no meio de uma aula monótona:


'Os métodos são muitos,

e poucos os princípios.

Os métodos sempre mudam,

mas nunca os princípios'.

Aquela convicção levou-me a uma vida incessante à busca de princípios, as verdades fundamentais que nunca mudam, mas sempre têm um novo preceito atrás deles. Aprendi avaliar homens e ministérios baseado nos princípios que os motivaram, e também baseado no fruto que eles produziram".

Uma liderança sem princípios é como um navio sem bússola. Liderança sem o processo de experiência é como um navio sem o capitão. Liderança sem um padrão é como um navio sem um destino ou porto seguro.

Davi demonstrara o padrão da sua vida nos Salmos. Como um exemplo, veja suas palavras: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória" (63.1-2). A inclinação de seu coração repousava-se em Deus. Esta foi sua disposição, um ardente almejo da intimidade com Deus, que é refletido em muitos Salmos compostos por Davi.

A biografia bíblica de Davi revela o processo pelo qual Deus elevou esse jovem a uma estatura de proeminência mundial. Nos olhos de seu pai era improvável que Davi se tornasse um líder da nação, tanto que Samuel teve que perguntar a Jessé se ele não tinha outro filho que Deus pudesse indicar como sua escolha. Não havia nem passado por sua mente que Davi pudesse vir a ser ungido como o futuro rei de Israel (lSm 16.11-13).

O desempenho de Davi sobre a nação foi um modelo criado pela sabedoria e poder aplicados ao governo. Entre os princípios proeminentes exemplificados por Davi, o primeiro que podemos fazer menção é integridade, incluindo as virtudes de honestidade e de veracidade. Enquanto Saul tinha como características pessoais a desonestidade e a insegurança, Davi, desde a sua mocidade, buscava vencer a tentação da hipocrisia e duplicidade. Spurgeon estava certo quando disse a seus alunos ministeriais: "Um ministro de Cristo deve ter sua língua, seu coração e suas mãos em concordância".

Segundo, a confiabilidade, uma faceta da integridade, caracterizava-o. Davi fez da confiabilidade, uma regra para sua vida para cumprir suas promessas. Lembre do caso de Mefibosete, filho de Jônatas, que recebeu de volta toda a terra que pertencia a Saul, e comeu na mesa do rei (2Sm 9.7). Nestes dias em que manter promessas não é mais considerado uma obrigação solene, as ações de Davi desafiam os cristãos de hoje a terem responsabilidade.

Terceiro, observe o princípio de justiça. O insensato Nabal quase perdera sua cabeça por não reconhecer que a liderança de Davi baseava-se em um senso vital de justiça (lSm 25), em vez de subornos, favoritismos e "panelinhas". O general Joabe, que servira Davi tão habilmente nas batalhas, mas que pecava na falta deste princípio crucial de orientar sua vida pela justiça, finalmente perdeu sua vida como uma conseqüência da falta de justiça.

Quarto, note o princípio de humildade que fez de Davi um homem segundo o coração de Deus. Quando três dos seus valentes romperam pelo arraial dos filisteus para tirar água da cisterna que estava junto à porta de Belém, para que Davi bebesse, Davi não bebeu da água (2Sm 23.15-17). Como um grande líder como foi, Davi não se considerou digno de beber da água que foi tirada com o risco de vida para satisfazer seu desejo caprichoso da água especial de Belém.

Qualidades na vida de um líder

1. Qualidades Espirituais

É indispensável que o líder caminhe ao lado e com Deus na liderança. Para isso, é necessário que o coração do líder seja inteiramente de Deus (2Cr 16.9). Sendo assim, o líder é uma pessoa que procura com intensidade ter ou possuir uma elevada estatura espiritual. O padrão divino para o líder é extremamente elevado, para que ele possa atingir o padrão de Deus, é necessário uma obediência plena da parte dele.

Seu viver deve ser irrepreensível. O que ele ensina em relação às verdades espirituais da Palavra de Deus, devem condizer com a verdade. Não deve acontecer de que um membro chegue diante dele e o acusa de não estar praticando o que prega, de não estar cumprindo este ou aquele outro mandamento da Palavra de Deus.

Temos na vida de Daniel um grande exemplo: ele era irrepreensível, não havia nada que as pessoas podiam falar com relação a faltas em sua vida. Sendo assim, seus inimigos tentaram achar algo para acusá-lo na lei de Deus. Nada encontraram. Por fim, tiveram que fazer algo para que ele viesse a cair, mas sua vida espiritual era tão elevada que mesmo diante do decreto do rei, ele não sucumbiu. Sua firmeza espiritual foi o seu segredo (Dn 6).

As qualidades espirituais devem ser prioridades absolutas na vida do líder. Se ele assim proceder, as pessoas irão querer imitar o seu exemplo.


2. Qualidades Morais

Os líderes devem possuir uma vida limpa, isso não deve ser por medo dos liderados, mas sim pelo temor diante de Deus, por querer agradá-lo. Nas Escrituras, temos um exemplo bastante forte deste padrão moral que o líder deve ter. José se recusou a ter relações sexuaiscom a mulher de Potifar, não por temer a Potifar, mas por temer cometer tamanho pecado diante de Deus (Gn 39.7-21).

Ter uma vida moral reta é algo que não tem preço. Não se pode comprar. Tendo uma vida limpa perante Deus e os demais, o líder terá uma visão clara de seus alvos e objetivos, será mais fácil para ele alcançar seus objetivos assim.

Pessoas com problemas de visão procuram um oftalmologista para corrigir o problema. Líderes com problemas em sua vida moral, terão uma visão distorcida do ministério, não mais agirão com clareza. Por isso, é fator primordial ter uma vida limpa.

3. Qualidades Pessoais

Cada líder tem a sua própria personalidade. Ninguém é igual a ninguém. Porém há qualidades pessoais que cada líder deveria ter preocupação. Um líder deve estabelecer alvos pessoais. Ele deve estabelecer alvos para si mesmo, bem como para sua congregação (Rm 12.3; Fp 3.14).

O líder é uma pessoa cuja influência se faz sentir em todos os aspectos. Por onde quer que vá, ele é alvo de observações e por isso há de exercer uma influência na vida das pessoas que o cercam. Ele não deve procurar fazer certas coisas somente para que outras pessoas vejam que ele está fazendo, mas ele deve ter em sua mente que quando ele faz alguma coisa os outros estão observando o seu modo de fazer ou agir. Até mesmo tudo o que o líder fala, faz ou pensa serve para influenciar os seus liderados, quer positiva, quer negativamente. De uma maneira ou de outra, o líder, influenciará os seus liderados em tudo o que faz, portanto, é necessário que se tenha o máximo cuidado para não ser uma influência negativa na vida deles.

Conclusão

Muitos outros exemplos de princípios de liderança poderiam ser extraídos das histórias da vida de homens proeminentes do Antigo Testamento. Porém, esses exemplos apresentados devem ser suficientes para destacar o significado do caráter e da maturidade espiritual nas vidas daqueles que Deus escolhera para servi-lo como líderes.

Fontes:

O Líder que Deus Usa – Russel Shedd

Princípios para uma boa liderança – Pr. Cleverson Abreu

sábado, outubro 24, 2009

Davi e o Tempo de Deus em sua Vida - Lição 04

Pessoal essa semana foi muito corrida, portanto não deu pra fazer as postagens de todas as lições e só pude fazer da lição de Jovens e Adultos e Juvenis.

Segue abaixo um trecho do Comentário Bíblico Wiersbe.

Introdução
Agora, Davi está completamente separado da corte de Saul e é considerado um rebelde fora-da-lei. O salmo 34 foi composto depois de sua difícil fuga de Aquis (1 Sm 21.10-15), e talvez seja a melhor expressão dos desafios e triunfos de Davi durante seus períodos de exílio. “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas os livra” (Sl 34.19). Deus estava com Davi e o socorreu.

1. Deus guia os passos de Davi
Na caverna de Adulão, Davi reuniu um bando de seguidores fiéis, 400 homens, números esse que, no fim, aumentou para 600 (1 Sm 23.13). O bando de Davi era pequeno e desdenhado, mas a ele pertencia o reino! Davi conseguiu proteção para sua família em Moabe, já que sua família (pelo lado de Rute era de lá).

Esse período de perseguição na vida de Davi fazia parte da preparação para o trono. Ele já era um grande soldado; agora, precisava sofrer no deserto para aprender a não confiar nos homens, mas no Senhor. A perseguição de Saul a Davi retrata o conflito entre a carne e o Espírito. Ela também ilustra a perseguição de Satanás à igreja de hoje: Saul não era mais o rei, contudo reinava; Davi era o rei, no entanto ainda não estava no trono. Hoje, Satanás parece “reinar”, todavia Cristo é o Rei e, um dia, ele reclamará seu trono de direito.

2. Deus protegeu a vida de Davi

Era importante que Davi vivesse, pois ele libertaria Israel, instituiria o reino em glória e se tornaria o pai de Cristo na carne (Rm 1.3). Satanás usou Saul para tentar matar Davi, mas o Senhor era forte demais para o inimigo. Contato que Davi buscasse a mente do Senhor, Deus dava-lhe proteção e vitória.

a) Vitória em Queila (vv.1-13)
Os filisteus eram inimigos de Davi e de Israel, portanto era certo ele lutar contra eles. O ódio de Saul era tão intenso que ele não agradeceu ao Senhor a vitória de Davi; em vez disso, foi lutar com o próprio vencedor.

b) Vitória no deserto (vv 14-18)
Davi teve de ser paciente para suportar diariamente o perigo e a perseguição! Ele era um mestre da estratégia e poderia usar de artimanhas para vencer Saul, mas preferiu esperar que o Senhor lhe desse a vitória. Como é comovente quando Jônatas o encontra no deserto (com risco de vida) a fim de tranqüilizá-los e encorajá-lo.

c) Vitória sobre os sirfeus (vv.19-29)
Zife era em Judá, e seus habitantes deveriam ser leais a Davi, mas eles traíram seu rei justo em favor de Saul! Leia a oração que Davi fez ao Senhor pedindo libertação em Salmos 54. Havia um monte entre Davi e Saul (23.26), da mesma forma que a nuvem manteve-se entre Israel e os egípcios. Por fim, parecia que Saul capturaria seu homem, mas uma inversão dos filisteus obrigou Saul a retornar para casa. Com certeza, Deus está no comando das circunstâncias e livra os seus no momento certo.

3. Deus deu graça a Davi
Deus deu a Davi a graça necessária para mostrar benevolência com seus inimigos, e isso foi muito mais excelente que derrotar o gigante Golias. Os homens de Saul mential-lhe dizendo que Davi tentava matá-lo (24.9). Essa experiência deu a Davi a chance provar para Saul e para os líderes que não queria matar Saul, mas que honrava o rei, embora este não seguisse a vontade de Deus.

sexta-feira, outubro 23, 2009

O Dia da Prestação de Contas – Juvenis – Lição 04

Texto copiado do livro : Manual de Escatologia

Existem dois acontecimentos retratados nas Escrituras, de significado estatológico especial, dos quais a igreja tomará parte após o arrebatamento: o tribunal de Cristo e as bodas do Cordeiro.

I. O Tribunal de Cristo

Em 2 Coríntios 5.10 e Romanos 14.10, embora na última passagem a leitura correta seja "o tribunal de Deus", é declarado que os crentes serão examinados diante do Filho de Deus. Isso é explicado com maiores detalhes em 1 Coríntios 3.9-15. Assunto de tamanha seriedade exige atenção cuidadosa.

A. O significado do tribunal. Existem duas palavras traduzidas por "tribunal" no Novo Testamento. A primeira é critërion, usada em Tiago 2.6 e em 1 Coríntios 6.2,4. De acordo com Thayer, essa palavra significa "instrumento ou meio de pôr à prova ou julgar qualquer coisa; lei pela qual alguém julga" ou "local onde o julgamento é feito; tribunal de juiz; banca de juizes". (Joseph Henry Thayer, Greek-English lexicon of the New Testament, p. 362) Conseqüentemente a palavra se referia ao padrão ou critério pelo qual o julgamento era dispensado ou ao local onde o julgamento era realizado. A segunda palavra é bêma, a respeito da qual Thayer diz:

...local elevado cujo acesso se fazia por degraus; plataforma, tribuna; usada em relação ao assento oficial de um juiz, Atos 18.2,16 [...] assento de julgamento de Cristo, Romanos 14.10 [...] a estrutura, assemelhando-se a um trono, que Herodes construiu no teatro em Cesaréia e a qual ele usava para assistir aos jogos e fazer discursos ao povo...(Ibid., p. 101)

Com respeito ao seu significado e uso, Plummer escreve:

O [...] [bêma] é o tribunal, seja numa basílica para o pretor numa corte de justiça, seja num acampamento militar para o comandante administrar disciplina e dirigir-se às tropas. Em qualquer um dos casos, o tribunal era uma plataforma na qual se colocaria o assento (sella) do oficial que presidia. Na lxx... [bêma] comumente significa plataforma ou andaime em vez de assento. (Ne 8.4...) No Novo Testamento parece significar geralmente o assento [...] Mas em alguns trechos significa uma plataforma na qual o assento é colocado. No Areópago o [...] [bêma] era uma plataforma de pedra [...] Por mais afeiçoado que Paulo fosse a metáforas militares e por mais que gostasse de comparar a vida cristã à guerra, é pouco provável que estivesse pensando em um tribunal militar aqui. (Alfred Plummer, A critical and exegetical commentary on the second epistle to the Corinthíans, p. 156)

De acordo com Sale-Harrison:

Nos jogos gregos de Atenas, a velha arena tinha uma plataforma elevada na qual se assentava o presidente ou juiz da arena. De lá ele recompensava todos os competidores; e lá ele recompensava todos os vencedores. Era chamado "benta" ou "assento de recompensa". Nunca foi usado em referência a um assento judicial. (L. Sale-Harrison, Judgement seat of Christ, p. 8)

Desse modo, associa-se a essa palavra a idéia de proeminência, dignidade, autoridade, honra e recompensa, e não a idéia de justiça e julgamento. A palavra que Paulo escolheu em referência ao local diante do qual se dará esse acontecimento deixa prever seu caráter.

B. A ocasião.
O acontecimento aqui descrito ocorre imediatamente após a translação da igreja para fora da esfera terrestre. Existem várias considerações que apóiam essa informação.

1) Em primeiro lugar, de acordo com Lucas 14.14, recompensa está associada à ressurreição. Visto que, de acordo com 1 Tessalonicenses 4.13-17, a ressurreição é parte fundamental da translação, o galardão deve ser parte desse plano.

2) Quando o Senhor retornar à terra para reinar, a noiva é vista como já recompensada. Isso é observado em Apocalipse 19.8, em que a "justiça dos santos" é plural ("atos de justiça") e não pode referir-se à justiça imputada de Cristo, que é a porção do crente, mas aos atos de justiça que sobreviveram ao exame e tornaram-se a base do galardão.

3) Em 1 Coríntios 4.5, em 2 Timóteo 4.8 e em Apocalipse 22.12, o galardão está associado com "aquele dia", quer dizer, o dia em que Ele vier para os Seus. Desse modo, devemos notar que o galardão da igreja acontecerá entre o arrebatamento e a revelação de Cristo à terra.

C. O lugar. Não é preciso destacar que esse exame deve realizar-se na esfera das regiões celestes. 1 Tessalonicenses 4.17 diz que seremos "arrebatados [...] entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares". Visto que o bema segue a translação, os "ares" devem ser o seu palco. Isso também é apoiado por 2 Coríntios 5.1-8, em que Paulo descreve os acontecimentos que ocorrem quando o crente "deixar o corpo e habitar com o Senhor". Desse modo, isso deve acontecer na presença do Senhor na esfera dos "lugares celestiais".

D. O Juiz. 2 Coríntios 5.10 deixa claro que esse exame é conduzido diante da presença do Filho de Deus. João 5.22 declara que todo o julgamento foi confiado às mãos do Filho. O fato de esse mesmo acontecimento ser citado em Romanos 14.10 como "o tribunal de Deus" mostraria que Deus confiou o julgamento às mãos do Filho também. Parte da exaltação de Cristo é o direito de manifestar autoridade divina no julgamento.

E. Os participantes. Pouca dúvida deve haver de que o bema de Cristo está relacionado apenas aos crentes. O pronome pessoal na primeira pessoa ocorre com tão grande freqüência em 2 Coríntios 5.1-19 que não pode ser desprezado. Apenas o crente poderia ter "uma casa não feitas por mãos, eterna, nos céus". Apenas um crente poderia experimentar "mortalidade [...] absorvido pela vida". Apenas um crente poderia experimentar o trabalho de Deus, "que nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito". Apenas um crente poderia ter a confiança de que, "enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor". Apenas um crente poderia andar "por fé, e não pelo que vemos".

F. A base da avaliação. Devemos observar cuidadosamente que a questão aqui não é verificar se o julgado é ou não o crente. A questão da salvação não está sendo considerada. A salvação ofertada ao crente em Cristo livrou-o perfeitamente de todo o julgamento (Rm 8.1; Jo 5.24; l Jo 4.17). Trazer o crente para o julgamento do pecado, quer de pecados anteriores ao novo nascimento, quer de pecados desde o novo nascimento, quer de pecados não confessados, é negar a eficácia da morte de Cristo e anular a promessa de Deus de que "também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre" (Hb 10.17). Pridham escreve:

Um santo nunca mais será julgado pelas suas iniqüidades naturais ou herdadas, pois já está legalmente morto com Cristo, e não é mais conhecido ou tratado com base em sua responsabilidade natural. Ele estava sob condenação de uma herança natural de ira e nada de bom tinha sido descoberto na sua carne; mas sua culpa foi eliminada pelo sangue de seu Redentor, e ele é perdoado livre e justamente por causa de Seu Salvador. Ele é justificado pela fé, e é apresentado perante Deus no nome e pelos méritos do Justo; e, de sua nova e sempre bendita condição de aceito, o Espírito Santo é o selo vivo e a testemunha. Por sua própria conta, então, não poderá entrar em juízo... (Arthur Pridham, Notes and reflections on the Second Epistle to the Corinthians, p. 141)

Todo esse plano está relacionado à glorificação de Deus pela manifestação de Sua justiça no crente. Comentando sobre 2Coríntios 5.10, Kelly diz:

Mais uma vez, não é uma questão de recompensas como em 1 Coríntios 3.8,14, mas de retribuição no governo justo de Deus, de acordo com o que cada um fez de bom ou ruim. Isso abrange todos, justos ou injustos. É para a glória divina que todo o trabalho feito pelo homem deverá aparecer como realmente é perante Aquele que é ordenado por Deus como Juiz de mortos e vivos. (William Kelly, Notes on the Second Epistle of Paul the Apostle to the Corinthians, p. 95.)

A palavra traduzida por "compareçamos" em 2 Coríntios 5.10 poderia ser mais bem traduzida por "sejamos manifestos", de modo que o versículo diria: "Porque importa que todos sejamos manifestos". Isso implica que o propósito do bëma é fazer uma manifestação pública, demonstração ou revelação do caráter e das motivações essenciais do indivíduo. A observação de Plummer: "Não seremos julgados en masse, ou em classes, mas um por um, de acordo com o mérito individual" (Plummer, op. cit., p. 157)
confirma o fato de ser esse um julgamento individual dos crentes perante o Senhor.

As obras dos crentes são julgadas, chamadas "o [...] que tiver feito por meio do corpo" (2 Co 5.10), a fim de que possa ser apurado se são boas ou más. Com respeito à palavra mal (phaulos), devemos observar que Paulo não usa as palavras comuns correspondentes a mal (kakos ou ponêras), que significam o que é ética ou moralmente maléfico, mas, sim, a palavra que, segundo Trench, significa:

... maldade sob outro aspecto, não o de maldade ativa ou passiva, mas de inutilidade, de impossibilidade de gerar qualquer bem [...] Essa noção de inutilidade ou desvalor é a noção central... (Richard C. Trench, New Testament synonyms, p. 296-7)

Desse modo o julgamento não determina o que é eticamente bom ou mau, mas, pelo contrário, o que é aceitável e o que não tem valor. O propósito do Senhor não é punir Seu filho pelos pecados, mas recompensar seu serviço pelas coisas feitas em nome do Senhor.

G. O resultado do exame. 1 Coríntios 3.14,15 declara que esse exame terá duplo resultado: um galardão recebido e outro perdido. O que determina se alguém recebe ou perde um galardão é a prova pelo fogo, pois Paulo escreve: "Manifesta se tornará a obra de cada um [a mesma palavra usada em 2Coríntios 5.10]; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará" (1 Co 3.13). Nessa declaração é evidente, em primeiro lugar, que são as obras do crente que estão sendo examinadas. Além disso, vemos que o exame não é um julgamento baseado em observação externa; pelo contrário, é um teste que apura o caráter e a motivação interna. Todo o propósito de uma prova pelo fogo é identificar o que é destrutível e o que é indestrutível.

O apóstolo afirma que existem duas classes de materiais com que os "cooperadores de Deus" podem construir o edifício cujo alicerce já foi estabelecido. Ouro, prata, pedras preciosas são materiais indestrutíveis. Essas são as obras de Deus, das quais o homem simplesmente se apropria e usa. Por outro lado, madeira, feno e palha são materiais destrutíveis. São as obras do homem, que ele produziu com seus próprios esforços. O apóstolo revela que o exame no bema de Cristo visa a detectar o que foi feito por Deus mediante as pessoas e o que foi feito pela própria força do homem; o que foi feito para a glória de Deus e o que foi feito para a glória da carne. Isso não pode ser concluído pela observação externa, e, portanto, a obra deve ser posta a severa prova, para que seu caráter verdadeiro seja demonstrado.

1. Com base nesse teste, haverá duas decisões. Haverá perda de recompensa para o que for destrutível pelo fogo. Coisas feitas na força e para a glória da carne, independentemente do ato, serão reprovadas. Paulo expressa seu medo de depender da energia da carne e não do poder do Espírito quando escreve: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1Co 9.27).

Quando Paulo usa a palavra desqualificado (adokimos), ele não está expressando medo de perder sua salvação, mas de ter sua obra declarada "inútil". A respeito disso, Trench escreve:

No grego clássico a palavra técnica para aplicar dinheiro em algo [...] [dokimê] ou evidência, com a ajuda de [...] [dokimion] ou prova [...] aquilo que é atestado por essa evidência [...] [dokimos, aprovado], aquilo que não é confirmado pela evidência [...] [adokimos, desaprovado ou rejeitado]... (Ibid., p. 260)

Para se garantir contra uma possível interpretação de que sofrer uma perda significa perder a salvação, Paulo acrescenta: "mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1 Co 3.15).

2. Haverá um galardão pela obra demonstrada indestrutível pela prova de fogo. No Novo Testamento existem cinco áreas em relação às quais se mencionam especificamente o galardão:

1) uma coroa incorruptível para os que obtiveram vitória sobre o velho homem (1 Co 9.25);

2) uma coroa de alegria para os ganhadores de almas (l Ts 2.19);

3) uma coroa de vida para os que suportaram a provação (Tg 1.12);

4) uma coroa de justiça para os que amam a Sua vinda (2Tm 4.8) e

5) uma coroa de glória para os que se dispuseram a apascentar o rebanho de Deus (l Pe 5.4). Essas passagens parecem revelar as áreas em que as recompensas serão concedidas.

Algo na natureza das coroas ou recompensas é sugerido pela palavra traduzida por coroa (stephanos). Mayor diz que ela é usada em referência a:

1) coroa de vitória nos jogos atléticos (1 Co 9.25; 2Tm 2.5);

2) ornamento festivo (Pv 1.9; 4.9; Ct 3.11; Is 28.1);

3) honra pública concedida por um serviço notável ou por valor pessoal, como uma coroa de ouro dada a Demóstenes...( J. B. Mayor, The Epistle of James, p. 46)

Contrapondo essa palavra a diadema, Trench escreve:

Não devemos confundir essas palavras só porque o nosso termo "coroa" traduz ambas. Duvido que em algum lugar da literatura clássica [...] [stephanos] jamais seja usada em referência à coroa imperial [.,..] No Novo Testamento é claro que a [...] [stephanos] da qual Paulo fala é sempre a coroa do conquistador e não a do rei (1 Co 9.24-26; 2Tm 2.5) [...] A única ocasião em que [...] [stephanos] parece ser usada como coroa de um rei é em Mateus 27.29; cf. Marcos 15.17; João 19.2. (Trench, op. cit., p. 79)

Desse modo a própria palavra escolhida por Paulo para designar as recompensas está associada à honra e à dignidade concedidas ao vencedor. Embora venhamos a reinar com Cristo, a coroa real será apenas dEle. A nossa coroa é a do vencedor.

Em Apocalipse 4.10, em que os anciãos são vistos lançando suas coroas perante o trono num ato de louvor e adoração, fica claro que as coroas não serão para a glória eterna de quem as recebeu, mas para a glória de Quem as concedeu. Já que essas coroas não são vistas como posse permanente, surge a questão da natureza dessas recompensas. As Escrituras ensinam que o crente foi redimido para trazer glória a Deus (1 Co 6.20). Esse é o seu destino eterno. Colocar um sinal material de recompensa aos pés d'Aquele que está sentado no trono (Ap 4.10) é um ato dessa glorificação.

Mas o crente não terá, nesse momento, completado seu destino eterno de glorificar a Deus. Isso continuará por toda a eternidade. Visto que o galardão é associado a luz e brilho em muitos trechos das Escrituras (Dn 12.3, Mt 13.43; 1 Co 15.40,41,49), o galardão dado ao crente pode ser a capacidade de manifestar a glória de Cristo pela eternidade. Quanto maior o galardão, maior a capacidade dada de glorificar a Deus. Desse modo, no exercício do galardão do crente, Cristo, e não o crente, é glorificado.

A capacidade de irradiar a glória será diferente, mas não haverá sensação pessoal de carência uma vez que cada crente abundará até o limite de sua capacidade, "a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (l Pe 2.9).

Fonte: Manual de Escatologia – J. Dwight Pentecost

segunda-feira, outubro 19, 2009

Dicas de Livros

Esta semana estou postando aqui um lançamentos da CPAD
A primeira indicação é a Bíblia de Estudo Dake.
Uma obra completa que possui muitos recursos para professores e pregadores da Palavra de Deus.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Rapto Rápido – Lição 03 - Juvenis

Para todo o Cristão convertido a Cristo o momento mais esperado de todos os dias de sua vida, é sem duvida o dia do Arrebatamento da Igreja, neste dia todo aquele que recebeu a Jesus Cristo como salvador de sua alma irá encontrar-se com o Senhor nas nuvens, estando liberto para sempre de qualquer tipo de provação, dor, angustia, lagrimas, tristezas, problemas, etc.

A seguir falaremos sobre o arrebatamento num todo:

O QUE É ARREBATAMENTO ?

No sentido original da palavra significa: Arrancar, levar, tirar por força ou violência, mostra rapidez, urgência.

Conforme vimos no estudo sobre SINAIS a humanidade esta para passar por um período de GRANDE TRIBULAÇÃO, assunto este que iremos tratar com mais especificação nas próximas lições, mas Cristo Jesus querendo livrar aqueles que aceitaram a sua palavra irá arrebata-los deste mundo antes que qualquer mal lhes aconteça, por isso a palavra arrebatamento, pois se fará necessário grande urgência, não perder tempo, o mundo estará em grandes apuros, na verdade Deus quer que estejamos em lugar seguro neste tempo, e não há lugar mais seguro do que estar ao lado do Senhor. João 17:24. E esta é a promessa de Cristo através do Apostolo São Paulo, livrar os seus escolhidos da grande tribulação, que é a irá futura I Tess. 1:10, assim como Deus arrebatou a Enoque livrando-o da tribulação antes do dilúvio, e ao profeta Elias antes do cativeiro Babilônico II Reis 2:11, ROMANOS 13:11 , TIAGO 5:8, Deus irá livrar a igreja da tribulação, que também é chamada de ira futura, e a única maneira de livrar a igreja deste tempo terrível, é tirando-a deste mundo antes que a tribulação aconteça.

Embora acredite que a Igreja será arrebatada antes que se inicie a grande tribulação, quero apresentar de forma resumida as doutrinas mais comuns sobre o arrebatamento da igreja existente em nossos dias, visto que no ponto de vista teológico há pensamentos variados sobre o assunto.

PRÉ-TRIBULACIONISMO

A doutrina Pré-Tribulacionista defende a tese de que a Igreja de Cristo será arrebatada, retirada da terra antes que se inicie o período de grande tribulação, onde interpretam as profecias bíblicas de forma literal e têm grande base no dispensacionalismo ( Dispensação ) , crendo que Israel e Igreja são dois grupos distintos, havendo um plano de Deus exclusivo tanto para Israel como para a Igreja, e que a Grande tribulação é uma dispensação onde Deus tem como objetivo trabalhar com Israel e não com a Igreja, que já teve o seu período de salvação na dispensação da graça.

Principais Características:

  • O Método de Interpretação é Literal.
  • Crêem no Arrebatamento antes do período de tribulação ( Cristo livra a Igreja de passar pela grande tribulação, também conhecida de Ira Futura. I Tess. 1:10 )
  • A Grande tribulação é a última das setentas semanas de anos de Daniel 9:24-27, portanto a grande tribulação terá a duração de sete anos.
  • As setentas Semanas de anos de Daniel 9:24-27 estão determinadas para Israel, e não para a Igreja, portanto a Igreja não passará pela grande tribulação.
  • O dispensacionalismo ( Estudo das Dispensações ) tem grande influencia nas posições defendidas pelos Pré-Tribulacionistas, e pelos Pré-Milenistas, por crer que Deus não mistura as coisas, pelo contrario , ele tem um objetivo diferente em cada uma das Dispensações, e na grande tribulação seu maior objetivo é Repreender, castigar e educar a Israel com vara de juízo , preparando os Judeus para enfim aceitarem a Jesus Cristo como o Messias prometido Ezequiel 20:37, Deuteronômio 4:30, visto que Israel não aceito a Jesus Cristo, mas fará acordo com o anticristo Isaías 28:15, João 5:43, II Tess. 2:3-4.
  • A Grande Tribulação é conhecida como tempo da Ira de Deus, ou seja o período em que Deus irá derramar a sua ira sobre os gentios que não aceitaram o amor de Cristo, oferecido durante a dispensação da graça, e castigar o povo Judeu que rejeitou e matou o Messias Jesus Cristo. I Tess. 1:10 e 5: 9 e Apocalipse 6:16-17, e assim sendo Deus não iria derramar a sua Ira sobre a Igreja, que aceitou o amor de Cristo, a ponto de ser comparada a sua noiva.
  • A Grande tribulação não é o mesmo que tribulação, pois a grande tribulação é uma dispensação ou período de tempo em que haverá catástrofes no mundo inteiro e até mesmo nas estrelas ( Sol, Lua, Cometas ), um mal generalizado acontecendo tudo num período de sete anos, não se comparando em nada a um momento mal, crise financeira de apenas alguns países, desemprego, perseguição isolada em uma época ou país.

PÓS-TRIBULACIONISMO

A doutrina do Pós-Tribulacionismo vem ganhando espaço entre os estudiosos da Escatologia, este movimento ensina que a Igreja continuará na terra durante a grande tribulação e até a Segunda vinda de Cristo, onde será arrebatada até as nuvens onde se encontrará com Cristo , e retornará imediatamente a terra.

Principais Características:

  1. O Método de interpretação é alegórico.
  2. A igreja passará pela grande tribulação, porem não estará sujeita a Ira de Deus, crêem que a ira de Deus será derramado sobre os gentios, e a igreja apenas passará por tribulações na grande tribulação.
  3. Baseiam-se na negação do dispensacionalismo, onde só desta forma podem crer que a Igreja poderá passar pela Grande tribulação, que de acordo com o estudo das Dispensações é um período chamado de angustia de Jacó, ou seja a tribulação é para Israel e não para a Igreja, por esta razão negam o dispensacionalismo.
  4. Não há distinção entre Israel e Igreja, crêem que as profecias dadas a Israel podem se cumprir com a Igreja, ou seja tanto a Igreja como Israel não serão poupados da Angustia de Jacó. Jeremias 30:7
  5. Negam o ensinamento à natureza e ao propósito do período de grande tribulação, que segundo os Pré-tribulacionistas o maior objetivo de Deus neste período será de disciplinar os Judeus preparando-os para aceitar o Messias, porém os Pós-tribulacionistas defendem apenas que Deus irá derramar um julgamento sobre o pecado.
  6. Negam o cumprimento futuro das setentas semanas de anos de Daniel 9:24-27, alegando ser um cumprimento histórico, e sem grandes valores para a Escatologia, e que já se cumpriu em sua totalidade.
  7. Um grande argumento desta doutrina é a promessa de tribulação dada a igreja tais como S. Lucas 23:27-31 e Mateus 24:9-11, Marcos 13:9-13, não diferenciando em nada que estes textos na verdade são para Israel e não para a Igreja.
  8. Não fazem distinção entre tribulação e grande tribulação, e textos como Romanos 8:18, que o Apostolo São Paulo fala da tribulação do tempo presente são interpretados como sendo a grande tribulação e não somente aquele período ruim que todo mundo passa a qualquer dia, e o texto de I Tess. 3:3 , entendem que a igreja foi destinada para passar pela grande tribulação, quando na verdade o Apostolo fala sobre o período presente de tribulação e não a grande tribulação visto que no versículo 2 do mesmo texto o mesmo Apostolo diz enviar Timóteo para confortar a igreja de Tessalonica que na ocasião muitas pessoas temendo estar tão próximo do arrebatamento chegaram até a deixar o trabalho para aguardar a vinda de Cristo. Aquela era uma tribulação momentânea, e não a grande tribulação.

MID-TRIBULACIONISTA OU MESOTRIBULACIONISTA

De acordo com a interpretação desta corrente doutrinária do arrebatamento, a igreja passará por parte da grande tribulação, ou seja pela primeira parte, ou seja 42 meses Apoc. 11:1-2 e 13:5, 1260 dias Apoc. 12:6, ou tempos e um tempo e metade de um tempo. Apoc. 12:14, que é o período em que não haverá o chamado derramamento da ira de Deus, e assim a Igreja não estaria exposta a nenhum juízo ou castigo divino, visto que foi socorrida a tempo.

ARREBATAMENTO PARCIAL

Esta corrente doutrinária não se aprofunda sobre quando acontecerá o arrebatamento da igreja, se no começo no fim ou durante a grande tribulação, mas defende que nem todos os crentes serão arrebatados, mas apenas os que estiverem vigiando, e esperando por este acontecimento, a ponto de serem dignos de participarem deste evento de acordo com S. Lucas 21:36, Filipenses 3:20, Tito 2:13, II Tim. 4:8, Hebreus 9:28

PORQUE O ARREBATAMENTO

Para fazer diferença entre o justo e o injusto Provérbios 11:8

Para recompensar por todo trabalho feito a Deus Apocalipse. 22:12

Para premiar os vitoriosos Apocalipse. 3:05

Para não deixar a igreja na tribulação I Tess. 1:10 – I Tess. 5:9 – Apocalipse 6:16 e 17

Para vencer a morte ( corrupção ) I Cor. 15:51-54

Como demonstramos acima a igreja não passará pela grande tribulação, pois não faz nenhum sentido que isto venha a acontecer, por isso o Apostolo São Paulo diz que Jesus Cristo irá nos livrar da irá vindoura ( grande tribulação ), livrar não é o mesmo que ajudar a passar pelo mal, e sim livrar de não passar o mal, de acordo com o dicionário quer dizer: Dar liberdade, tornar livre, preservar; isto mostra a intenção de nosso Deus, ele quer nos preservar de qualquer mal da tribulação, pois nesta ocasião será derramado a ira do cordeiro sobre aqueles que negaram seu amor, mas Cristo nos livra da ira vindoura porque Deus não nos destinou para a ira. I Tess. 1:10 e 5:9, I Pedro 2:9-10.

Alguns argumentos que mostram que a igreja não passará pela grande tribulação estão no capítulo do estudo da grande tribulação a algumas paginas a seguir.

QUEM SERÁ ARREBATADO

Os que crêem em Cristo e o seguem João 3:18-21 e 6:47

Os que ouviram a palavra e creram João 5:24-29

Os que receberam o batismo nas águas Marcos 16:15-16

Os que confessam a fé em Cristo Romanos 10:9-13

Os que amam a vinda de Cristo II Timóteo. 4:8 Cantares 8:14

NUM ABRIR E FECHAR DE OLHOS I CORINTIOS 15:52

O arrebatamento da igreja não será um acontecimento visto por todos aqui na terra, e nem algo demorado, como pensam algumas pessoas, mas sim algo muito rápido. E nos não somos os únicos a esperar este dia maravilhoso, o próprio Senhor Jesus Cristo espera com ansiedade este dia em que vira buscar todos aqueles que aceitaram o convite da salvação. Mateus 11:28 , assim como é rápido um ABRIR E FECHAR DE OLHOS assim também será rápido o arrebatamento da igreja, não dará tempo para despedidas, tchau, já estou indo, beijinhos, abraços, etc , pois tudo será muito rápido como um piscar de olhos, muitos se atrasam, MAS DEUS NÃO.

NÃO PRECEDEREMOS OS QUE DORMEM I TESSALONICENSSES 4:16-17

De acordo com I Tessalonicenses o Apostolo São Paulo ensina que os que já dormiram no Senhor terão privilégios no arrebatamento da igreja, neste dia Deus dará a ordem para os anjos soarem a trombetas chamar inicialmente os mortos que em vida entregaram-se a Cristo, e estes ressuscitarão com um corpo INCORRUPTÍVEL; Neste dia se cumprira a palavra que diz " tragada foi a morte na vitoria " ISAIAS 25:8, HEBREUS 2:14-15, APOC 20:14, e logo após nós os que ficarmos vivos seremos arrebatados para junto do Senhor nas nuvens, então o que era corruptível será revestido de incorruptibilidade, e como os que já morreram, teremos um corpo glorioso. I CORINTIOS. 15:51-56 , FILIP. 3:20-21

UM CORPO INCORRUPTÍVEL

De acordo com a leitura de I Corintios 15:51 e 52 e Filipenses 3:21, todo aquele que for arrebatado e também aqueles que ressuscitarem em Cristo terão um corpo glorioso tal como aconteceu com o Senhor Jesus Cristo quando ressuscitou dos mortos, e com isso não mais sentiremos dor, e nem mais teremos qualquer complexo, pois este corpo possuirá grande beleza, é algo tão maravilhoso que não podemos nem imaginar o que poderemos fazer com este corpo, e isto será para sempre, até mesmo no reinado de Cristo no milênio, quando outras pessoas não possuirão tais bênçãos mas somente a igreja.

AS VESTES CELESTIAIS Apocalipse 19:8

Como já demonstramos acima os salvos em Cristo receberão um corpo incorruptível no momento do arrebatamento da igreja, e como Deus faz tudo muito completo, também receberemos vestes celestiais, algo muito lindo que nem mesmo os maiores estilistas do mundo inteiro pensaram um dia em confeccionar, a mais linda mulher não vestiu-se de tamanha beleza e preciosidade, nenhuma costureira obteve tecidos com tão grande valor e beleza, de fato Deus tem preparado o melhor para aqueles que o aceitam

Estas vestes são algo de grande valor e beleza, porem de acordo com Apocalipse 19:8, estas vestes são os atos de justiça dos santos, e sendo assim, os santos no arrebatamento irão apenas se vestir daquilo que já possuem, a justiça que praticaram na terra se transformará e vestes celestiais, portanto se alguém é injusto, faz o que é errado diante de Deus e até mesmo dos homens, rouba na qualidade, no peso, na medida, e em outros detalhes, este tal não poderá subir no arrebatamento da igreja Levítico 19:35 e 36.

Fonte:

Estudo retirado do site www.palavraviva.org.br – Autor: Evangelista Edson Prado

quarta-feira, outubro 14, 2009

Davi na Corte Real - Vivendo com Sabedoria

Introdução

A impressionante vitória de Davi sobre Golias logo lhe trouxe a recompense. Davi foi levado ao palácio de Saul e tronou-se conhecido como o melodioso cantor de Israel, pois seus talentos musicais acalmavam o rei Saul, que era constantemente oprimido por forças demoníacas (1 Sm 16.14, 15,23). A pergunta de Saul a Abner, logo depois que Davi matou Golias – “Abner, que é o pai daquele rapaz?”(1Sm 17.55) – parece indicar que Saul não conhecia o jovem harpista, mas o rei estava querendo saber a respeito da linhagem familiar de Davi, como revela a resposta de Davi: “Sou filho de teu servo Jessé, de Belém” (1 Sm 17.58)

Davi recebeu autoridade militar, e Saul já sentia inveja dele, em virtude do louvor que o jovem guerreiro recebeu do povo por sua vitória sobre Golias. Por isso tentou matar Davi (1 Sm 18.10,11).

Como comandante do exército, Davi obteve uma série de vitórias impressionantes (1 Sm 18. 12-16). Finalmente, Saul elaborou um plano para matar Davi pela mão dos filisteus. Enviou-o ao território inimigo, prometendo-lhe que daria sua filha Mical em casamento se fosse bem-sucedido na batalha. Davi cumpriu aquela missão “impossível”, e Saul, a contragosto, cumpriu sua parte no acordo.

Em 1 Sm 19 e 20 lemos a respeito da crescente amizade entre Davi e Jônatas, filho de Saul. Jônatas sabia que Deus tinha a intenção de colocar Davi como rei de Israel. De coração bom e generoso, aceitou com satisfação a vontade de Deus e aliou-se a Davi contra seu pai. Mas a situação se complicou de tal forma que Davi teve de fugir para salvar a própria vida.

Foi uma época de muita tensão para Davi. Experimentou emoções fortes nesse período, em que a bajulação pública alternava-se com a perseguição.

A popularidade tem seu preço

Todos em Israel admiravam a grande fé, coragem e habilidade de Davi. As pessoas sentiram-se instantaneamente atraídas por este jovem pastor que ousou enfrentar o gigante de Gate, salvando o povo de Israel de uma derrota humilhante.

O próprio filho de Saul, Jônatas, provavelmente ficou mais impressionado com a proeza de Davi do que qualquer outro, iniciando uma amizade sem paralelos na história bíblica. Um profundo respeito e harmonia desenvolveram-se entre aqueles dois jovens.

Por causa de sua admiração e amor por Davi, Jônatas fez uma “aliança” com seu novo amigo, baseada num acordo mútuo. Eles fizeram votos de uma amizade verdadeira e leal pelo resto de suas vidas.

Jônatas selou esse compromisso com um ato de gentileza que, em algumas partes do mundo, ainda é considerado como a maior honra que um ser humano pode conceder a outro. Sendo ele um príncipe, vestiu Davi com suas próprias vestes, assim “despojou-se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto” (1 Sm 18.4)

Saul também no começo admirava a Davi, mas esta admiração não prolongou-se por muito tempo. O ciúme, logo começou a fervilhar em seu coração. No entanto, em vez e procurar a Deus e pedir ajudar para superar a ira provocada pelo ciúme, resolveu solucionar seus problemas com suas próprias mãos.

As qualidades e as virtudes de Davi

Davi foi um fiel servidor de sua família e de seu rei. Sua fidelidade e abnegação comprovaram a excelência de seu caráter.

Em seu caráter conseguimos listar sete características, que revelam seu amor incondicional a Deus, são elas:

1. Coração de servo. Davi nunca se queixou do laborioso e solitário pastoreio das ovelhas de seu pai. Ungido rei não hesitou em voltar ao seu trabalho habitual. Servia ao pai prazerosamente com o que sabia e mais gostava de fazer: estar com as ovelhas (1 Sm 16.19). Davi tinha um coração de servo. Deus mesmo o chamou de servo (Sl 78.70; 89.20)

2. Humildade. Davi era um homem humilde e reconhecedor de sua limitações (Sl 131; 40.12,17). Apesar de ser um soldado inigualável, um comandante corajoso, um rei exemplar, sempre atribuiu todas as suas vitórias ao Senhor dos Exércitos (Sl 40.5-10; 144.1,2)

3. Sinceridade. Davi nunca quis ser uma pessoa diferente do que realmente era. Portava-se perante o Altíssimo com o coração sincero (Sl 26.2; 38.9) Para o salmista, sinceridade e integridade são indispensáveis aos que desejam desfrutar de íntima comunhão com o Eterno (Sl 15).

4. Dependência de Deus. Davi dependia do Senhor em todos os momentos e circunstâncias da vida. Seu maior desejo era conhecer os caminhos de Deus, e para isso, punha-se sob sua direção em tudo que fazia (Sl 17.5; 18.21)

5. Coragem. A coragem de Davi era incontestável: matou um leão e um urso (1 Sm17.34,35), apresentou-se para enfrentar o gigante Golias, lutou bravamente contra os filisteus sob o risco da própria vida. Sua evidente coragem firmava-se na autêntica fé em Deus (1 Sm 17.37; 45-47; 23.2-5)

6. Gratidão. Davi não se cansava de exaltar ao Senhor por seus maravilhosos feitos. Seus salmos estão repletos de gratidão e louvor o Todo Poderoso. Eles refletem a alegria, a satisfação e o reconhecimento por todas as bênçãos recebidas (Sl 7.1.17; 144.1,2).

7. Arrependimento. Segundo a lei mosaica, Davi cometeu dois pecados imperdoáveis: adultério e assassinato premeditado (2 Sm 12.9; Ex 20.13,14). Davi arrependeu-se do que fez, pediu perdão a Deus de todo o coração e foi perdoado (2 Sm 12.13b; Sl 32.5)

Fontes:

LBM - 3º Trimestre de 2007 - A busca do Caráter Cristão

Davi, um modelo de sucesso pelo arrependimento – Gene Getz

Guia do Leitor da Bíblia - CPAD

Comentário Bíblico do Professor - CPAD

terça-feira, outubro 13, 2009

Dica de Livro


Pessoal,

Mais um lançamento da Editora Vida Nova que com certeza, vai ajudar bastante todos os chamados para ensinar.
Trata-se da Enciclopédia Temática da Bíblia.




2º Congresso de Educação e Evangelização Infanto Juvenil

Maiores Informações: www.cpad.com.br/2cong_juvenil

Conheça o Treinador da Equipe de Cristo – Lição 03 - Adolescentes

Espírito Santo, nosso treinador, nosso companheiro, nosso amigo

A Bíblia nos convida a crer no Espírito Santo. Somos batizados em seu nome, bem como no do Pai e do Filho. O Espírito Santo é um objeto de oração. Os crentes não devem dirigir-se a "coisas" em suas orações. Fazer isso seria idolatria. Devemos nos dirigir exclusivamente a Deus, que é um ser pessoal.

A bênção apostólica, nas páginas do Novo Testamento, inclui referência à comunhão e ao companheirismo com o Espírito Santo:

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós (2 Co 13.14).

O Novo Testamento exorta-nos a não pecarmos contra o Espírito Santo, a não resistirmos ao Espírito Santo e a não entristecermos o Espírito Santo. Ele nos é apresentado como uma pessoa a quem podemos agradar ou ofender, que pode amar e ser amado e com quem podemos ter comunhão pessoal.

O Espírito Santo, prepara seus atletas de forma pessoal.

O Espírito Santo se relaciona conosco como uma pessoa. Ele faz coisas por nós e em nosso favor, coisas essas que, normalmente, associamos a atividades pessoais. Ele nos ensina. Ele nos consola. Ele nos guia. Ele nos encoraja.

Essas atividades podem ser realizadas, ocasionalmente, por objetos impessoais. Os marinheiros podem ser "guiados" pelas estrelas. Podemos ser consolados ao contemplar um belo pôr-do-sol. Mas o consolo derivado de tal contemplação baseia-se na suposição, consciente ou inconsciente, de que, por detrás do pôr-do-sol existe a pessoa do artista que o criou. Também podemos ser "ensinados" quando observamos objetos naturais, mas tão somente por meio de analogias.

A maneira como o Espírito Santo consola, guia, ensina, etc, é uma maneira pessoal. Quando ele realiza essas tarefas, a Bíblia as descreve como atividades do Espírito, que envolvem inteligência, vontade, sentimentos e poder. O Espírito também perscruta, seleciona, revela e admoesta. As estrelas e o pôr-do-sol não agem dessa maneira.

Em suma, concluímos que se o Espírito Santo pode ser amado, adorado, obedecido, ofendido, entristecido, ou se podemos pecar contra ele, é porque ele deve ser uma pessoa.

Faz parte da fé clássica da Igreja que o Espírito Santo não somente é uma pessoa; ele é, igualmente, uma pessoa divina; ele é Deus.

O Outro Consolador

NA VÉSPERA de sua morte, Jesus se encontrou com seus discípulos no cenáculo. Ele expressou um profundo anelo para celebrar a páscoa com seus amigos, antes de enfrentar seus sofrimentos. Em uma ocasião como aquela, esperaríamos que Jesus estivesse à procura de conforto e apoio da parte de seus amigos. Em lugar disso, porém, Jesus estava se esforçando por consolá-los.

No cenáculo, Jesus apresentou o seu mais longo discurso registrado sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo. Nesse discurso, Jesus prometeu que enviaria o Espírito Santo:

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros (João 14.16-18).

Aqui Jesus falou em "outro Consolador". A palavra traduzida por "Consolador", "Ajudador" ou "Advogado" é a palavra grega parákletos.

A primeira coisa que observamos foi que Jesus prometeu "outro" Paracleto. Isso significa que o Paracleto aqui prometido não foi o primeiro Paracleto a aparecer em cena. Pois para que haja "outro" de qualquer coisa, deve haver pelo menos um igual a ele, que o antecede.

Estou laborando este ponto porque se tornou costumeiro, na linguagem da Igreja, falar do Espírito Santo como o Parácleto. De fato, esse título, Parácleto, é usado no Novo Testamento quase exclusivamente em relação ao Espírito Santo.

Devemos insistir, entretanto, que o Espírito Santo não é o Parácleto. O Parácleto é Jesus Cristo. O papel de Jesus, como Parácleto, é vitalmente importante em seu ministério terreno. O Espírito Santo, pois, assumiu o título de "outro Parácleto", em face da ausência de Jesus. O Espírito Santo foi enviado para ser o "substituto" ou "vigário" de Jesus Cristo. O Espírito é o Supremo Vigário de Cristo na terra.

JESUS COMO NOSSO PARÁCLETO

Para compreendermos o papel de Jesus como nosso Parácleto, examinemos a narrativa do nascimento de Jesus no evangelho de Lucas. No registro da apresentação de Jesus em Jerusalém, lemos o seguinte relato:

Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele (Lucas 2.25).

Neste texto, a frase "a consolação de Israel" funciona como um termo que designa o Messias vindouro. A Simeão tinha sido revelado que ele "não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor" (Lucas 2.26). Ambas essas palavras — Cristo no grego, e Messias no hebraico — significam "ungido".

No judaísmo do Antigo Testamento, o conceito da "Consolação de Israel" expressa a esperança da salvação messiânica. A consolação de seu povo é uma obra de Deus. Deus tem o poder de transformar a desolação em consolação. Ouvimos a promessa de Deus no livro de Isaías:

Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor por todos os seus pecados (Isaías 40.1,2).

A imagem simbólica da consolação divina ao seu povo é expressa através da metáfora do pastor:

Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente (Isaías 40.11).

A consolação de Jerusalém está vinculada à imagem de Deus como uma mãe consoladora:

Regozijai-vos juntamente com Jerusalém, e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais; exultai com ela, todos os que por ela pranteastes; para que mameis, e vos farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis e vos deleiteis com a abundância da sua glória. Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados (Isaías 66.10-13).

O maior consolador enviado por Deus para consolar o seu povo é o seu Servo Sofredor. Na descrição de Isaías sobre o papel do Servo de Deus, lemos:

O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança de nosso Deus; a consolar todos os que choram, e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto, veste de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória (Isaías 61.1-3).

Essas palavras foram reverberadas em parte por Jesus, no sermão do monte: "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados" (Mateus 5.4).

O ministério do Messias envolve um ministério de consolação. Ele veio a este mundo curar os quebrantados de coração e consolar a todos quantos choram. É o Messias, o próprio Jesus Cristo, quem é o Parácleto. Foi somente por ocasião de sua partida anunciada deste mundo que ele proclamou o envio de "outro" Parácleto.

QUE É UM PARÁCLETO?

Embora tenhamos esboçado um breve perfil do papel consolador do ministério de Cristo, voltamo-nos agora do conceito básico de consolação para o título do próprio Parácleto.

O termo Parácleto tinha um uso rico e variado no mundo antigo. Esse vocábulo se deriva de um prefixo (para) e da raiz (kalein), os quais termos gregos, juntos, significam "alguém chamado para o lado de".

No mundo antigo, um parácleto era alguém convocado para dar ajuda em um tribunal de justiça. Esse é o sentido central conforme o qual a palavra é usada em 1 João:

Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado (Parácleto) junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo (2.1).

Nesse trecho bíblico, a palavra grega traduzida por "Advogado" é parákletos. Nesta passagem, não resta dúvida que foi Jesus, e não o Espírito Santo, quem foi chamado de Parácleto.

Nesta passagem, igualmente, o Parácleto é um Advogado que nos representa perante o tribunal de Deus. A tremenda verdade, ensinada no Novo Testamento, é que quando nos pusermos no tribunal de Deus, o juiz presidente em nosso julgamento será o Senhor Jesus. Ao mesmo tempo, nosso Advogado de defesa também será o Senhor Jesus. Não é espantoso o pensamento de irmos ao tribunal quando estamos seguros no conhecimento que o juiz é, igualmente, nosso Advogado de defesa.

Vemos uma exibição gráfica no papel de Jesus como Advogado no registro do apedrejamento de Estêvão:

Sublevaram ao povo, aos anciãos e aos escribas e, investindo, o arrebataram, levando-o ao Sinédrio. Apresentaram testemunhas falsas que depuseram: Este homem não cessa de falar contra o lugar santo e contra a lei (Atos 6.12,13).

Estêvão foi submetido à zombaria de um julgamento com acusações assacadas contra ele. A assembléia terrena comportou-se como um tribunal comprado. Depois que Estêvão apresentou um discurso tremendo em sua defesa, seus juizes reagiram com uma fúria sem freio:

Ouvindo eles isto, enfureciam-se nos seus corações e filhavam os dentes contra ele (Atos 7.54).

Em sua ira e hostilidade, aquele tribunal terreno se atirou em condenação contra Estêvão. Naquele preciso momento, pela graça de Deus, a Estêvão foi dada uma notável visão sobre o tribunal dos céus:

Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus (Atos 7.55,56).

Disse Estêvão: "Eis que vejo..." Mas eles jamais poderiam ver o que Deus estava permitindo que os olhos de Estêvão testemunhassem.

A Igreja cristã tem uma importante doutrina chamada a Sessão (no latim, sessio) de Cristo. A sessão de Cristo refere-se à sua exaltada posição de estar sentado à mão direita de Deus Pai. Essa sessão envolve a investidura de Cristo com autoridade cósmica. Ele ocupa o assento de autoridade preeminente. De seu assento, à mão direita de Deus Pai, Jesus exerce domínio real e poder judicial. Ele é tanto Rei como é Juiz.

Entretanto, na visão de Estêvão, Jesus não estava sentado. Estava de pé. Em um salão de tribunal, o juiz fica assentado por detrás de sua escrivaninha. As únicas ocasiões em que o juiz se põe de pé é quando ele entra ou sai do salão do tribunal. Durante o próprio julgamento, o juiz permanece sentado. Quando o caso está sendo julgado, o promotor levanta-se para interrogar as testemunhas, ou para dirigir-se aos jurados, ou para aproximar-se da escrivaninha do juiz. Por igual modo o advogado de defesa, levanta-se quando chega a sua vez de defender o acusado.

A suprema ironia da visão de Estêvão foi que no mesmo momento em que o tribunal terreno o condenava à morte como um herege teológico, o Príncipe da Teologia levantou-se na corte celestial para defender o caso de Estêvão diante do Pai. Quando Jesus se levantou, levantou-se como Advogado de Estêvão. Ele é o Parácleto de Estêvão no céu.

O que Jesus fez por Estêvão não foi um caso isolado. Ele faz a mesma coisa por todos quantos são de seu povo. Ele é o nosso Advogado, agora mesmo.

O papel de Jesus como nosso Advogado diante do Pai é tão importante que não ousaremos permiti-lo ser obscurecido em nossa compreensão sobre o ministério do Espírito Santo como Parácleto.

O Espírito Santo é nosso "outro" Parácleto, nosso Advogado sagrado. Em seu papel de Parácleto, ele realiza mais de uma tarefa.

Em primeiro lugar, o Espírito Santo nos ajuda a nos dirigirmos ao Pai:

Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos (Romanos 8.26,27).

Um dos ingredientes mais vitais da oração é que as nossas orações devem acompanhar a vontade de Deus. A própria oração é uma forma de adoração. Deus requer que nossa adoração seja feita em espírito e em verdade. Assim como desfrutamos de dois Advogados que operam junto ao Pai, assim também possuímos dois Intercessores junto ao Pai. O Espírito Santo ajuda-nos a orar devidamente ao Pai.

No jargão popular secular, um advogado algumas vezes é chamado de "porta-voz". Lembramo-nos do temor que sobreveio a Moisés quando Deus o chamou para liderar o povo de Israel, no êxodo, para fora do Egito. Moisés estava perturbado diante de seus sentimentos de incapacidade como orador. E Moisés clamou ao Senhor:

Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente, nem outrora, nem depois que falas te a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua. Respondeu-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? ou quem faz o mudo ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar (Êxodo 4.10-12).

E como Moisés continuasse a protestar, Deus prometeu dar-lhe seu irmão, Aarão, como seu porta-voz:

Tu, pois, lhe falar ás e lhe por ás na boca as palavras; eu serei com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que deveis fazer. Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca... (Êxodo 4.15,16).

Vemos aqui o Criador da boca do homem baixando-se para ajudar seus filhos que não sabem falar. O Espírito Santo é o nosso Parácleto, não somente diante do Pai, mas igualmente defronte dos homens. Aquilo que Deus prometeu a Moisés, no Antigo Testamento, foi substantivamente prometido a todos os filhos de Deus no Novo Testamento.

Jesus prometeu a seus discípulo;; que em seus momentos de crise, o Espírito Santo estaria presente, para ajudá-los a falar diante dos homens:

Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo (Marcos 13.11).

Vemos, pois, que o Espírito Santo serve de nosso Advogado ou Parácleto perante o pai, tanto quanto perante os tribunais deste mundo.

Ao mesmo tempo em que o Espírito Santo opera a fim de defender-nos, ele opera para convencer o mundo do pecado. Ele é o nosso Advogado de defesa, ao mesmo tempo em que exerce o papel de Promotor, em suas acusações contra o mundo:

Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado (João 16.8-11).

Vemos, pois, que em seu papel de Paracleto, a tarefa primária do Espírito Santo é forense ou legal. Essa dimensão de sua atividade é coerente com sua natureza e seu caráter. Ele é o Espírito da verdade e o Espírito da santidade. O Espírito dá testemunho quanto à verdade de Cristo. A incredulidade em Jesus é um pecado. O mundo, portanto, é convencido do pecado da incredulidade. Nas acusações do Espírito contra o mundo, ele, ao mesmo tempo, opera a fim de redimir-nos através de Cristo. O Espírito Santo sempre se põe ao lado da verdade e da retidão.

O PARÁCLETO E A CONSOLAÇÃO

Quando vemos que o papel primário do Paracleto é o de um conselheiro defensor, admiramo-nos como isso é vinculado ao conceito de conforto e de consolação.

Conforme já pudemos ver, há um elo lingüístico entre a expressão a Consolação de Israel e o título Paracleto. Tanto a palavra consolação quanto o título Paracleto são derivados das mesmas formas verbais (consolação é paráklesis no grego).

Embora seja importante distinguir entre a obra de consolação do Espírito e a sua obra como Intercessor, na qual ele nos ajuda diante de Deus e dos homens, não podemos, realmente, separar essas duas obras. Parte da consolação que usufruímos é o conhecimento certo de que o Espírito Santo é chamado para estar ao nosso lado em tempos de provação.

Todavia, há uma outra distinção crítica que deve ser gravada em nossas mentes. Quando pensamos em consolação, usualmente pensamos em termos de receber ministração depois de termos sido ofendidos ou feridos. Uma mãe consola um filho que chora. A nós é dado consolo pelo Espírito, quando nos lamentamos.

Sem dúvida, o Espírito Santo opera esses atos ternos de ministério em favor do povo de Deus. O Espírito é o Autor de uma paz que ultrapassa todo o entendimento. Mas em seu papel de Parácleto, o Espírito faz alguma coisa para nos ajudar, antes de sermos feridos. Ele opera para prover-nos forças para a batalha, além de consolar-nos terminada a batalha.

O título Parácleto, na tradução de Almeida, foi traduzido pela palavra Consolador ou Advogado. A maior parte das traduções ou versões modernas, tanto em português como em outros idiomas, substitui essa palavra por outras, como Conselheiro, Intercessor ou Advogado. Isso não reflete um erro na tradução de Almeida. Antes, chama a atenção para a mutabilidade das línguas humanas vivas. Nossas formas comuns de linguagem tendem a passar por transições conforme o uso popular vai se modificando.

Pense, por exemplo, no uso da palavra "esmola". Ela já se referiu a uma dádiva de caridade, mas hoje significa mais uma dádiva insignificante, de valor muito pequeno. A própria palavra "caridade", que originalmente traduzia "amor", passou a ser entendida como "assistência social".

Algo semelhante evoluiu na compreensão da palavra "consolação". Pois pensamos em confortar quase totalmente em termos de ministrar às nossas tristezas e lamentações por meio de um terno apoio. A palavra vem do latim. Ela tem um prefixo (com, cujo sentido é "com") e uma raiz (fortis, que significa "forte"). Portanto, originalmente essa palavra significava "com força". Assim sendo, um consolador era alguém que vinha dar forças para a batalha, e não tanto apoio, após terminada a batalha.

Naturalmente, o Espírito de Deus faz ambas as coisas. Ele é a fonte mais terna de consolação que uma pessoa ferida, derrotada ou atacada pela tristeza pode conhecer. Mas a ênfase sobre a obra do Parácleto prometido é que ele virá para dar-nos forças e ajuda para a batalha.

Algumas vezes ouve-se a expressão: "Esse não é meu ponto forte". Quando uma pessoa diz isso, ela está declarando que é fraca em determinada área. Forte é palavra usada popularmente como sinônimo para força.

Em termos bíblicos o Espírito Santo é que é nosso ponto forte. Ele é aquele de quem derivamos as nossas forças. É porque o prometido Espírito Santo veio e agora habita conosco que as Escrituras podem declarar:

Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou (Romanos 8.37).

Fonte: O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO - RC Sproul