sábado, agosto 29, 2009

Davi - As Vitórias e derrotas de um homem de Deus

No 4º Trimestre de 2009 estudaremos sobre a vida de um grande homem de Deus, ou melhor o homem "segundo o coração de Deus", Davi.

Comentarista: Pastor José Gonçalves

SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- Davi e a sua vocação
2- Davi enfrenta e vence o Gigante
3- Davi na Corte Real - Vivendo com sabedoria
4- Davi e tempo de Deus em sua vida
5- Davi e sua equipe de liderados
6- Davi unifica o Reino de Israel
7- A Expansão do Reino Davídico
8- O pecado de Davi e suas consequencias
9- A restauração Espiritual de Davi
10- Davi e o preço da negligência na família
11- Davi e a restauração do culto a Jeová
12- Davi e o seu Sucessor
13- Davi - Um Homem segundo o coração de Deus

quinta-feira, agosto 27, 2009

A Vida Cristã Disciplinada -Juvenis

Amados irmãos, abaixo segue um Gráfico Comparativo Conceitual. Este recurso possibilita relacionar uma expressão aos seus diversos conceitos. A lição trata da temperança em diversas áreas da vida, isto possibilita uma expressão principal que contém diversos elementos correspondentes. Distribua uma folha contendo três colunas com os três títulos conforme o modelo abaixo e, solicite que os alunos escrevam os conceitos negativos e positivos de cada expressão de acordo com a necessidade individual.

Expressões Principais

Conceitos Negativos

Conceitos Positivos

Controle da Língua

Palavras torpes

Linguagem Sã

Moderação nos hábitos

Glutonaria

Alimentar-se adequadamente

Moderação no uso do tempo

Ocupar-se com atividades inúteis

Ocupar-se com atividades edificantes

Autodomínio da mente

Pensar coisas vãs e infrutíferas

Pensar tudo que é puro, justo e verdadeiro.


 

Fonte: LBM – 1 Trim. de 2005

terça-feira, agosto 25, 2009

Mídia e Comunicação – Lição 09 - Adolescentes

O texto abaixo foi copiado do livro: "Adolescentes S/A" do Pr. Ciro Sanchez ZIbordi, aconselho a todos os professores que trabalham com o público jovem a lê-lo.

Nunca, na história da humanidade, as informações chegaram até nós com tanta rapidez! Antes, as notícias de alguma parte do mundo chegavam com muito atraso... Até que surgiram o telefone, o rádio, a televisão, o computador e — mais recentemente — a Internet, a moderna telefonia celular, o palm top... Estamos na era da informação e da tecnologia.

A Bíblia ensina que não devemos nos conformar com o mundo (Rm 12.2), mas você não vai ficar parado "olhando a banda passar". Você tem de saber como extrair da mídia o que lhe é benéfico. Afinal, a Palavra de Deus nos manda examinar tudo e reter o que é bom, não é mesmo?

No entanto, o que é mídia? E o conjunto de veículos ou meios pelos quais as informações chegam até você — jornais, revistas, rádio, televisão... Quero conversar com você especificamente sobre a mídia eletrônica, que envolve computador, Internet, televisão, videocassete, DVD), games, etc.

N@veg@r é preciso

Quando você nasceu, a Internet provavelmente já existia — bem, estou imaginando que seja um adolescente. Eu sou apenas um pouquinho mais velho — ou melhor, experiente — que você e vi surgir essa grande rede de comunicação internacional que liga computadores através de linhas telefônicas ou conexões permanentes.

É impossível imaginar o mundo de hoje sem a Internet. Idealizada nos EUA, na década de 1960, ela engloba milhares de redes menores, em dezenas de países. É organizada na forma de uma malha. Se você pretende ter acesso a um computador na França, não é preciso fazer uma ligação internacional. Basta conectar-se a um computador ligado à Internet em sua cidade.

Como isso é possível? Simples: pelo seu computador, você se conecta a um provedor, que estará conectado a outros computadores, em outros estados (ou países), e assim por diante, traçando uma rota até chegar ao destino.

Se você viajar para um país distante e desejar comunicar-se com alguém do Brasil por telefone e cartas, o custo será alto. Telefonemas e correspondências internacionais são serviços caros. O que fazer? Todo o problema acabou: a Internet chegou! Por meio dela, você pode receber e enviar correspondências a preço de ligação comum! Isso não é genial?

Mas tenha cuidado: a Internet é uma rede mundial que armazena informações úteis e inúteis. Fuja dos sites pornográficos e eróticos! Isso não fará bem à sua vida espiritual e o deixará vulnerável aos ataques do Inimigo (l Pe 5.8,9). Cuidado com as salas de bate-papo! Não acredite em tudo o que falam ali, a menos que converse com pessoas conhecidas!

Que tal evangelizar? É muito fácil produzir mensagens pelo software Power Point e enviá-las por e-mail. Infelizmente, há muitos jovens que usam esse veículo para enviar coisas indesejáveis... É claro que receber alguns e-mails engraçados de vez em quando é até divertido... Entretanto, procure pensar em coisas que beneficiem o próximo.

www.evangelize.com.br

Falando em evangelização pela Internet, lembrei-me de um e-mail que recebi diversas vezes cuja mensagem pode ser usada para falar de Jesus, principalmente àqueles que conhecem o jargão da informática:

Dê um duplo clique em sua vida! Arraste Jesus para a sua pasta principal. Grave-o em todos os seus arquivos pessoais e selecione-o como seu documento mestre. Que Ele seja seu modelo para formatar a sua vida! Justifique-a e a alinhe à direita e à esquerda, sem quebras na sua caminhada.

Que Jesus não seja apenas um ícone, um acessório, uma ferramenta, um rodapé, um periférico ou um arquivo temporário, mas o cabeçalho, a letra capitular, a barra de rolagem de seu caminhar! Que seja a fonte de energia para sua área de trabalho; o Paintbrush para colorir seu sorriso; a configuração de sua simpatia; a nova janela para visualizar o tamanho de seu amor.

No seu dia-a-dia, seja Ele o painel de controle para desfragmentar a sua vida, fazer download de seus sonhos e otimizar as suas realizações. Desative o seu egoísmo; compacte as suas liberdades; cancele os seus recuos e delete os seus erros. Compartilhe os seus recursos; acesse o coração de seus amigos e escaneie para eles o que você tem de bom.

Não deixe a margem ninguém; abra as bordas de seu coração e remova dele o vírus do desamor. Antes de sair, coloque Jesus nos seus favoritos, para sua felicidade! Clique agora Ok para reiniciar e atualizar todos os seus conteúdos!

Desligue a TV!

Você estuda com o televisor ligado? Não vai me dizer que está lendo esse livro com a TV ligada! Sabia que, se a desligar, melhorará a sua concentração e terá um ótimo aproveitamento da leitura? Vamos! Não permita que a televisão domine você!

Não sou inimigo do televisor, pois tenho certeza de que mais importante do que não tê-lo em casa é possuir domínio próprio e saber recusar tudo o que desagrada a Deus (Hb 11.24-26). Se você não tiver esse autocontrole, acabará se ausentando de cultos ou perdendo aulas importantes por causa de um programa.

Mas não confunda o televisor — apenas um aparelho — com as programações da televisão. O televisor pode ser usado de muitas formas. Além de transmitir as programações da chamada TV aberta, pode ser usado para transmissões de programas de TV a cabo ou programações captadas por antena parabólica!

Há pessoas que utilizam o televisor apenas como um monitor de videocassete, videogame ou DVD. Você já refletiu sobre quanto tempo tem gastado assistindo a sua TV e o que tem visto nela? Você assiste a qualquer programa sem sentir-se culpado? Tem deixado de fazer tarefas importantes por causa de um programa?

Se todas ou algumas respostas para as perguntas acima foram "Sim", há indícios de que você esteja permitindo que a televisão roube o seu tempo e prejudique a sua formação. E isso não é nada bom (Ef 5.15,16).

Embora falar dos males da televisão, hoje, seja "chover no molhado", a verdade precisa ser dita em letras maiúsculas:

A TELEVISÃO CRIA UMA ILUSÃO DA VIDA, MOSTRANDO UM CAMINHO IRREAL DE SUCESSO E FELICIDADE, ALÉM DE DESTRUIR OS SONHOS DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA AO BANALIZAR O SEXO E A VIOLÊNCIA.

Você gosta de filmes?

Acredito que você, como todo adolescente, goste de filmes. A conta da locadora tem deixado os seus pais de "cabelo em pé"? Bem, entendo que você precise de um pouco de entretenimento, mas não exagere! Cuidado com os filmes que exaltam a imoralidade e banalizam a violência. O mal que podem causar é muito maior do que a diversão que proporcionam.

Desejo de Matar

Jovens que não estranham a banalização da violência nos filmes podem estar perdendo a sensibilidade e o amor ao próximo sem saber. Em minha adolescência, gostava muito de filmes de ação — principalmente Desejo de Matar 1, 2, 3-- Lembro-me de que eu vibrava com a violência do personagem "durão" interpretado pelo astro Charles Bronson.

Recebi, então, Jesus em meu coração e comecei a me interessar pela Bíblia... E algo novo aconteceu! Cumpriu-se em minha vida o que está escrito em 2 Coríntios 5.17: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo" (Biblia na Linguagem de Hoje).

A partir desse momento, não consegui mais assistir a filmes de violência sem ficar incomodado. Para dizer a verdade, algo, dentro de mim, me impede de vê-los. E tenho certeza de que isso é uma ação do Espírito Santo, que habita em mim (1 Co 6.19,20). Sabia que Ele tem ciúmes de nós e vale-se da aplicação da Palavra para nos impedir de pecar? Leia em sua Bíblia Tiago 4,5 e Salmos 119.9-11.

Exterminador do Futuro 3

Nos EUA, vários crimes hediondos têm levado as autoridades a analisar com mais atenção as mensagens contidas nos filmes — algumas diretas e outras subliminares. No livro Perguntas Intrigantes que os Jovens Costumam Fazer, cito alguns casos em que pessoas consideradas normais se deixaram influenciar por filmes violentos, chegando a ponto de matar.

O filme Exterminador do Futuro 3 — que tem como protagonista o atual governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger — mostra uma guerra entre humanos e máquinas com inteligência artificial. A tônica desse campeão de bilheterias continua a mesma-, banalização da violência.

Não contaram ainda quantas pessoas ou cyborgs morrem — de mentirinha — nesse novo filme do astro, mas nos anteriores... Quer saber quantas pessoas Schwarzenegger "matou" em seus filmes de maior sucesso?

Filme Número de "mortos"

Comando para Matar................................83

True Lies..................................................62

Conan, o Destruidor..................................25

Conan, o Bárbaro.....................................20

O Exterminador do Futuro....................... 21

O Exterminador do Futuro 2.......................1

Fonte: O Guia dos Curiosos, p. 475.


Tiros em Columbine

No entanto, também há bons filmes para se ver. Recentemente, assisti a um muito interessante — vencedor do Oscar de melhor documentário em 2003 — Tiros em Columbine. O diretor Michael Moore mostra como os adolescentes norte-americanos estão cada vez mais violentos, além de apresentar uma pesquisa sobre os motivos pelos quais o povo americano é tão fascinado por armas de fogo.

Moore não aborda o aspecto espiritual, mas você entenderá, caso veja esse filme — disponível nas locadoras —, que o maior problema da juventude americana é o afastamento de Cristo. Muitos americanos, ignorando a Palavra de Deus, não percebem que Jesus deixou-nos a paz, e não as armas (Jo 14.23); e que Ele ensinou-nos a amar, e não a agir com violência (Mt 5.1-12,44).

O pastor David Wilkerson denuncia esse comportamento, que a Bíblia chama de apostasia:

[...] a América do Norte continua pecando, apesar de ter recebido mais luz do que as demais nações. Outras nações são igualmente pecadoras, mas nenhuma outra foi tão inundada da luz do Evangelho quanto a América do Norte (Toca a Trombeta em Sião, CPAD, pp. 15,16).

Falando no pastor David Wilkerson, aproveito para indicar-lhe um filme que me ajudou muito quando eu era novo convertido: A Cruz e o Punhal. O filme conta como o pastor Wilkerson conseguiu evangelizar um temível criminoso de Nova York chamado Nick Cruz. Vale a pena assistir! É um filme de muita ação! E você pode encontrá-lo nas locadoras evangélicas.

Tudo a ver?

Dizem que as mulheres gostam mais de novelas que os homens... Você acredita nisso? Novela é um tipo de programa que atrai a atenção de todos. E claro que as mocinhas, por serem mais sensíveis, .sonhadoras e românticas por natureza, envolvem-se mais com os personagens...

Mas eu, quando adolescente, assisti a muitas novelas cujos protagonistas eram atores que ainda fazem algum sucesso. Lembro-me de que gostava da forma como eles se vestiam e até imitava o andar deles... Você já percebeu como as novelas têm um poder de invadir a nossa vida e ditar regras e modelos de comportamento?

Hoje, depois de conhecer a Palavra de Deus, vejo que elas são instrumentos usados pelo Diabo para destruir as famílias. Há algum tempo, tenho assistido a alguns capítulos — na verdade, parte deles — para poder falar-lhe com conhecimento de causa.

Como tenho me decepcionado! Tudo o que depõe contra os valores estabelecidos por Deus é apresentado nas novelas. As principais características delas são: ênfase à reencarnação e à comunicação com os mortos; sexo livre; homossexualismo; violência; e finais felizes para pessoas casadas que traem seus cônjuges!

Nada a ver!

Pense bem: Por que assistir a programas contrários à sua fé? A Bíblia diz:[ "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai" (Fp 4.8). As novelas não passam nesse teste. Rejeite-as!

Talvez você retruque: "Não consigo parar de assistir àquela novela... Sei que ela é contrária às minhas convicções, mas eu gosto muito!" Não se apavore. Para que existem a oração e a Palavra de Deus? Para ajudá-lo a vencer as tentações, inclusive essa de assistir a programas prejudiciais à sua vida espiritual.

Que tal orar como o salmista? "Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade e vivifica-me rio teu caminho" (Sl 119.37). Leia a Palavra de Deus. Ou o pecado afasta você da Bíblia, ou a Palavra do Senhor o afasta do pecado! Tudo depende da sua força de vontade! Se você sente-se acusado, é o Espírito Santo chamando-o para orar mais e buscar uma vida santa (Jo 17.17).

Os Crentes e as bênçãos da Salvação

Introdução

João tem o hábito de apresentar seus temas em passagens paralelas, com pequenas variações, e esse é o caso aqui, quando ele contrasta pecado e retidão. Os versículos 4-7 do Capítulo 3 lidam com a natureza do pecado, a incompatibilidade de continuar em pecado enquanto se vive uma vida cristã, e a conclusão prática de que quem pratica a justiça é reto. Mas isso com pequenas variações, também é o tema principal dos versículos 8-10, que lidam (de modo mais específico) com a origem do pecado, a obra de Jesus Cristo ao derrotar o diabo, o fato de o verdadeiro filho de Deus não poder continuar no pecado e a conclusão de que os filhos do diabo são conhecidos pelo pecado.

O que é pecado?

João define o pecado como iniqüidade, e todos os que cometem pecado são culpados dele. A palavra grega traduzida como pecado tem sua origem em "errar o alvo", ou seja, alguém tirando com arco e flecha mira no centro do alvo e erra. No mundo grego, portanto, o pecado era considerado erro de cálculo.

Porém João discorda disso completamente. Para ele, o pecado é uma ofensa grave contra Deus. Significa uma desconsideração intencional e violação de sua lei divina. O pecado é uma afronta direta a Deus, é uma expressão de inimizade e alienação digna da ira de Deus.

Como nos livrar do pecado?

João lembra seus leitores de que pecar é uma característica do diabo. Agora ele também os lembra de que é uma característica de Cristo tirar o pecado.

"Cristo não apenas paga o preço do pecado, como vai além daquilo que a lei requer: ele aceita o pecador junto a si, adotando essa pessoa em sua família como irmão ou irmã."

Donald G. Bloesch.

João não se contradiz quando afirma que os crentes não pecam?

João afirma: "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado" (1 Jo 3:9, SBTB). Mas no primeiro capítulo ele falou com clareza que "se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós" (1 Jo 1:8).

SOLUÇÃO: Em parte alguma João declara que os crentes são imunes ao pecado ou que nunca pecam. Em 1 João 3:9 o verbo está no tempo presente e deveria ser traduzido da seguinte maneira: "Aquele que é nasci do de Deus não peca habitualmente" (R-IBB).

De modo contrário, aquele que habitualmente pratica o pecado não é nascido de Deus. Como Tiago argumentou, a fé verdadeira produzirá boas obras (Tg 2:14ss). Se um porco e um cordeiro caírem num lamaçal, o porco vai querer ficar lá; mas o cordeiro fará de tudo para sair. Tanto o incrédulo como o crente podem cair no mesmo pecado, mas o crente não pode permanecer nele, sentindo-se confortável.

Como nos mantermos longe do pecado?

Para o cristão manter-se longe do pecado é necessário que ele esteja ligado com o Senhor, com uma vida devocional disciplinada.

Oração

A oração faz parte da vida devocional do cristão. É o momento mais excelente, íntimo e particular do crente com Deus no seu dia-a-dia. Orar é o ato de o homem dirigir-se ao seu Criador com os seguintes objetivos: pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas; agradecer-lhe pelos favores imerecidos e buscar proteção e uma comunhão mais íntima com Ele.

Meditação na Palavra de Deus

A Bíblia, não deve ser lida como qualquer literatura. Sua leitura deve ser feita com reverência e humildade. É importante que o crente exerça disciplina na leitura diária da Bíblia e que se esforce para que ela seja lida completamente.

Jejum

O jejum é valioso e eficaz recurso espiritual, aliado à oração e utilizado pelo povo de Deus, de modo sistemático, em situações difíceis de suas vidas.

Trabalhar para o Senhor

Trabalhar para Cristo, como a Bíblia requer, significa tributar-lhe toda a nossa afeição e amor.

O serviço cristão é o trabalho amoroso e sacrificial que o cristão consagra ao Senhor, tendo em visa à expansão do Reino de Deus e à edificação do Corpo de Cristo.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Mansidão, o mesmo que submissão?

Conceito de Mansidão, segundo o dicionário VINE.

Em seu uso nas Escrituras, no qual tem um significado mais extenso que nos escritos gregos seculares, não consiste só no comportamento exterior da pessoa; nem ainda em sua relações para com o próximo; tampouco na sua mera disposição natural. Antes é uma entretecida graça da alma; e cujos exercícios são primeira e primariamente para com Deus. É o temperamento de espírito no qual aceitamos Seus procedimentos conosco como bons, e portanto, sem disputar ou resistir; está relacionado de perto com a palavra humildade, e resulta diretamente dela (Ef 4.2; Cl 3.12); é somente o coração humilde que também é manso, e o qual, como tal, não luta contra Deus e mais ou menos se debate e combate com Ele. Esta mansidão perante Deus, também o é diante dos homens, até de homens maus, provenientes de um senso que estes, com os insultos e danos que possam infligir.
Como desenvolver a mansidão

Como todas as demais virtudes do caráter, a mansidão é o resultado de uma vida governada por Deus através do Espírito Santo. O desenvolvimento desta virtude depende da prática de alguns princípios fundamentais, os quais são:



  • Submeta o seu temperamento ao controle do Espírito Santo (Gl 5.16);

  • Nunca seja precipitado em responder aos estímulos. Reaja com serenidade (PV 15.1);

  • Seja humilde para aceitar provocações, faça a si mesmo a pergunta: Em meu lugar, o que Jesus faria? (1 Pe 2.21);

  • Não aceite que o diabo toque piano em seus nervos (Ef 4.31,31);

  • Tenha um coração de Servo (2Tm 2.24,25);

  • Saiba esperar sem se estressar (Rm 12.12);

  • Ore sobre esse assunto – é na presença de Deus que as nossas fraquezas desaparecem;

  • Se esforce para que Deus seja glorificado sempre nas suas atitudes e comportamentos.

Fontes:


Dicionário Vine


Lições da Palavra de Deus - Revista 14

terça-feira, agosto 18, 2009

A Nossa Eterna Salvação - Lição 08

Após discorrer sobre o retorno de Jesus aparentemente levaram João à reflexão sobre a certeza do desdobramento final da salvação cristã e do amor de Deus que está por trás dela. Mais ainda, e isso é muito significativo e maravilhoso, João imediatamente irrompe em louvores a Deus pela grandeza de seu amor por nos fazer seus filhos. Aqui a expressão "quão grande" implica grande espanto, como se o amor de Deus fosse tão sem paralelo na experiência humana que João não pudesse nem mesmo dizer de onde ele vem. É além de explicação.

"Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo."

João começa essa frase com o imperativo "vejam". Ele quer que os leitores observem as manifestações do amor do Pai. Os leitores devem imaginar o tipo de amor que o Pai dá a seus filhos. Esse amor é grande. A palavra grega traduzida como "grande" ou "que tipo de "aparece apenas seis vezes no Novo Testamento e "sempre deixa implícito um sentido de espanto, e geralmente, de admiração".

João na diz "o Pai nos ama". Nesse caso, estaria descrevendo uma situação. Ao invés disso, escreve: "o amor que o Pai tem nos dado generosamente" e assim retrata uma ação e a extensão do amor de Deus. Foi de propósito que João escolheu a palavra Pai. Essa palavra implica um relacionamento entre Pai e Filho. Porém, Deus não se tornou Pai quando nos adotou como seus filhos. A paternidade de Deus é eterna. Ele é eternamente o Pai de Jesus Cristo, e por meio de Jesus é nosso Pai. Por meio de Jesus recebemos o amor do Pai e somos chamados "filhos de Deus".

Filhos de Deus

Deus dá o direito de ser o seu filho (Jo 1.12) a todos os que, pela fé, receberam Cristo como Senhor e Salvador. João não quer que essa expressão seja compreendida com limitações. Nós realmente somos filhos de Deus pelo novo nascimento. Não é por acidente que a Bíblia com freqüência utiliza a imagem do nascimento ao falar de como Deus chamou os homens e as mulheres para sua família espiritual.

Salvação

Os aspectos que João enfatiza estão ligados diretamente à Salvação, tema de nossa lição. A qual veremos mais a seguir.

O que é a salvação? Entender o que a Bíblia chama de salvação é básico para a fé cristã, porque a salvação representa o fim que se busca alcançar pela fé (1Pe 1.9). Nem sempre a salvação é conhecida em sua natureza essencial. Muitas vezes aspectos secundários da vida do crente com Deus, que podem ser chamados de "bênçãos", são tomados como sendo a essência da salvação; e quando estes aspectos deixam de ser bastante evidentes, a tendência é desânimo ou desilusão na vida cristã.

O Significado da Salvação na Bíblia

Salvação é o livramento do pecado e seus feitos, mediante a ação graciosa de Deus em Cristo, para uma vida de glória com Deus, numa nova ordem de existência eterna.

A idéia básica de salvação na Bíblia é de livramento ou libertação de alguma coisa. No AT a salvação de Deus era o livramento da doença, da morte, do cativeiro, do inimigo, e o escapar de toda a espécie de males. Tinha mais sentido de livramento de coisas desta vida e do mundo temporal e visível do que sentido espiritual. No NT, a salvação passou a significar primariamente livramento do pecado e seus feitos (Mt 1.21; At 2.38; Hb 2.2,3).

Salvação - externa e interna.

A Salvação é tanto objetiva (externa) como subjetiva (interna).

(a) A justiça, em primeiro lugar, é mudança de posição, mas é acompanhada por mudança de condições. A justiça tanto é imputada com também conferida.

(b) A
adoção refere-se a conferir o privilégio da divina filiação; a regeneração trata da vida interna que corresponde à nossa chamada e que nos faz "participantes da natureza divina".

(c) A santificação é tanto externa como interna. De modo externo é separação do pecado e dedicação a Deus; de modo interno é purificação do pecado.

O aspecto externo da graça é provido pela obra expiatória de Cristo; o aspecto interno é a operação do Espírito Santo.

Condições da salvação.

Que significa a expressão condições da salvação? Significa o que Deus exige do homem a quem ele aceita por causa de Cristo e a quem dispensa as bênçãos do Evangelho da graça.

As Escrituras apresentam o arrependimento e a fé como condições da salvação; o batismo nas águas é mencionado como símbolo exterior da fé interior do convertido. (Mar. 16:16; Atos 22: 16; 16:31; 2:38; 3:19.)

Abandonar o pecado e buscar a Deus são as condições e os preparativos para a salvação. Estritamente falando, não há mérito nem no arrependimento nem na fé; pois tudo quanto é necessário para a salvação já foi providenciado a favor do penitente. Pelo arrependimento o penitente remove os obstáculos à recepção do dom; pela fé ele aceita o dom. Mas, embora sejam obrigatórios o arrependimento e a fé, sendo mandamentos, é implícita a influência ajudadora do Espírito Santo. (Notem a expressão: "Deu Deus o arrependimento" Atos 11:18.) A blasfêmia contra o Espírito Santo afasta o único que pode comover o coração e levá-lo à contrição. Por conseguinte, para tal pecado não há perdão.

Qual é a diferença entre o arrependimento e a fé? A fé é o instrumento pelo qual recebemos a salvação, fato que não se dá com o arrependimento. O arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso, enquanto a fé ocupa-se com a misericórdia de Deus.

Pode haver fé sem arrependimento? Não. Só o penitente sente a necessidade do Salvador e deseja a salvação de sua alma.

Pode haver arrependimento verdadeiro sem fé? Ninguém poderá arrepender-se no sentido bíblico sem fé na Palavra de Deus, sem acreditar em suas ameaças do juízo e em suas promessas de salvação.

São a fé e o arrependimento apenas medidas preparatórias à salvação? Ambos acompanham o crente durante sua vida cristã; o arrependimento torna-se em zelo pela purificação da alma; e a fé opera pelo amor e continua a receber as coisas de Deus.

(a) Arrependimento. Alguém definiu o arrependimento das seguintes maneiras: "A verdadeira tristeza sobre o pecado, incluindo um esforço sincero para abandoná-lo"; "tristeza piedosa pelo pecado"; "convicção da culpa produzida pelo Espírito Santo ao aplicar a lei divina ao coração"; ou, nas palavras de menino: "Sentir tristeza a ponto de deixar o pecado."

Ha três elementos que constituem o arrependimento segundo as Escrituras: intelectual, emocional e prático. Podemos ilustrá-los da seguinte maneira: (1) O viajante que descobre estar viajando em trem errado. Esse conhecimento corresponde ao elemento intelectual pelo qual a pessoa compreende, mediante a pregação da Palavra, que não está em harmonia com Deus. (2) O viajante fica perturbado com a descoberta. Talvez alimente certos receios. Isso ilustra o lado emocional do arrependimento, que é uma auto-acusação e tristeza sincera por ter ofendido a Deus. (2 Cor. 7:10) (3) Na primeira oportunidade o viajante deixa esse trem e embarca no trem certo. Isso ilustra o lado prático do arrependimento, que significa em "meia-volta.. . volver!" e marchar em direção a Deus. Há uma palavra grega traduzida "arrependimento", que significa literalmente "mudar de idéia ou de propósito". O pecador arrependido se propõe mudar de vida e voltar-se para Deus; o resultado prático é que ele produz frutos dignos do arrependimento. (Mat. 3:8.)

O arrependimento honra a lei como a fé honra o evangelho. Como, pois, o arrependimento honra a lei? Contristado, o homem lamenta ter-se afastado do santo mandamento, como também lamenta sua impureza pessoal que, à luz dessa lei, ele compreende. Confessando — ele admite a justiça da sentença divina. Na correção de sua vida ele abandona o pecado e faz a reparação possível e necessária, de acordo com as circunstâncias.

De que maneira o Espírito Santo ajuda a pessoa a arrepender-se? Ele a ajuda aplicando a Palavra de Deus à consciência, comovendo o coração e fortalecendo o desejo de abandonar o pecado.

(b) Fé. Fé, no sentido bíblico, significa crer e confiar. É o assentimento do intelecto com o consentimento da vontade. Quanto ao intelecto, consiste na crença de certas verdades reveladas concernentes a Deus e a Cristo; quanto à vontade, consiste na aceitação dessas verdades como princípios diretrizes da vida. A fé intelectual não é o suficiente (Tia. 2:19; Atos 8:13, 21) para adquirir a salvação. É possível dar seu assentimento intelectual ao Evangelho sem, contudo, entregar-se a Cristo. A fé oriunda do coração é o essencial (Rom. 10:9). Fé intelectual significa reconhecer como verídicos os fatos do evangelho; fé provinda do coração significa a pronta dedicação da própria vida as obrigações implícitas nesses fatos. Fé, no sentido de confiança, implica também o elemento emocional. Por conseguinte, a fé que salva representa um ato da inteira personalidade, que envolve o intelecto, as emoções e a vontade.

O significado da fé determina-se pela maneira como se emprega a palavra no original grego. Fé, às vezes, significa não somente crer em um corpo de doutrinas, mas, sim, crer em tudo quanto é verdade, como, por exemplo nas seguintes expressões: "Anuncia agora a fé que antes destruía (Gál. l:2d); apostatarão alguns da fé" (1 Tim. 4:1); "a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jud. 8). Essa fé é denominada, às vezes, "fé objetiva" ou externa. O ato de crer nessas verdades é conhecido como fé subjetiva.

Seguida por certas preposições gregas a palavra "crer" exprime a idéia de repousar ou apoiar-se sobre um firme fundamento; é o sentido da palavra crer que se lê no Evangelho de João 3:16. Seguida por outra preposição, a palavra significa a confiança que faz unir a pessoa ao objeto de sua fé. Portanto, te e o elo de conexão entre a alma e Cristo.

A fé é atividade humana ou divina? O fato de que ao homem e ordenado crer implica capacidade e obrigação de crer. Todos os homens tem a capacidade de depositar sua confiança em alguém e em alguma coisa. Por exemplo: um deposita sua fé em riquezas, outro no homem, outro em amigos, etc. Quando a crença e depositada na palavra de Deus, e a confiança está em Deus e em Cristo, isso constitui fé que salva. Contudo, reconhecemos a graça do Espírito Santo, que ajuda, em cooperação com a Palavra, na produção dessa fé (Vide João 6:44; Rom. 10:17; Gál. 5:22; Heb. 12:2.)

Que é então, a fé que salva? Eis algumas definições: "Fé em Cristo e graça salvadora pela qual o recebemos e nele confiamos inteiramente para receber a salvação conforme nos é oferecida no evangelho." E o "ato exclusivamente do penitente, ajudado, de modo especial, pelo Espírito, e como descansando em Cristo." "É ato ou hábito mental da parte do penitente, pelo qual, sob a influencia da graça divina, a pessoa põe sua confiança em Cristo como seu único e todo suficiente Salvador." "É uma firme confiança em que Cristo morreu pelos meus pecados, que ele me amou e deu-se a si mesmo por mim." "E crer e confiar nos méritos de Cristo, e por cuja cousa Deus está disposto a mostrar-nos misericórdia." "É a fuga do pecador penitente para a misericórdia de Deus em cristo.

Conversão.

Conversão, segundo a definição mais simples, é abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. (Atos 3:19.) O termo é usado para exprimir tanto o período crítico em que o pecador volta aos caminhos da justiça como também para expressar o arrependimento de alguma transgressão por parte de quem ja se encontra nos caminhos da justiça. (Mat. 18:3; Luc. 22:32; Tia. 5:20.)

A conversão está muito relacionada com o arrependimento e a te, e, ocasionalmente, representa tanto um como outro ou ambos, no sentido de englobar todas as atividades pelas quais o homem abandona o pecado e se aproxima de Deus. (Atos 3:19; 11:21; 1 Ped. 2:25.) O Catecismo de Westminster, em resposta à sua própria pergunta, oferece a seguinte e adequada definição de conversão:

Que é arrependimento para a vida?

Arrependimento para a vida é graça salvadora, pela qual o pecador, sentindo verdadeiramente o seu pecado , e lançando mão da misericórdia de Deus em Cristo, e sentindo tristeza por causa do seu pecado e ódio contra ele, abandona-o e aproxima-se de Deus, fazendo o firme propósito de, daí em diante, ser obediente a Deus.

Note-se que, segundo essa definição, a conversão envolve a personalidade toda — intelecto, emoções e vontade.

Como se distingue conversão de salvação? A conversão descreve o lado humano da salvação. Por exemplo: observa-se que um pecador, bêbado notório, não bebe mais, nem joga, nem freqüenta lugares suspeitos; ele odeia as coisas que antes amava e ama as coisas que outrora odiava. Seus amigos dizem: "Ele está convertido; mudou de vida." Essas pessoas estão descrevendo o que aparece, isto é, o lado humano do fato. Mas, do lado divino, diríamos que Deus perdoou o pecado do pecador e lhe deu um novo coração.

Mas isso significa que a conversão seja inteiramente uma questão de esforço humano? Como a fé e o arrependimento estão inclusos na conversão, a conversão é uma atividade humana; mas ao mesmo tempo é um efeito sobrenatural sendo ela a reação por parte do homem ante o poder atrativo da graça de Deus e da sua Palavra. Portanto, a conversão é o resultado da cooperação das atividades divinas e humanas. "Assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar segundo a sua boa vontade" (Fil. 2:12,13). As seguintes passagens referem-se ao lado divino da conversão: Jer. 31:18; Atos 3:26. E estas outras referem-se ao lado humano: Atos 3:19; 11:18; Ezeq. 33:11.

Qual se opera primeiro, a regeneração ou a conversão? As operações que envolvem a conversão são profundas e de caráter misterioso; por conseguinte, não as analisaremos com precisão matemática. O teólogo Dr. Strong conta o caso de um candidato à ordenação a quem fizeram a pergunta acima. Ele respondeu: "Regeneração e conversão são como a bala do canhão e o furo do cano do canhão — ambos atravessam o cano juntos."

Fontes:

As Epístolas de João – James Boice

Manual de Teologia Sistemática – Zacarias de Aguiar Severa

Tiago e as Epístolas de João – Simon Kistemaker


sábado, agosto 15, 2009

Ausências de Subsídios

Amados irmãos,

Esta semana fiquei impossibilitado de postar subsídios para as Lições Bíblicas, devido estar doente.

Orem por vosso irmão.
Semana que vem postarei Dicas e Subsídios.

Em Cristo

Eduardo Sousa

quarta-feira, agosto 05, 2009

A fé que nos salva – Pré-Adolescente

O que a fé evangélica não é.

1. O termo fé, como a maioria das outras palavras, tem sentidos diversos e às vezes é manifestadamente usado na Bíblia para designar um estado do intelecto, significando uma persuasão inconteste, uma convicção firme, um consentimento intelectual sem hesitação. Porém, este não é o seu significado evangélico. A fé evangélica não pode ser um fenômeno do intelecto pela razão óbvia de que, quando usada no sentido cristão, sempre é considerada como uma virtude. Mas a virtude não pode ser pressuposta dos estados intelectuais, porque estes são estados involuntários ou passivos da mente. A fé é uma condição da salvação. É algo que nos mandam fazer sob pena da morte eterna. Mas se é algo a ser feito — um dever solene — não pode ser um estado meramente passivo, uma mera convicção intelectual. A Bíblia faz distinção entre a fé intelectual e a fé salvadora. Há uma fé dos demônios e há uma fé dos santos. Tiago faz distinção clara entre elas e também entre a fé antinomiana e a fé salvadora. "Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura

Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2.17-26). A distinção está claramente assinalada aqui, como em outros textos da Bíblia, entre a fé intelectual e a fé salvadora. Uma produz boas obras ou uma vida santa, a outra é improdutiva. Isto mostra que uma é apenas fenômeno do intelecto e — é claro — não controla a conduta. A outra deve ser fenômeno da vontade, porque se manifesta na vida exterior. A fé evangélica, então, não é uma convicção, uma percepção da verdade. Não pertence ao intelecto, embora implica em convicção intelectual, mesmo que o elemento evangélico ou virtuoso não ponha nisso a sua base.

2. Não é um sentimento de qualquer tipo, ou seja, não pertence a nenhum fenômeno da sensibilidade. Os fenômenos da sensibilidade são estados passivos da mente e, portanto, não têm caráter moral em si mesmos. A fé, considerada uma virtude, não pode consistir em algum estado involuntário da mente. Está representada na Bíblia como um estado ativo e muito eficiente. Trabalha e "trabalha por amor". Produz "a obediência da fé". Dizem que os cristãos devem ser santificados pela fé que está em Cristo. De fato, a Bíblia, em uma grande variedade de instâncias e maneiras, representa a fé em Deus e em Cristo como uma forma cardeal de virtude e como a mola mestra de uma vida exteriormente santa. Por conseguinte, não pode consistir em algum estado involuntário da mente.


O que é a f é evangélica.

Visto que a Bíblia representa uniformemente a fé salvadora ou evangélica como uma virtude, sabemos, portanto, que tem de ser um fenômeno da vontade. É um estado eficiente da mente e, portanto, tem de consistir na aceitação da verdade pelo coração ou pela vontade. E o fechamento da vontade com as verdades do Evangelho. É o ato da alma se entregar ou se comprometer com as verdades do sistema evangélico. É uma confiança em Cristo, uma entrega da alma e de todo o ser ao Senhor, nos seus vários ofícios e relações com os homens. É uma segurança nEle e no que está revelado a seu respeito em sua palavra. E descansar em sua providência pelo poder do Espírito.

A mesma palavra que no Novo Testamento é freqüentemente traduzida por fé também se traduz por confiar, como, por exemplo: "Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia" (Jo 2.24). "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?" (Lc 16.11). Nestas passagens a palavra traduzida por confiar é a mesma palavra traduzida por fé. É uma confiança em Deus e em Cristo, conforme está revelada na Bíblia e na razão. É uma recepção do testemunho de Deus concernente a Ele mesmo e relativo a todas as coisas das quais falou. E um recebimento de Cristo pelo que Ele é em seu Evangelho, e uma rendição não qualificada da vontade e do ser inteiro ao Senhor.


O que está implícito na fé evangélica?

1. Implica uma percepção intelectual dos fatos e verdades cridos. Ninguém pode crer no que não entende. E impossível crer que a mente possa entender aquilo que não lhe foi revelado. Tem sido erroneamente presumido que a fé não precisou de luz, ou seja, que não é essencial à fé entendermos as doutrinas ou os fatos a que somos chamados a crer. Esta é uma pressuposição falsa, pois como podemos crer ou confiar no que não entendemos? Primeiro tenho de entender qual é a proposição, o fato, a doutrina ou a coisa antes de poder dizer se eu creio ou se devo crer ou não. Se você me declarar uma proposição numa língua que não conheço e me perguntar se eu creio, tenho de responder que não, porque não entendo os termos da proposição. Talvez eu viesse a crer na verdade expressa ou talvez não, não sei, até que eu entendesse a proposição. Qualquer fato ou doutrina não compreendidos são como uma proposição apresentada num idioma desconhecido. É impossível que a mente a receba ou rejeite, creia ou descreia até que seja compreendida. Podemos receber ou crer numa verdade, ou fato, ou doutrina, não mais além do limite do que entendemos. Na medida que o entendemos, até a essa medida cremos, embora possamos não entender tudo a respeito. Por exemplo: Eu posso crer na divindade e humanidade de Jesus Cristo. Que Ele é tanto Deus quanto homem é um fato que posso entender. Assim, até esse ponto posso crer. Mas não consigo entender como é que a sua divindade e a sua humanidade se unem. Portanto, eu só creio no fato de que estão juntas; não sei absolutamente nada sobre o modo quo da união e não creio mais do que sei. Assim posso entender que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma unidade. Que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, que o Espírito Santo é Deus, que estes três são pessoas divinas posso entender como fato. Também posso entender que não há contradição ou impossibilidade no fato declarado de que estes três são um em substância; que em sentido diferente são um em três; que são três em um sentido e um em outro. Entendo que isto pode ser um fato e então posso crer. Mas o modo quo da união não entendo nem creio, ou seja, eu não tenho teoria, idéia, dados sobre o assunto, não tenho opinião e, por conseguinte, não tenho fé sobre a maneira pela qual estão unidos. Então, a fé em qualquer fato ou doutrina implica que o intelecto tem uma idéia, ou que a alma tem uma compreensão, uma opinião do que o coração aceita ou crê.

2. A fé evangélica implica a apropriação das verdades do Evangelho para nós mesmos. Exige uma aceitação de Cristo como nossa sabedoria, justiça, santificação e redenção. A alma que verdadeiramente crê, aceita que Cristo provou a morte por todos os homens. Apreende Cristo como o Salvador do mundo, como oferecido a todos e o recebe para si mesma. Apropria-se para si mesma de sua expiação, ressurreição, intercessão e suas promessas. Cristo é apresentado no Evangelho não só como o Salvador do mundo, mas também para a aceitação individual dos homens. Ele é aceito pelo mundo não mais do que é aceito por indivíduos. Ele salva o mundo não mais do que salva os indivíduos. Ele morreu pelo mundo, porque morreu pelos indivíduos que compõem a raça. A fé evangélica implica a convicção das verdades da Bíblia, a apreensão das verdades há pouco nomeadas e uma recepção delas e aceitação pessoal e apropriação de Cristo para satisfazer as necessidades de cada alma.

3. A fé evangélica implica uma vida evangélica. Isto não seria verdade se a fé fosse somente um estado ou exercício intelectual. Mas visto que, como vimos, a fé é do coração, visto que consiste na entrega da vontade a Cristo, segue-se, por uma lei da necessidade, que a vida corresponderá à fé. Que isto seja mantido em perpétua lembrança.

4. A fé evangélica implica arrependimento diante de Deus. A fé evangélica diz respeito particularmente a Jesus Cristo e sua salvação. E uma aceitação de Cristo e sua salvação. Claro que implica arrependimento diante de Deus, ou seja, uma mudança desde o pecado para Deus. A vontade não pode ser submetida a Cristo, não pode recebê-lo como está apresentado no Evangelho, enquanto negligencia o arrependimento diante de Deus, enquanto rejeita a autoridade do Pai, não pode aceitar o Filho e submeter-se a Ele.

5. A benevolência desinteressada ou um estado de boa vontade do ser humano estão implícitos na fé evangélica, pois isto é a entrega da alma a Deus e a Cristo em toda a obediência. Então, tem de implicar companheirismo com o Senhor em relação ao grande fim no qual o seu coração está estabelecido e pelo qual ele vive. Uma rendição da vontade e da alma ao Senhor tem de implicar a aceitação do mesmo fim que Ele abarca.

6. Implica um estado da sensibilidade que corresponde às verdades cridas. Ou seja, este estado da sensibilidade é um resultado da fé mediante uma lei da necessidade, e este resultado se segue necessariamente a aceitação de Cristo e do seu Evangelho pelo coração.

7. Claro que implica paz de mente. Em Cristo a alma encontra sua salvação plena e vigente. Encontra justificação que produz o senso de perdão e aceitação. Encontra santificação ou graça para libertar-se do poder reinante do pecado. Encontra todos os seus desejos satisfeitos e toda a graça necessária oferecida para sua ajuda. Não vê causa de perturbação, nada a pedir ou desejar que não esteja entesourado em Cristo. Deixou de fazer guerra com Deus — consigo mesma. Encontra seu lugar de repouso em Cristo e descansa na paz profunda sob a sombra do Todo-Poderoso.

8. Tem de implicar a existência na alma de toda virtude, porque é uma entrega do ser inteiro à vontade de Deus. Por conseguinte, todas as fases da virtude exigidas pelo Evangelho devem estar implícitas como existentes, quer em um estado desenvolvido, quer não desenvolvido, em todo o coração que verdadeiramente recebe Cristo pela fé. Certas formas ou modificações de virtude não podem em todos os casos encontrar ocasião de desenvolvimento, mas é certo que toda modificação da virtude se manifestará à medida que a oportunidade surgir, se houver uma fé verdadeira e viva em Cristo. Isto se conclui da própria natureza da fé.

9. A presente fé evangélica implica um estado de não pecaminosidade vigente. Observe que a fé é a entrega, mediante o compromisso, da vontade inteira e do ser inteiro a Cristo. Isto, e nada menos que isto, é fé evangélica. Compreende, também, o todo da verdadeira e vigente obediência a Cristo. Esta é a razão por que a fé é falada como a condição e, por assim dizer, a única condição de salvação. Realmente implica toda a virtude. A fé pode ser considerada como uma forma distinta de virtude e como um atributo de amor, ou como inclusiva de toda a virtude. Quando considerada como um atributo de amor é apenas um ramo da santificação. Quando considerada no sentido mais amplo de conformidade universal da vontade à vontade de Deus, então é sinônimo da inteira santificação vigente. Considerada sob qualquer luz, sua existência no coração deve ser incompatível com o pecado presente. A fé é uma atitude da vontade e é completamente incompatível com a vigente rebelião da vontade contra Cristo. Isto tem de ser verdade, ou então o que é fé?

10. A fé implica a recepção e a prática de toda verdade conhecida ou percebida. O coração que aceita e recebe a verdade como verdade, e porque é verdade, tem obviamente de receber toda a verdade conhecida. Porque é completamente impossível que a vontade aceite um pouco da verdade percebida por uma razão benevolente e rejeite outra verdade percebida. Toda verdade é harmoniosa. Uma verdade sempre é consistente com todas as outras verdades. O coração que em verdade aceita uma, irá, pela mesma razão, aceitar todas as verdades conhecidas. Assim, qualquer verdade revelada é realmente recebida, tornando-se impossível que toda a verdade não seja recebida assim que for conhecida.


Fonte: Teologia Sistemática - Charles Finney

Benignidade, a Bondade para ajudar

Introdução

A benignidade e a bondade são aspectos tão íntimos do fruto do Espírito Santo que é difícil distingui-los. Quem é bom, também é benigno. Ambas originam-se no amor. Alguém afirmou que a benignidade é amor compassivo; e a bondade, amor atuante em ação.

A Descrição da Benignidade e da Bondade.

A benignidade fundamenta-se no amor.

Em Gálatas 5.22, a palavra benignidade, no original do NT, não significa apenas a qualidade de ser puro e bom, mas também, ser devotado a atos e atitudes bondosas. O termo também expressa ternura, compaixão e brandura.

A bondade é o resultado da benignidade

A bondade é traduzida original, agathousune, e é encontrada apenas quatro vezes na Bíblia (Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 2 Ts 1.11). Se compararmos com o original do termo benignidade, constataremos que aquela é a prática ou a expressão desta, ou seja, é fazer na prática o que é bom.

Bondade, então, denota serviço ou ministério em favor do próximo, um espírito de generosidade colocado em prática, concernente a servir e a doar. É o resultado natural da benignidade – a manifestação da ternura, compaixão e brandura.

Principios da Benignidade e Bondade

  1. Servir ao próximo. A piedade e a bondade não podem ser dissociadas. Há dois preceitos divinos incluídos aqui: relacionamento com Deus e com o próximo. Podemos ilustrá-los através das seguintes perguntas bíblicas: "Onde estás?"(Gn 3.9) e "Que farei para herdar a vida eterna?" (Lc 10.25). referindo-se ao primeiro preceito e "Onde está [...] teu irmão?" (Gn 4.9) e "E quem é o meu próximo?" (Lc 10.29), aludindo ao segundo.
  2. Generosidade. O homem bom, que serve aos outros, é rico, embora lhe falte bens materiais. Certamente esta era a situação dos cristãos na igreja de Esmirna (Ap 2.9) e na igrejas da Macedônia ( 2Co 8.2,3)
  3. Bondade, justiça e verdade. A relação entre bondade, justiça e verdade revela-nos alguns princípios importantes. Em Efésios 5.9, lemos: "O fruo do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade". A bondade diz respeito à misericórdia, à justiça, à retidão; e a verdade, ao conhecimento.

Exemplos de Benignidade e Bondade

A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que procederam com benignidade e bondade para com seus semelhantes.

  1. Jó. Este servo não foi apenas paciente, mas também um exemplo significativo de benignidade e bondade. (Jó 29.15,17; 31,32).
  2. Davi. É comovente a benignidade imparcial de Davi em favor da casa de seu inimigo, Saul. O salmista demonstrou o mais sublime grau desta virtude, considerando-a como "Beneficiência de Deus"(2Sm 9.1-3)
  3. Jesus. O Mestre demonstrou benignidade até ao final, na cruz. Enquanto estava pendurado na cruz, providenciou alguém para cuidar de sua mãe (Jo 19,26,27), suplicou perdão em favor de seus inimigos (Lc 23.34), e demonstrou, em sua forma mais sublime, o sentido real de ser benigno e misericordioso com os outros ao entregar-se por nós.
  4. Estêvão. Ele foi um exemplo de benignidade. Ao invés de desejar a morte de seus opressores, orou por eles enquanto estava sendo apedrejado até morrer (At 7.59,60)

Conclusão

Como cristãos, devemos refletir o caráter de Cristo através da manifestação do fruto do Espírito produzido em nós. Não somos salvos por meio das boas obras, mas, para prática-las.

Fonte: LBM 1º Trim. de 2005


sábado, agosto 01, 2009

O arrependimento produz vida - Pré-Adolescentes

O arrependimento é uma das chamadas “Doutrinas da Salvação”, e considerada com a primeira delas. É uma doutrina muito importante do evangelho.

A Importância do Arrependimento

A palavra de João Batista. João Batista iniciou seu ministério proclamando o arrependimento (Mt 3.1,2).

O apoio de Jesus. Jesus começou sue ministério pregando o arrependimento (Mt 4.17)

Mensagem básica. O arrependimento foi a mensagem básica dos apóstolos (Mc 6.7,12)

É fator indispensável. A falta de arrependimento leva à perdição. Por outro lado, o arrependimento produz vida (Lc 13.3,5; 2Co 7.10)

O que o arrependimento não é

Arrependimento não é simples tristeza.

Arrependimento não é remorso

O que é arrependimento

Conceito: “Pesar sincero de algum ato ou omissão; desistência de cousa feita ou empreendida” (Pequena Enciclopédia Bíblica – O. S. Boyer); “Pesar do que se fez ou pensou; sentimento; dor, contrição, mudança de opinião”(Dicionário da Língua Portuguesa).

Definição etimológica: Arrependimento vem da palavra grega “Metanóia” (meta=mudança+nous=mente), significado “mudança de mente”ou “mudança de pensamento”.

Definição Teológica. Arrependimento é “MEIA-VOLTA”. O homem, que seguia em direção contrária a Deus, dá meia-volta e passa a andar de acordo com Deus, em seus pensamentos, emoções e vontade.

Três faces do arrependimento

Mudança de mente

Mudança de sentimento

Mudança de vontade

Como se opera o arrependimento

Pela graça. (Rm 2.4)

Por Cristo (At 5.31)

Pelo Espírito Santo (Rm 7.24b)

Resultados do Arrependimento

Gozo no céu

Perdão dos pecado

Recebimento do Espírito Santo

A duração do arrependimento

O Arrependimento nos identifica com Deus