quarta-feira, outubro 14, 2009

Davi na Corte Real - Vivendo com Sabedoria

Introdução

A impressionante vitória de Davi sobre Golias logo lhe trouxe a recompense. Davi foi levado ao palácio de Saul e tronou-se conhecido como o melodioso cantor de Israel, pois seus talentos musicais acalmavam o rei Saul, que era constantemente oprimido por forças demoníacas (1 Sm 16.14, 15,23). A pergunta de Saul a Abner, logo depois que Davi matou Golias – “Abner, que é o pai daquele rapaz?”(1Sm 17.55) – parece indicar que Saul não conhecia o jovem harpista, mas o rei estava querendo saber a respeito da linhagem familiar de Davi, como revela a resposta de Davi: “Sou filho de teu servo Jessé, de Belém” (1 Sm 17.58)

Davi recebeu autoridade militar, e Saul já sentia inveja dele, em virtude do louvor que o jovem guerreiro recebeu do povo por sua vitória sobre Golias. Por isso tentou matar Davi (1 Sm 18.10,11).

Como comandante do exército, Davi obteve uma série de vitórias impressionantes (1 Sm 18. 12-16). Finalmente, Saul elaborou um plano para matar Davi pela mão dos filisteus. Enviou-o ao território inimigo, prometendo-lhe que daria sua filha Mical em casamento se fosse bem-sucedido na batalha. Davi cumpriu aquela missão “impossível”, e Saul, a contragosto, cumpriu sua parte no acordo.

Em 1 Sm 19 e 20 lemos a respeito da crescente amizade entre Davi e Jônatas, filho de Saul. Jônatas sabia que Deus tinha a intenção de colocar Davi como rei de Israel. De coração bom e generoso, aceitou com satisfação a vontade de Deus e aliou-se a Davi contra seu pai. Mas a situação se complicou de tal forma que Davi teve de fugir para salvar a própria vida.

Foi uma época de muita tensão para Davi. Experimentou emoções fortes nesse período, em que a bajulação pública alternava-se com a perseguição.

A popularidade tem seu preço

Todos em Israel admiravam a grande fé, coragem e habilidade de Davi. As pessoas sentiram-se instantaneamente atraídas por este jovem pastor que ousou enfrentar o gigante de Gate, salvando o povo de Israel de uma derrota humilhante.

O próprio filho de Saul, Jônatas, provavelmente ficou mais impressionado com a proeza de Davi do que qualquer outro, iniciando uma amizade sem paralelos na história bíblica. Um profundo respeito e harmonia desenvolveram-se entre aqueles dois jovens.

Por causa de sua admiração e amor por Davi, Jônatas fez uma “aliança” com seu novo amigo, baseada num acordo mútuo. Eles fizeram votos de uma amizade verdadeira e leal pelo resto de suas vidas.

Jônatas selou esse compromisso com um ato de gentileza que, em algumas partes do mundo, ainda é considerado como a maior honra que um ser humano pode conceder a outro. Sendo ele um príncipe, vestiu Davi com suas próprias vestes, assim “despojou-se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto” (1 Sm 18.4)

Saul também no começo admirava a Davi, mas esta admiração não prolongou-se por muito tempo. O ciúme, logo começou a fervilhar em seu coração. No entanto, em vez e procurar a Deus e pedir ajudar para superar a ira provocada pelo ciúme, resolveu solucionar seus problemas com suas próprias mãos.

As qualidades e as virtudes de Davi

Davi foi um fiel servidor de sua família e de seu rei. Sua fidelidade e abnegação comprovaram a excelência de seu caráter.

Em seu caráter conseguimos listar sete características, que revelam seu amor incondicional a Deus, são elas:

1. Coração de servo. Davi nunca se queixou do laborioso e solitário pastoreio das ovelhas de seu pai. Ungido rei não hesitou em voltar ao seu trabalho habitual. Servia ao pai prazerosamente com o que sabia e mais gostava de fazer: estar com as ovelhas (1 Sm 16.19). Davi tinha um coração de servo. Deus mesmo o chamou de servo (Sl 78.70; 89.20)

2. Humildade. Davi era um homem humilde e reconhecedor de sua limitações (Sl 131; 40.12,17). Apesar de ser um soldado inigualável, um comandante corajoso, um rei exemplar, sempre atribuiu todas as suas vitórias ao Senhor dos Exércitos (Sl 40.5-10; 144.1,2)

3. Sinceridade. Davi nunca quis ser uma pessoa diferente do que realmente era. Portava-se perante o Altíssimo com o coração sincero (Sl 26.2; 38.9) Para o salmista, sinceridade e integridade são indispensáveis aos que desejam desfrutar de íntima comunhão com o Eterno (Sl 15).

4. Dependência de Deus. Davi dependia do Senhor em todos os momentos e circunstâncias da vida. Seu maior desejo era conhecer os caminhos de Deus, e para isso, punha-se sob sua direção em tudo que fazia (Sl 17.5; 18.21)

5. Coragem. A coragem de Davi era incontestável: matou um leão e um urso (1 Sm17.34,35), apresentou-se para enfrentar o gigante Golias, lutou bravamente contra os filisteus sob o risco da própria vida. Sua evidente coragem firmava-se na autêntica fé em Deus (1 Sm 17.37; 45-47; 23.2-5)

6. Gratidão. Davi não se cansava de exaltar ao Senhor por seus maravilhosos feitos. Seus salmos estão repletos de gratidão e louvor o Todo Poderoso. Eles refletem a alegria, a satisfação e o reconhecimento por todas as bênçãos recebidas (Sl 7.1.17; 144.1,2).

7. Arrependimento. Segundo a lei mosaica, Davi cometeu dois pecados imperdoáveis: adultério e assassinato premeditado (2 Sm 12.9; Ex 20.13,14). Davi arrependeu-se do que fez, pediu perdão a Deus de todo o coração e foi perdoado (2 Sm 12.13b; Sl 32.5)

Fontes:

LBM - 3º Trimestre de 2007 - A busca do Caráter Cristão

Davi, um modelo de sucesso pelo arrependimento – Gene Getz

Guia do Leitor da Bíblia - CPAD

Comentário Bíblico do Professor - CPAD

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