1. Defensor e propiação
Exceto Jesus, não há mais ninguém que não tenha pecado. Que remédio á para uma pessoa que caiu em pecado? João oferece a resposta apontando para Jesus Cristo que é nosso ajudador.
João se dirige aos seus leitores com um termo carinhoso que pode ser traduzido como “meus queridos filhos”. O termo aparece com relativa freqüência nesta epístola; assim, concluímos que o termo reflete autoridade de João como apóstolo na igreja e ao mesmo tempo revela sua idade avançada. Ele é a pessoa capaz de se identificar com pais e jovens e de dirigir-se a eles com expressões carinhosas..
João fala palavras de consolo. “Contudo se alguém pecar, aquele que fala com o Pai em nossa defesa é Jesus Cristo, o Justo”. Se um crente comete um pecado, continua sendo um filho de Deus. A comunhão entre o Pai-filho continua, a menos que o filho se recuse a reconhecer seu pecado. De que maneira, então, esse relacionamento é restaurado?
b) Conselheiro. De acordo com João, “aquele que fala com o Pai em nossa defesa é Jesus Cristo, o Justo. Nosso defensor é Jesus Cristo, que João descreve como “o Justo”. Como pecadores, temos o melhor ajudador possível, pois ele é justo, ou seja, em sua natureza humana, Jesus é nosso irmão (Hb 2.11), está a par de nossa fraquezas (Hb. 4.15), salva-nos (Hb 7.25) e é nosso intercessor. Ele também é o Messias de Deus, o Cristo, que cumpriu as exigências da lei por nós e, portanto, recebeu o título de Justo. É como advogado sem pecado que ele nos representa no tribunal.
Qual o significado desse texto? As expressões propiciação e expiação são termos teológicos de tempos antigos. Por isso, na atualidade, os tradutores têm procurado encontrar equivalentes modernos para esses termos. Alguns oferecem uma paráfrase do texto: procuram esclarecer seu significado com as palavras sacrifício expiatório como substituto tanto para “propiciação” e “expiação”.
Aqui João se refere à abrangência do sacrifício expiatório de Cristo de Cristo. Os estudiosos com freqüência comentam que a abrangência da morte de Cristo é universal, mas que seu intento é para os crentes, ou, em outras palavras, a morte de Cristo é suficiente para o mundo todo, mas eficaz para os eleitos.
Fonte: Comentário do Novo Testamento - Simon Kistemaker
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