sexta-feira, julho 10, 2009

Caridade: Amor em Ação - Juvenis CPAD

Introdução

O amor, em seu conceito mais sublime, é personificado em Deus. A melhor e mais curta definição do amor é Deus, pois Deus é amor. Este foi manifesto à humanidade por Jesus Cristo. (Rm 5.8; Jo 13.11)

Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20.17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8.6). Deus é amor (1Jo 4.8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fidelidade (Jr 31.3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7.7-8). Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5.5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13.13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Mt 22.37-39). Esse amor envolve consagração a Deus (Jo 14.15) e confiança total nele (1Jo 4.17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5.43-48; 1Jo 4.20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5.2; 1Jo 3.16).

O amor na Bíblia

O amor é um tema muito importante para os cristãos. Jesus ensinou que os mandamentos mais importantes eram amar a Deus e amar o nosso próximo; eles sintetizavam todos os outros mandamentos que Deus deu a Moisés. Paulo e João também escreveram sobre o amor como sendo a parte mais importante na vida de um cristão. Dado à importância de seu conhecimento, vejamos o que a Bíblia nos diz sobre isso.

NO VELHO TESTAMENTO

No Velho Testamento, o amor erótico é abordado nas estórias de Adão e Eva, Jacó e Raquel e em Cântico dos Cânticos. Uma forma mais profunda de amor, envolvendo lealdade, constância e bondade é expressa em hebraico pela palavra “hesed”.

O verdadeiro significado dessa palavra está claro em Oséias 2:19-20: “Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade e conhecerás ao Senhor”.

No Velho Testamento muitos profetas alertaram o povo de Israel sobre o fato de que Deus, em seu amor, estava decidido a disciplinar seu povo se fosse desobedecido. Mesmo sendo necessário disciplinar, o amor de Deus não muda. Durante o exílio, o amor de Deus se manteve com infinita paciência e não abandonou os israelitas mesmo quando o desobedeciam. O amor de Deus traz em si bondade, ternura e compaixão (Salmos 86:15; 103:1-18; 136 e Oséias 11:1-4). Entretanto, sua principal característica é a obrigação moral para com o bem-estar do outro.

Embora o amor de Deus seja incondicional, Ele esperava que os israelitas correspondessem aos Seus atos de amor. A lei de Deus os encorajava a serem gratos por sua redenção (Deuteronômio 6:20-25). Deus esperava que mostrassem isso sendo bondosos para com os pobres, os fracos, os estrangeiros, escravos, viúvas e todas as pessoas que sofriam qualquer tipo de crueldade. De igual modo, Oséias esperava que o amor constante entre os israelitas resultasse do amor constante que Deus havia mostrado por eles. (Oséias 6:6, 7; 7:1-7 e 10:12-13).

Assim, amor a Deus e ao “próximo como a ti mesmo” (Levítico 19:18) estão interligados nas leis e profecias de Israel. A forma de amor mais importante descrita no Velho Testamento era baseada em três idéias principais: o amor de Deus pelos israelitas, a qualidade moral do amor e o íntimo relacionamento entre o amor a Deus e o amor ao próximo.

NO NOVO TESTAMENTO

Os gregos empregavam três palavras para amor: “Eros”, amor sexual, que não ocorre no Novo Testamento; “phileo”, afeição natural, ocorre cerca de 25 vezes: “ágape”, benevolência ou boa disposição moral que resulta de respeito, princípio ou obrigação em vez de atração. “Ágape” e “hesed” envolvem uma idéia de dedicação. Ágape significa exatamente amar o indigno, a despeito de desapontamento e rejeição. Ágape se aplica muito apropriadamente ao amor divino.

NOS EVANGELHOS SINÓTICOS

Jesus demonstrou seu amor divino através da compaixão, da cura milagrosa de pessoas que sofriam e de sua preocupação com os que viviam alienados ou em desespero. Por isso, o reino sobre o qual lhes falava, oferecia boas novas para os pobres, cativos, cegos e oprimidos (Mateus 11:2-5; Lucas 4:18). Sua atitude para com os desesperados e os aflitos assegurava-lhes perdão e um abençoado retorno à família de Deus (Lucas 15). O perdão de Jesus era gratuito e para aceitá-lo Ele só requeria que as pessoas se arrependessem e fossem fiéis, amando a Deus e às outras pessoas do mesmo modo que Deus as amava (Mateus 5:44-48).

As idéias de Jesus sobre amar a Deus eram claramente ilustradas pelos seus hábitos de adoração em público, oração a sós e absoluta obediência à vontade de Deus. A parábola do bom samaritano é um dos numerosos exemplos em que Jesus mostra que o “próximo” é qualquer um que esteja ao alcance de nossa ajuda e que o amor envolve qualquer serviço que a situação requer. A parábola das ovelhas e das cabras mostra que amor inclui alimentar o faminto, vestir o que está nu, visitar o doente e o que está preso. Com sua vida aprendemos que o amor cura, ensina, defende os oprimidos, perdoa e conforta os que têm dor. Devemos amá-lo como Ele nos amou. Esse amor não espera nada em troca, nunca retorna mal com mal e julga com sabedoria.

NOS ESCRITOS DE PAULO

Os apóstolos que ajudaram na formação das primeiras igrejas cristãs entenderam a revolucionária idéia de que o amor se bastava. Paulo, reforçando a opinião de Jesus, declarava que o amor abrange toda a lei. Sua explicação sobre vários mandamentos contra o adultério, assassinato, roubo e cobiça se resume no amor, porque o amor não causa dano (Romanos 13:8-10). Em Efésios 4:25-5:2 lemos que toda amargura, raiva, mentira, roubo, calúnia e malícia devem ser substituídas por ternura, perdão, bondade e amor.

NOS ESCRITOS DE JOÃO

Para João, o amor era o início de tudo, “Porque Deus amou o mundo” (João 3:16; 16:27 e 17:23). O amor é a crença fundamental dos cristãos, porque Deus é amor (João 4:8 e 16:1). A vinda de Jesus ao mundo e sua morte na cruz nos mostram isso (I João 4:9-10).

A idéia cristã de amor só pode ser preenchida num grupo de cristãos que se mantêm em comunhão. Todos os cristãos experimentam o amor de Deus quando passam a crer em Jesus e praticam esse amor entre si. Porque Deus é amor, isto é central, essencial e indispensável para o Cristianismo.

Os principais tipos de amor

Amor divino (Jo 3.16)

O amor divino é expresso pela palavra grega agape que significa “amor abnegado; amor profundo e constante”, como o amor de Deus pela humanidade. Esta perfeita e inigualável virtude abrange nosso intelecto, emoções, vontade, enfim todo o nosso ser. É o amor ágape descrito em 1 Co 13.

Amor fraterno

Em 2 Pe 1.7, encontramos o amor expresso pela palavra original philia, que significa “amor fraternal ou bondade fraterna e afeição”. É amizade, um amor humano, limitado. Esse tipo é essencial nos relacionamentos interpessoais, no entanto, é inferior ao ágape, porquanto depende de uma reciprocidade; ou seja, somos amigáveis e amorosos somente com os que assim agem (Lc 6.32).

Amor físico

Há outro aspecto do amor humano, o qual não é mencionado na Bíblia, contudo, está fortemente subetendido através de fatos: o eros. Este é o amor físico proveniente dos sentidos naturais, instintos e paixões. Costuma basear-se no que vemos e sentimos; pode ser egoísta, temporário e superficial, e tornar-se concupisciência. É inferior aos outros porque muitas vezes é usado levianamente.

O maior desse é o amor ágape – o amor de Deus, que foi manifestado na vida de Jesus.

Conclusão

Jesus almeja que amemos as pessoas como Ele nos ama: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei: (Jo 15.12). Isso nunca seria possível mediante o amor umano, limitado. Entretanto, à medida que o Espírito Santo desenvolve a semelhança de Cristo em nós, aprendemos a amar como Cristo amou.

Fontes:

LBM - 1º Trim. de 2005

Bíblia Ilúmina


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