sábado, julho 18, 2009

Jesus, a Luz do Crente

Introdução
João começa sua carta proclamando a mensagem de que Jesus é o Verbo da vida, manifestou-se e de que os leitores podem ter comunhão com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo. O autor continua a expandir o conteúdo dessa mensagem e explica que comunhão inclui a luz e a verdade.

Como podemos ter comunhão com Deus? Nesse texto familiar e vital do NT, João revela verdades que podem nos transformar – nossa atitude em relação a nós mesmos e a Deus.

Jesus é a Luz (1Jo 1.5-7)
A primeira resposta para a pergunta de como os crentes podem ter comunhão com Deus é simples. Deus é luz. Se andarmos na luz, teremos comunhão.

Muitas vezes, quando João fala da luz ( e usou esse termo 30 vezes nos seus escritos), está citando Jesus (Jo 8.12). A natureza essencial de Deus como luz, o distancia dos homens.
Num sentido mais literal, a luz pode ser um atributo de Deus, além do alcance dos olhos humanos.

-Deus está “envolto de luz como numa veste”(Sl 104.2)
-Deus “habita em luz inacessível” (1 Tm 6.16)
-“Pai das luzes” é um dos nomes de Deus (Tg 1.17)

A condição pecaminosa do homem faz com que o mundo permaneça nas trevas. E pior ainda: “os homens amaram as trevas, e não a luz, porque suas obras eram más (3.19). Confrontados com a natureza de Deus, os homens se torcem de debatem para afastar-se da santidade.

Assim nessa primeira carta, João nos confronta com uma realidade desconcertante. Se queremos estar confortáveis com Deus e viver em comunhão íntima com ele, devemos anda “na luz, como ele está na luz”(1Jo 1.7).

As Condições da Comunhão com Deus 1Jo 1.5-2.6

Havendo esclarecido que o seu propósito em escrever é que seus leitores entrem em sociedade (comunhão), João agora passa a deduzir da natureza de Deus as condições dessa comunhão. Deus é luz, diz ele, e não há nele treva nenhuma (5; cfr. Sl 27.1; Jo 1.4-9). Este simbolismo dirige nossas mentes para o esplendor e a pureza de Deus, e para a iluminação a que nossas vidas se expõem. Nada se pode ocultar dEle (cfr. Sl 90.8), e sendo luz, Ele exige que Seu povo ande na luz (7).

O escritor trata a seguir de três obstáculos à comunhão. Primeiro, é a alegação de estarmos em comunhão com Ele, enquanto andamos em trevas (6). Isto é mentira, porque, Deus sendo luz, não é possível estarmos em comunhão com Ele e ao mesmo tempo estarmos em trevas. Luz e trevas são incompatíveis. Lembra-se-nos que o Cristianismo é essencialmente prático. No caso das pessoas descritas por João, a vida desmente as palavras. A frase andarmos na luz (7) provavelmente lembra as palavras de nosso Senhor em Jo 11.9-10. À vista do vers. 5, podemos interpretar a cláusula como ele está na luz como expressiva da perfeição da comunhão do Filho com o Pai. Somente quando vivemos em acordo é que podemos dizer estarmos em comunhão uns com os outros (ver o vers. 3), passando João a frisar que purificação do pecado vem somente do sangue de Jesus Cristo (7). Esta última expressão quer dizer "a vida entregue na morte", e não simplesmente "a vida", como alguns comentadores alegam. Purifica está no presente contínuo e significa "vai purificando".

Conclusão
Podemos resumir o ensino de João desta maneira: se sua vida está indo ao encontro da Fonte de luz, você vai encontrar perdão para as suas falhas e inadequações. Mas se a sua vida está indo ao encontro das trevas, então pode estar certo de não ter nada em comunhão com Deus.


Considerações práticas em 1.5-10
Quadro nas paredes e adesivos em carros dizem ao mundo que “Deus é amor”. Contudo, ninguém tem uma placa que diga Deus é luz. Ainda assim, é exatamente isso que João faz em sua primeira epístola. Primeiro ele diz “Deus é luz” (1.5), e mais tarde escreve “Deus é amor”(4.16). A luz vem antes do amor, pois a luz descobre tudo o que está escondido. Quando temos comunhão com Deus (1.3,6), não podemos ocultar nossos pecados. Os pecados, assim como a escuridão, não têm lugar na luz de Deus. Devem ser removidos.

De que forma Deus remove os pecados? Este é o método de Deus: primeiro, ele nos limpa do pecado com o “sangue de seu Filho, [que] nos purifica de todo pecado” (v.7). Em segundo lugar, ele especifica qual é nossa parte na remissão do pecado: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”( 1.9). O sangue de Jesus é suficiente para nos limpar do pecado, mas precisamos estar dispostos a confessar nossas transgressões, a provisão de Deus e a responsabilidade do homem caminham de mãos dadas.
Confessar significa que eu digo a mesma coisa que Deus sobre o pecado. Deus aplica sua Lei e diz: “Você é o pecador”. E como o publicano no templo eu reconheço meu pecado e oro “Deus, tem misericórdia de mim, o pecador. Quando Deus e o homem dizem a mesma coisa sobre o pecado, o sangue de Cristo dissolve a mácula do pecado. Deus jamais se lembrará do pecado. Ele perdoa e esquece! De fato, Deus é amor.

Fontes:
Comentário Bíblico do Professor - Lawrence Richards - CPAD
Tiago e as Espístolas de João - Simon Kistemaker - Ed. Cultura Cristã
Manual Bíblico de Halley - Vida

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