terça-feira, abril 09, 2013

Subsídios para Lições Cristo para Todos

Mais uma novidade em nosso blog. Postaremos aqui subsídios para auxiliarem professores que utilizam revistas da Editora Cristo para Todos, utilizada por membros das Igrejas Assembleias de Deus Cristo para Todos.

Este trimestre o tema é: Espírito Santo - como andar com Ele.

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Contexto e Personagens - Elias e Eliseu


Introdução

A totalidade da história do reino de Israel é contada nos dois livros de Samuel e nos dois livros de Reis. Os livros de Crônicas contam a mesma história.

1.       A divisão do Reino – 1 Reis 12.1 – 2 Reis 17.41
As rebeliões que ocorreram depois da morte de Salomão resultaram na divisão do império davídico. Ao norte, dez tribos se rebelaram contra a dinastia de Davi, que reinavam em Jerusalém, e estabeleceram um reino sob a liderança de Jeroboão. Roboão, filho de Salomão, reinou apenas sobre as tribos de Judá e Benjamim, e Jerusalém continuou a ser a capital dessas duas tribos.
2.       Reino do Norte.
O Reino do Norte durou aproximadamente dois séculos (931-722 a.C). Mudanças nas famílias reais ou dinastias ocorriam com bastante frequência. Para o propósito de nosso estudo, os acontecimentos no reino do norte podem ser convenientemente divididos como demonstrado a seguir.
Dinastia de Jeroboão – 931 a 909 a.C.
1 Reis 12-15
Dinastia de Baasa – 909-885 a.C.
1 Reis 15-16
Dinastia de Onri – 885-841 a.C.
1 Reis 16-22; 2Reis 1-9
Dinastia de Jeú – 841-751 a.C.
2 Reis 10-15
Últimos reis de Israel – 752-722 a.C.
2 Reis 15-17

O Reino do Norte durou pouco mais de duzentos anos. Foi destruído pela Assíria em 722 a.C. As dez tribos foram deportadas e desapareceram da história.
2.1.             A religião do Reino do Norte.
Jeroboão, o fundador do Reino do Norte, visando ao propósito de manter separados os dois reinos, adotou como religião oficial a adoração aos bezerros no seu reino recém-formado. Os bezerros chegaram a representar simbolicamente que Israel era independente de Judá, de Jerusalém e da família de Davi. Seus dois centros religiosos principais eram Betel, no sul, e Dã, no norte.
Sempre havia a tendência de os israelitas participarem do culto à divindade Cananéia, Baal. Esse culto foi ativamente promovido por Jezabel, mas enfrentou a oposição ativa dos profetas Elias e Eliseu, bem como do rei Jeú.
2.2 Baal
1. Quem era Baal. Era o deus supremo dos cananeus. Em hebraico, Baal significa senhor. Seus adoradores acreditavam fosse o ídolo o responsável pela abundância da terra e pela fertilidade do ventre. Em Peor, região de Moabe, havia uma versão local dessa divindade, que era adorada conjuntamente por moabitas e midianitas. Foi nessa localidade de Sitim, bem defronte de Jericó, que Israel rompeu a aliança com o seu Deus, pondo-se a cultuar a Baal. 2. Como Baal era adorado. Sendo o deus da fertilidade, seu culto era marcado pela crueldade e por uma devassidão que envergonharia até Sodoma e Gomorra. Em suas cerimônias havia: 1) sacrifícios de vítimas humanas; 2) orgias e os mais inimagináveis desregramentos; 3) e, logicamente, louvores a Baal.


3. Personagens.
3.1.Acabe, rei de Israel

Acabe foi um rei politicamente forte e muito poderoso, mas muito fraco na moralidade pessoal. Ele fez alianças com Fenícia, Judá e Síria e levantou Israel como uma nação. No entanto, ele permitiu que sua esposa e rainha, Jezabel, uma mulher estranha para Israel, tanto na nacionalidade quanto na prática religiosa, promovesse idolatria em Israel. Isso provocou a ira de Deus e levou à queda de Acabe. Ele juntou-se a sua rainha na prática de idolatria, no entanto se humilhou diante de Deus ocasionalmente. Ele morreu em batalha em 853 a.C.
3.2. Jezabel
                Jezabel é uma das personagens femininas mais intrigantes do Antigo Testamento. Inteligente, dominadora e hedonista, ela viveu contrária a tudo o que o seu nome significa. No hebraico, 'Iyzebel  quer dizer “casta”, todavia essa rainha é conhecida na história bíblica como mulher impudica e idólatra.

Jezabel era uma princesa sidônia, filha do poderoso Etbaal (no hb. “com Baal”) – um poderoso rei da Fenícia – adoradora de Baal-Melcarte, um falso deus fenício, e rainha de Israel durante o reinado de Acabe, cerca de 870-853 a.C. (1Rs 16.29-31; 18.19).

Embora a Lei Mosaica proibisse o casamento com os povos pagãos, o incrédulo Acabe casou-se com a mais poderosa e vil mulher da Fenícia. Este casamento não fora realizado pelos sacerdotes diante do Senhor, mas pelos sacerdotes de Baal, diante desta mesma divindade (1Rs 16.31). A confiança de Acabe não estava mais em Iavé, mas nos acordos diplomáticos. Por isso casou-se com Jezabel, a fim de ratificar o acordo diplomático feito por Onri, seu pai.

Esta união, no entanto, trouxe a ruína moral, espiritual e social do reino do norte, Israel. A capital Samaria tornara-se a partir de então o centro religioso do culto a Baal e a Astarte, contendo no palácio 450 profetas de Baal e 400 sacerdotisas de Astarote ou Asera (1Rs 18.4). Isto significa que não apenas foram mortos os profetas, mas também muitos sacerdotes fiéis a Iavé. Neste período lúgubre, o palácio transformou-se em antro de luxúria, malandragem, excessos e vícios sexuais. Tudo com a participação do rei Acabe, da rainha Jezabel e dos profetas e sacerdotisas de Baal e Astarte. O paganismo de Jezabel unia prostituição e homossexualismo com religião e religiosidade. Esta é uma das principais razões pelas quais Jezabel é conhecida como prostituta. E na verdade o era, entretanto, uma hieródula, ou prostituta sagrada. É impossível desassociar o culto pagão ao casal herogâmico Baal e Astarte da prostituição sagrada, da falolatria, dos sacrifícios de crianças, das ervas alucinógenas, feitiçaria entre outros desvios (2Rs 9.22). E, segundo a tradição fenícia e canaanita, o rei e a rainha eram elementos indispensáveis nessas festividades, pois a presença deles assegurava o favor das divindades cultuadas. A rainha Jezabel incitava o rei Acabe para fazer o que era “mau aos olhos do Senhor”, diz o redator das crônicas dos reis (1 Rs 21.25).

Uma das primeiras iniciativas da rainha Jezabel foi exterminar os profetas do Senhor e colocar no palácio os sacerdotes, sacerdotisas e profetas de Baal e Astarte. Depois, preocupou-se em matar os poucos servos de Deus que lhe resistiam o poder inconteste. Assim, começa a perseguir Elias, o único profeta ainda a lhe resistir o poder publicamente (1Rs 18 e 19) e, mais tarde, o indefeso Nabote (1Rs 21.14).

A vida impudica de Jezabel recebeu a justa retribuição divina pelo modo como morreu. Leia 2 Reis 9.30-37. O nome desta mulher tornou-se sinônimo de idolatria, falsos profetas, prostituição, falsos ensinos, tolerância ao pecado, perseguição aos servos de Deus, heresias entre outros. É com esse sentido que o nome Jezabel aparece em Apocalipse 2.20.

3.3. Elias
                Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do seu filho Acazias. Ele desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a Deus ou a Baal.
A vida do profeta Elias girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus de Israel.

O modo corajoso do profeta Elias falar ao rei Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada daquela época para ser um exemplar modelo do precursor de Jesus Cristo. Elias era um restaurador e um reformador, empenhado em restabelecer o concerto entre Deus e Israel. A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei Acabe, sua repressão a todo o Israel e seu confronto com os 450 profetas de Baal foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em Deus.

3.4 Eliseu
                 O ministério de Eliseu era conhecido não apenas por todo o povo de Israel, mas também na Síria, bem como em Judá e Edom. Por causa da cura de Naamã e do encontro peculiar com os exércitos siros, Eliseu foi reconhecido como “homem de Deus”, até mesmo em Damasco, capital da Síria. Próximo ao fim do reinado de Jorão, Eliseu visitou a cidade para informar a Hazar de que seria o próximo rei da Síria (2 Rs 8.7-15).
Uma série de acontecimentos sobrenaturais marca a carreira de seu ministério, milagres de conhecimento, poder e maravilhas, todos os elogios especificamente em nome do Senhor. Na história da redenção é parte do segundo grupo de milagres. Milagres de Eliseu ocorreu num momento em que a religião de Jeová estava enfrentando uma afronta da parte de adoração a Baal. Da mesma forma que os milagres de Elias, Eliseu foi concebido para demonstrar a autoridade do profeta e de apresentar o Deus vivo.