Introdução
Diante dos julgamentos dos partidários que se encontravam na igreja de Corinto, Paulo nos mostra que este julgamento e a admiração não tinham a mínima importância, pois ele enfoca que os ministros de Deus, são realmente servos, e somente Deus poderá fazer um julgamento deles.
Apesar de os apóstolos serem somente servos de Cristo, não deviam ser menosprezados. Tinham sido encarregados de uma grande missão, e por essa razão, tinham um ofício honroso
E quem são os verdadeiros ministros de Deus, segundo a Bíblia?
“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.” (4.1)
Ministros - A palavra que Paulo emprega aqui é hypēretēs , aplicava-se a um “remador inferior”, isto é, um que remava no grupo de remos da parte de baixo de um grande navio.
Nos grandes navios romanos existiam as galés, que eram porões onde trabalhavam os escravos sentenciados à morte. Aqueles escravos sentenciados à morte prestavam um serviço antes de morrer. Eles tinham seus pés amarrados com grossas correntes e trabalhavam à exaustão sob o flagelo dos chicotes até à morte.
Despenseiros – oikonomos era o superintendente de uma propriedade.
“Para que um rico proprietário de terras não fosse um escravo para os seus escravos, tinha que delegar a outrem o trabalho rotineiro de administração” (1 Coríntios, Introdução e comentário. Leon Morris)
Estava sujeito ao seu senhor, e tinha que prestar contas, pois mandava nos demais escravos. Uma das principais características era a fidelidade.
Portanto, Paulo condena o julgamento dos servos de Deus, pois desta forma comparavam os seus ministérios e caiam no erro de menosprezar uns e exaltar outros.
I.OS VERDADEIROS MINISTROS DE CRISTO
1. São Chamados pela vontade de Deus
O ministro não se faz; é feito; Deus o faz. Podemos esclarecer que a chamada divina tem alguns propósitos importantes:
- O ministério, seja qual for, nunca foi uma profissão na Antiga Aliança, muito menos na atual dispensação;
- O ministério neotestamentário é um dom e uma vocação de Deus (Ef 4.11).
Portanto o homem chamado pelo Senhor deve estar consciente de que:
a) Do Senhor vem a recompensa (1Pe 5.2-4)
b) Pelo Senhor ele será julgado (1 Co 4.3-5)
A certeza da chamada de Deus faz o servo do Senhor superar obstáculos considerados, pelo homem, insuperáveis.
2. Têm senso de responsabilidade ministerial.
O ministro deve ter consciência de:
a) é servo de Jesus Cristo, separado por Deus para o evangelho;
b) sua vida foi dedicada à maior das causas, à mais nobre das ocupações, à mais árdua que um homem pode executar;
c) se compromete a viver e trabalhar para Cristo Jesus enquanto viver, e sua missão fundamental e pregar o evangelho.
d) sua obrigação é levar a mensagem salvadora aos perdidos a tempo e fora dele;
e) sua vida não lhe pertence, mas foi oferecida em sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor da seara, que o chamou e o qualificou, pondo-no no ministério santo;
3. São piedosos e íntegros
O êxito no ministério está fundamentalmente ligado ao caráter santificado do ministro. É exigido do ministro que a sua vida seja autêntica, O exemplo do ministro falará muito mais alto do que todos os seus sermões, estudos e escritos. Paulo e Pedro, preocuparam-se em escrever as características para um ministro, vejamos algumas:
a) Irrepreensível (1 Tm3.2);
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”
b) Temperante (1 Tm3.2);
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”
c) Sóbrio (1Pe 1.13) ;
“Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.”
d) Ordeiro (Fp 1.27);
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica”
e) Não arrogante (Tt 1.7);
“Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância”
f) Não irascível (Tt 1.7);
“ Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;”
g) Não violento (1Tm 3.3)
“ não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;´
h) Inimigo de Contendas (2Tm 2.24)
“ Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente”
i) Cordato (1 Tm 3.3)
“não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”
j) Justo (Tt 1.8)
l) Piedoso (Tt 1.8)
“ antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si”
4. São comprometidos com a Palavra de Deus
Um pastor deve ser conhecido como um pregador, um homem da Palavra. Nenhuma distinção lhe é tão adequada.
O ministro também é um arauto, aquele que recebe a solene responsabilidade de proclamar as boas novas de Deus. Se no princípio de 1 Co 4, Paulo disse que cita “despenseiros dos mistérios de Deus, no primeiro capítulo, ele resume a atividade do pregado na expressão ”pregamos [keryssomen, proclamamos] a Cristo crucificado”, e declara que através dessa proclamação de arauto (kerygma) é que aprouve a Deus salvar os que crêem (1 Co 1.21,23).
II. A MISSÃO DOS MINISTROS DE CRISTO
São três os pilares:
1.Serviço.
Os ministros são meros servos de Cristo. Quando lemos os textos paulinos, parece que notamos ser o título de servo que mais o honrava. Realmente , o ministro consciente de sua vocação sente-se feliz de ser servo de Deus. O servo não tem direitos e sempre depende de seu senhor. Eles não têm autoridade procedentes deles mesmos.
“Paulo está dizendo para não colocarmos os holofotes sobre um homem, porque importa que os homens nos considerem como huperetes e não como capitães de navio” (1 Coríntios , Como resolver conflitos na igreja. Hernandes Dias Lopes)
2. Mordomia.
O ministro é um despenseiro, aquele que toma conta da casa do seu senhor. Em relação ao dono da casa, o mordomo era um escravo, mas em relação aos outros serviçais, ele era o superintendente. Ele cuidava da alimentação da casa, mas não era sua responsabilidade prover o alimento, e sim, distribuir, no devido tempo, o sustento àqueles a quem Deus lhe confiou. Esse alimento é a Palavra de Deus. Sabemos, porém que, é possível ter na despensa os melhores alimentos e, mesmo assim, ter na mesa a pior refeição.
O mordomo precisa ser absolutamente fiel no exercício do seu trabalho, a sua função não é agradar a outras pessoas da casa, mas ao seu senhor.
Despenseiro é um título que descreve todo aquele que tem o privilégio de pregar a Palavra de Deus, especialmente no ministério pastoral.
A família de Deus precisa urgentemente de despenseiros fiéis que distribuam sistematicamente toda a Palavra de Deus; não apenas o NT, mas o Antigo também; não apenas os textos que apóiam as doutrinas favoritas do pregador, os que não apóiam também.
3. Fidelidade
“ Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (4.2)
Deus requer fidelidade dos seus despenseiros. No dia em que formos prestar contas, Deus levará em conta a fidelidade. Pela natureza do caso, o trabalho de um oikonomos não era supervisionado rigorosamente. O primeiro dos fatores essenciais, era que o despenseiro fosse digno de confiança. Este é um princípio importante para todos os cristãos, pois como vemos em 1 Pe 4.10, todos são despenseiros
III. MINISTROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS
Os "mistérios de Deus" são as verdades e doutrinas bíblicas da redenção e do glorioso futuro da Igreja do Senhor, desconhecidas no Antigo Testamento, mas reveladas por Jesus nos Evangelhos.
IV. A AVALIAÇÃO DOS MINISTROS DE CRISTO
1.O juízo dos outros
“Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano”(4.3a).
O julgamento dos homens não é mais importante, porque nós não estamos servindo a homens, mas servindo a Deus. Paulo está dizendo que se ele fosse servo de homens ou procurasse agradar a homens, ele não seria servo de Cristo (Gl 1.10)
“É um consolo que os homens não sejam nossos juízes definitivos. Não é fazer um bom juízo de nós mesmos, nem justificar-nos o que finalmente nos dará seguridade e felicidade. Nosso próprio juízo sobre nossa fidelidade não é mais confiável que nossas próprias obras para nossa justificação.” (Comentário Bíblico Mathew Henry)
2.O juízo próprio.
O mordomo nem sequer pode confiar no juízo que faz de si mesmo; pode não estar cônscio de suas próprias falhas (4). O conselho do apóstolo, portanto, aos cristãos é no sentido de desistirem de emitir juízo uns sobre os outros, deixando o exercício desse julgamento para Cristo, quando vier, e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus
3. O juízo de Deus
O juízo do Senhor será perfeito, pois Ele porá a descoberto as coisas ocultas das trevas. Todas as coisas que foram feitas, sejam elas boas ou más estão diante dos olhos de Deus. Somente Deus pode julga, também as motivações das obras, nem sempre quando se faz uma boa obra, têm-se a motivação correta.
O julgamento de Deus é o julgamento que realmente conta. O caráter final do julgamento vem de Deus e não se pode apelar dele.
Conclusão
O ministro, não pode deixar de cultivar características que deem credibilidade como mensageiro dos mistérios de Deus, a Palavra eterna. Ele é um dos principais agentes de transformação da vida de seus ouvintes, e como tal precisa evidenciar em si mesmo características de uma vida igualmente transformada pelo poder do evangelho e do Espírito Santo.
Fontes:
1 Coríntios, como resolver conflitos na igreja. Hernandes Dias Lopes - Hagnos
1 Coríntios - Introdução e comentário. Leon Morris - Vida Nova
Comentário Bíblico - 1 e 2 Coríntios - Thomas Reginald Hoover
O Perfil do Pregador - John Stott - Vida Nova
Teologia Pastoral - José Deneval Mendes - CPAD
Vocação - Kléos Magalhães Lenz César - Ultimato
O Pastor e o seu ministério - Anísio Batista Dantas - CPAD
Diante dos julgamentos dos partidários que se encontravam na igreja de Corinto, Paulo nos mostra que este julgamento e a admiração não tinham a mínima importância, pois ele enfoca que os ministros de Deus, são realmente servos, e somente Deus poderá fazer um julgamento deles.
Apesar de os apóstolos serem somente servos de Cristo, não deviam ser menosprezados. Tinham sido encarregados de uma grande missão, e por essa razão, tinham um ofício honroso
E quem são os verdadeiros ministros de Deus, segundo a Bíblia?
“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.” (4.1)
Ministros - A palavra que Paulo emprega aqui é hypēretēs , aplicava-se a um “remador inferior”, isto é, um que remava no grupo de remos da parte de baixo de um grande navio.
Nos grandes navios romanos existiam as galés, que eram porões onde trabalhavam os escravos sentenciados à morte. Aqueles escravos sentenciados à morte prestavam um serviço antes de morrer. Eles tinham seus pés amarrados com grossas correntes e trabalhavam à exaustão sob o flagelo dos chicotes até à morte.
Despenseiros – oikonomos era o superintendente de uma propriedade.
“Para que um rico proprietário de terras não fosse um escravo para os seus escravos, tinha que delegar a outrem o trabalho rotineiro de administração” (1 Coríntios, Introdução e comentário. Leon Morris)
Estava sujeito ao seu senhor, e tinha que prestar contas, pois mandava nos demais escravos. Uma das principais características era a fidelidade.
Portanto, Paulo condena o julgamento dos servos de Deus, pois desta forma comparavam os seus ministérios e caiam no erro de menosprezar uns e exaltar outros.
I.OS VERDADEIROS MINISTROS DE CRISTO
1. São Chamados pela vontade de Deus
O ministro não se faz; é feito; Deus o faz. Podemos esclarecer que a chamada divina tem alguns propósitos importantes:
- O ministério, seja qual for, nunca foi uma profissão na Antiga Aliança, muito menos na atual dispensação;
- O ministério neotestamentário é um dom e uma vocação de Deus (Ef 4.11).
Portanto o homem chamado pelo Senhor deve estar consciente de que:
a) Do Senhor vem a recompensa (1Pe 5.2-4)
b) Pelo Senhor ele será julgado (1 Co 4.3-5)
A certeza da chamada de Deus faz o servo do Senhor superar obstáculos considerados, pelo homem, insuperáveis.
2. Têm senso de responsabilidade ministerial.
O ministro deve ter consciência de:
a) é servo de Jesus Cristo, separado por Deus para o evangelho;
b) sua vida foi dedicada à maior das causas, à mais nobre das ocupações, à mais árdua que um homem pode executar;
c) se compromete a viver e trabalhar para Cristo Jesus enquanto viver, e sua missão fundamental e pregar o evangelho.
d) sua obrigação é levar a mensagem salvadora aos perdidos a tempo e fora dele;
e) sua vida não lhe pertence, mas foi oferecida em sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor da seara, que o chamou e o qualificou, pondo-no no ministério santo;
3. São piedosos e íntegros
O êxito no ministério está fundamentalmente ligado ao caráter santificado do ministro. É exigido do ministro que a sua vida seja autêntica, O exemplo do ministro falará muito mais alto do que todos os seus sermões, estudos e escritos. Paulo e Pedro, preocuparam-se em escrever as características para um ministro, vejamos algumas:
a) Irrepreensível (1 Tm3.2);
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”
b) Temperante (1 Tm3.2);
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”
c) Sóbrio (1Pe 1.13) ;
“Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.”
d) Ordeiro (Fp 1.27);
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica”
e) Não arrogante (Tt 1.7);
“Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância”
f) Não irascível (Tt 1.7);
“ Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;”
g) Não violento (1Tm 3.3)
“ não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;´
h) Inimigo de Contendas (2Tm 2.24)
“ Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente”
i) Cordato (1 Tm 3.3)
“não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”
j) Justo (Tt 1.8)
l) Piedoso (Tt 1.8)
“ antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si”
4. São comprometidos com a Palavra de Deus
Um pastor deve ser conhecido como um pregador, um homem da Palavra. Nenhuma distinção lhe é tão adequada.
O ministro também é um arauto, aquele que recebe a solene responsabilidade de proclamar as boas novas de Deus. Se no princípio de 1 Co 4, Paulo disse que cita “despenseiros dos mistérios de Deus, no primeiro capítulo, ele resume a atividade do pregado na expressão ”pregamos [keryssomen, proclamamos] a Cristo crucificado”, e declara que através dessa proclamação de arauto (kerygma) é que aprouve a Deus salvar os que crêem (1 Co 1.21,23).
II. A MISSÃO DOS MINISTROS DE CRISTO
São três os pilares:
1.Serviço.
Os ministros são meros servos de Cristo. Quando lemos os textos paulinos, parece que notamos ser o título de servo que mais o honrava. Realmente , o ministro consciente de sua vocação sente-se feliz de ser servo de Deus. O servo não tem direitos e sempre depende de seu senhor. Eles não têm autoridade procedentes deles mesmos.
“Paulo está dizendo para não colocarmos os holofotes sobre um homem, porque importa que os homens nos considerem como huperetes e não como capitães de navio” (1 Coríntios , Como resolver conflitos na igreja. Hernandes Dias Lopes)
2. Mordomia.
O ministro é um despenseiro, aquele que toma conta da casa do seu senhor. Em relação ao dono da casa, o mordomo era um escravo, mas em relação aos outros serviçais, ele era o superintendente. Ele cuidava da alimentação da casa, mas não era sua responsabilidade prover o alimento, e sim, distribuir, no devido tempo, o sustento àqueles a quem Deus lhe confiou. Esse alimento é a Palavra de Deus. Sabemos, porém que, é possível ter na despensa os melhores alimentos e, mesmo assim, ter na mesa a pior refeição.
O mordomo precisa ser absolutamente fiel no exercício do seu trabalho, a sua função não é agradar a outras pessoas da casa, mas ao seu senhor.
Despenseiro é um título que descreve todo aquele que tem o privilégio de pregar a Palavra de Deus, especialmente no ministério pastoral.
A família de Deus precisa urgentemente de despenseiros fiéis que distribuam sistematicamente toda a Palavra de Deus; não apenas o NT, mas o Antigo também; não apenas os textos que apóiam as doutrinas favoritas do pregador, os que não apóiam também.
3. Fidelidade
“ Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (4.2)
Deus requer fidelidade dos seus despenseiros. No dia em que formos prestar contas, Deus levará em conta a fidelidade. Pela natureza do caso, o trabalho de um oikonomos não era supervisionado rigorosamente. O primeiro dos fatores essenciais, era que o despenseiro fosse digno de confiança. Este é um princípio importante para todos os cristãos, pois como vemos em 1 Pe 4.10, todos são despenseiros
III. MINISTROS DOS MISTÉRIOS DE DEUS
Os "mistérios de Deus" são as verdades e doutrinas bíblicas da redenção e do glorioso futuro da Igreja do Senhor, desconhecidas no Antigo Testamento, mas reveladas por Jesus nos Evangelhos.
IV. A AVALIAÇÃO DOS MINISTROS DE CRISTO
1.O juízo dos outros
“Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano”(4.3a).
O julgamento dos homens não é mais importante, porque nós não estamos servindo a homens, mas servindo a Deus. Paulo está dizendo que se ele fosse servo de homens ou procurasse agradar a homens, ele não seria servo de Cristo (Gl 1.10)
“É um consolo que os homens não sejam nossos juízes definitivos. Não é fazer um bom juízo de nós mesmos, nem justificar-nos o que finalmente nos dará seguridade e felicidade. Nosso próprio juízo sobre nossa fidelidade não é mais confiável que nossas próprias obras para nossa justificação.” (Comentário Bíblico Mathew Henry)
2.O juízo próprio.
O mordomo nem sequer pode confiar no juízo que faz de si mesmo; pode não estar cônscio de suas próprias falhas (4). O conselho do apóstolo, portanto, aos cristãos é no sentido de desistirem de emitir juízo uns sobre os outros, deixando o exercício desse julgamento para Cristo, quando vier, e então cada um receberá o seu louvor da parte de Deus
3. O juízo de Deus
O juízo do Senhor será perfeito, pois Ele porá a descoberto as coisas ocultas das trevas. Todas as coisas que foram feitas, sejam elas boas ou más estão diante dos olhos de Deus. Somente Deus pode julga, também as motivações das obras, nem sempre quando se faz uma boa obra, têm-se a motivação correta.
O julgamento de Deus é o julgamento que realmente conta. O caráter final do julgamento vem de Deus e não se pode apelar dele.
Conclusão
O ministro, não pode deixar de cultivar características que deem credibilidade como mensageiro dos mistérios de Deus, a Palavra eterna. Ele é um dos principais agentes de transformação da vida de seus ouvintes, e como tal precisa evidenciar em si mesmo características de uma vida igualmente transformada pelo poder do evangelho e do Espírito Santo.
Fontes:
1 Coríntios, como resolver conflitos na igreja. Hernandes Dias Lopes - Hagnos
1 Coríntios - Introdução e comentário. Leon Morris - Vida Nova
Comentário Bíblico - 1 e 2 Coríntios - Thomas Reginald Hoover
O Perfil do Pregador - John Stott - Vida Nova
Teologia Pastoral - José Deneval Mendes - CPAD
Vocação - Kléos Magalhães Lenz César - Ultimato
O Pastor e o seu ministério - Anísio Batista Dantas - CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.