quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Da Derrota à vitória

Depois da derrota em Ai, Josué busca a presença do Senhor e o pecado encoberto é revelado e Acã  toda a sua família e todos os seus bens, foram destruídos. Depois de extirpado o mal, o estrategista Josué inicia a tomada de Ai.

Assim postei aqui um trecho do livro "A História de Israel no Antigos Testamento" de Samuel J. Schultz.

(...) Contrariamente ao procedimento anterior, os israelitas lançaram mão do gado e de outros objetos de propriedade móvel. As forças inimigas  foram atraídas para campo aberto, de modo  tal que os  trinta mil homens que estavam estacionados além da cidade, durante a noite, estivessem em condições de atacar Ai desde atrás e pegá-lhe fogo. Os defensores foram aniquilados, o rei foi enforcado e o lugar reduzido a ruínas. 

Wright identifica et-Tell, localizado a uns 25 km ao sudeste de Betel, como a situação de Ai. As escavações  executadas  indicam  que  et-Tell  floresceu  como  uma  fortaleza  cananéia  em  3330- 24000 a.C. Subseqüentemente foi destruída e ficou em ruínas até aproximadamente o ano 1000 a.C. Betel, contudo, foi uma florescente cidade durante esta época e, de acordo com Albright, que escavou ali em 1934, foi destruída durante o século XIII. Devido a que ns é estabelecido no livro de Josué a respeito de sua destruição, Wright sugere três possíveis explicações:

1) O relato de Ai é uma invenção posterior para justificar as ruínas;

2) O povo de Betel utilizou Ai como posto fronteiriço militar;

3) A teoria de Albright, de que o relato da conquista de Betel foi mais tarde transferido a Ai.

Wright apóia esta última teoria, assumindo a última data do Êxodo e da conquista. Outros não estão tão seguros a respeito da identificação de et-Tell e Ai. O padre H. Vincent sugere que os habitantes de Ai tinham um simples posto de fronteira militar ali, por cuja razão não sobra nada hoje que subministre evidência arqueológica de sua existência na época de Josué. Unger propõe a possibilidade de que a atual localização de Ai possa ainda ser identificada nas redondezas de Betel.  Embora  nada  esteja  definitivamente  estabelecido  a  respeito  da  conquista  de  Betel,  esta cidade, que figura tão preponderantemente em tempos do Antigo Testamento desde os dias da

entrada de Abraão em Canaã, se menciona em Js 8.9, 12 e 17. Uma razoável inferência é a de que os  betelitas  estiveram  implicados  na  batalha  de  Ai.  Não  se  afirma  nada  a  respeito  de  sua destruição, porém o rei de Betel está citado como tendo sido morto (Js 12.16). os espias enviados a Ai levaram a impressão de que Ai não era muito grande (Js 7.3). mais tarde, quando Israel realiza seu segundo ataque, o povo de Ai,  igual que os habitantes de Betel, abandonaram suas cidades para perseguir o  inimigo  (Js 8.17). É provável que Ai  fosse somente destruída naquela ocasião e que Betel tenha sido cupada sem destruí-la. A conflagração do século XIII pode ser identificada com o relato dado em Juízes 1.22-26, subseqüente ao tempo de Josué. Seguindo esta  grande  vitória,  os  israelitas  erigiram  um  altar  no monte  Ebal  com  objeto  de apresentar suas oferendas ao Senhor, de acordo com o ordenado por Moisés. Ali, Josué fez uma cópia da  lei de Moisés. Com Israel dividido de forma tal que uma metade do povo permanecesse frente ao monte Ebal e a outra metade frente ao monte Gerizim, de face à arca, a lei de Moisés foi lida ao povo (Js 8.30-35). Desta maneira, os israelitas foram solenemente colocados na lembrança de suas responsabilidades, já que estavam às portas de ocuparem a terra prometida, a não ser que se afastassem do curso que Deus tinha-lhes traçado.

Quando a notícia da conquista de Jericó e de Ai se espalhou por toda Canaã, o povo, em várias localidades, organizou a resistência à ocupação de Israel (Js 9.1-2). Os habitantes de Gabaom, uma cidade situada a 13 km ao norte de Jerusalém, imaginaram astutamente  um  plano  de  engano.

Fingindo serem de uma longínqua terra, através da evidência de suas vestes rotas e sujas e de seus  alimentos  estragados,  chegaram  ao  acampamento  israelita  em  Gilgal  e  expressaram  seu temor do Deus de Israel, oferecendo-lhes serem seus servos se Josué fazia um convênio com eles. 

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