(...) Contrariamente ao procedimento anterior, os israelitas lançaram mão do gado e de outros objetos de propriedade móvel. As forças inimigas foram atraídas para campo aberto, de modo tal que os trinta mil homens que estavam estacionados além da cidade, durante a noite, estivessem em condições de atacar Ai desde atrás e pegá-lhe fogo. Os defensores foram aniquilados, o rei foi enforcado e o lugar reduzido a ruínas.
Wright identifica et-Tell, localizado a uns
1) O relato de Ai é uma invenção posterior para justificar as ruínas;
2) O povo de Betel utilizou Ai como posto fronteiriço militar;
3) A teoria de Albright, de que o relato da conquista de Betel foi mais tarde transferido a Ai.
Wright apóia esta última teoria, assumindo a última data do Êxodo e da conquista. Outros não estão tão seguros a respeito da identificação de et-Tell e Ai. O padre H. Vincent sugere que os habitantes de Ai tinham um simples posto de fronteira militar ali, por cuja razão não sobra nada hoje que subministre evidência arqueológica de sua existência na época de Josué. Unger propõe a possibilidade de que a atual localização de Ai possa ainda ser identificada nas redondezas de Betel. Embora nada esteja definitivamente estabelecido a respeito da conquista de Betel, esta cidade, que figura tão preponderantemente em tempos do Antigo Testamento desde os dias da
entrada de Abraão em Canaã, se menciona em Js 8.9, 12 e 17. Uma razoável inferência é a de que os betelitas estiveram implicados na batalha de Ai. Não se afirma nada a respeito de sua destruição, porém o rei de Betel está citado como tendo sido morto (Js 12.16). os espias enviados a Ai levaram a impressão de que Ai não era muito grande (Js 7.3). mais tarde, quando Israel realiza seu segundo ataque, o povo de Ai, igual que os habitantes de Betel, abandonaram suas cidades para perseguir o inimigo (Js 8.17). É provável que Ai fosse somente destruída naquela ocasião e que Betel tenha sido cupada sem destruí-la. A conflagração do século XIII pode ser identificada com o relato dado em Juízes 1.22-26, subseqüente ao tempo de Josué. Seguindo esta grande vitória, os israelitas erigiram um altar no monte Ebal com objeto de apresentar suas oferendas ao Senhor, de acordo com o ordenado por Moisés. Ali, Josué fez uma cópia da lei de Moisés. Com Israel dividido de forma tal que uma metade do povo permanecesse frente ao monte Ebal e a outra metade frente ao monte Gerizim, de face à arca, a lei de Moisés foi lida ao povo (Js 8.30-35). Desta maneira, os israelitas foram solenemente colocados na lembrança de suas responsabilidades, já que estavam às portas de ocuparem a terra prometida, a não ser que se afastassem do curso que Deus tinha-lhes traçado.
Quando a notícia da conquista de Jericó e de Ai se espalhou por toda Canaã, o povo, em várias localidades, organizou a resistência à ocupação de Israel (Js 9.1-2). Os habitantes de Gabaom, uma cidade situada a
Fingindo serem de uma longínqua terra, através da evidência de suas vestes rotas e sujas e de seus alimentos estragados, chegaram ao acampamento israelita em Gilgal e expressaram seu temor do Deus de Israel, oferecendo-lhes serem seus servos se Josué fazia um convênio com eles.
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