Obediência na Evangelização
A obediência na evangelização é uma das condições de saúde espiritual. Ela é vital para todos os crentes, individual e coletivamente. A evangelização é para a vida cristã o que a água é para as baterias seco-carregadas: são de fabricação recente, estão intactas quando nos chegam às mãos, porém não fornecem energia enquanto não lhes adicionarmos água.
Semelhantemente, a evangelização acende uma faísca na vida cristã, fazendo-a inflamar-se. Quando evangelizamos, oramos de modo definido, lançando-nos sobre Deus para alcançarmos vitórias nas lutas espirituais que se travam na alma de uma pessoa em quem temos interesse. Pedimos a Deus que a ilumine de modo especial, que a leve ao Salvador e a uma vida nova, que use a nós ou qualquer outro meio de Sua escolha para atingi-la. E ficamos à espera que Ele nos responda. Vemos baixar a indiferença ou antagonismo e o interesse tomar vulto.
Nesse ínterim a Bíblia torna-se sempre mais viva e importante, ao vermos as pessoas respondendo às suas verdades. Passagens que antes pareciam áridas e sem maior significado, parecem agora práticas e pertinentes. E é de notar que, concentrando-nos em evangelizar, não nos sobra tempo de bisbilhotar a vida de outros crentes, apontando-lhes as faltas. Unindo-nos todos fervorosamente na proclamação da mensagem redentora do Senhor esquecemos fraquezas e irritações mesquinhas e os pecados que mais nos preocupam são os nossos próprios.
Façamos uma revisão rápida. Temos concordado: (1) que um relacionamento genuíno e pessoal com Jesus Cristo como Senhor é um pré-requisito para sermos Suas testemunhas; (2) que o testemunho cristão envolve nossa vida completa; (3) que nosso comprometimento na evangelização é uma vitamina necessária para uma experiência crescente com o Senhor e para uma vida cristã vigorosa. Temos também admitido um problema básico: não raro desconhecemos como apresentar verbalmente nosso testemunho. Mais especificamente, não sabemos como transmitir de maneira atraente o evangelho numa base de pessoa-a-pessoa. Arcando com o problema, reconhecemos um fato básico: todo crente é um missionário. Qualquer pessoa que haja nascido na família de Deus mediante a fé e a confiança em Jesus Cristo recebe automaticamente a Comissão do Senhor. Paulo informou aos coríntios: "Somos embaixadores em nome de Cristo" (II Cor. 5:20). Para evitar ser mal compreendido ou faltar a seu dever, ele várias vezes reafirmou o fato de que o ministério da reconciliação nos foi concedido. Deus faz os Seus apelos usando-nos como instrumentos. Assumimos o lugar de Cristo rogando aos homens que se reconciliem com Deus (II Cor.5:18-20). Que visão deslumbrante, quando a consciência deste fato acaba por se apoderar de nós! Você já alguma vez meditounisto — que você é Jesus Cristo para uma porção de pessoas?
Ninguém mais. Você é Jesus Cristo para eles. Responsabilidade tremenda e infinito privilégio nos sãoconfiados como representantes de Cristo. Para estimular-nos,Pedro lembra que o Senhor nos guia por Seu próprio exemplo (IPedro 2:21). Devemos "seguir os Seus passos" em todos osaspectos de nossa vida, inclusive no do testemunho.
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